Angola vai participar, quarta-feira, 1 de Maio, Cabo Verde, na celebração dos 50 anos de libertação dos presos políticos do campo de concentração do Tarrafal, símbolo da opressão e violência da ditadura colonial portuguesa.
Angola vai assumir, na 37ª Cimeira Ordinária dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), que decorre sábado e domingo, em Addis Abeba, Etiópia, a primeira vice-presidência de mesa da Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da organização continental.
O diplomata angolano considerou "pacífica” a candidatura de Angola para liderar os destinos da União Africana, a partir de 2025, salientando que a pretensão já foi endossada ao nível da Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da SADC.
"Angola será em 2025 candidata e sem surpresas deverá liderar os destinos da organização continental”, assegurou.
Comité Executivo prepara documentação
O também representante permanente de Angola junto da União Africana disse que o Comité Executivo, constituído pelos representantes permanentes dos Estados-membros da União Africana, reúne-se hoje e amanhã (quarta e quinta-feira) para preparar toda a documentação a ser presente na 37ª Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da organização continental.
A reunião do Conselho Executivo deverá contar com a presença do chefe da diplomacia angolana, Téte António, que desembarcou ontem em Addis Abeba, capital da Etiópia.
Conselho de Paz e Segurança
Miguel Bembe também confirmou haver indicações de Angola voltar a assumir a presidência do Conselho de Paz e Segurança da União Africana.
Desde a operacionalização do Conselho de Paz e Segurança (CPS) da União Africana, em 2004, Angola já foi eleita três vezes para liderar aquele órgão, sendo a primeira por um mandato de três anos (2007-2010) e as restantes por dois anos (2012-2014 e 2018-2020).
A partir deste mês, Angola voltará a ter assento no Conselho de Paz e Segurança (CPS), na sequência da eleição que deverá ocorrer durante a 37ª Sessão Ordinária da Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da União Africana.
O diplomata considerou o Conselho de Paz e Segurança da organização continental como "órgão estratégico”, no qual se tomam as decisões mais importantes sobre questões relacionadas com a prevenção, gestão e resolução dos conflitos.
"Angola tem uma voz forte e algo a dizer quando se discutem questões relacionadas com estas matérias”, afirmou Miguel Bembe, realçando que são muitos os países africanos e de outros continentes que manifestam interesse em saber a fórmula utilizada pelos angolanos para resolver o conflito interno sem influência externa.
O mundo também está curioso para saber como as autoridades angolanas conseguem manter a paz, estabilidade e a convivência entre todas as forças políticas da oposição no país.
O diplomata lembrou o facto de Angola ter alcançado recentemente a paz e continuar a manter a estabilidade e a reconciliação nacional, quando existem países que alcançaram as suas independências há muitos anos, mas que, entretanto, até agora vivem em situação de instabilidade permanente.
Apontou, à guisa de exemplo, o conflito na região do Sahel, onde impera o terrorismo e golpes de Estado, que preocupam a organização continental. Sublinhou que quando Angola assumir, nesta Cimeira, o Conselho de Paz e Segurança da UA vai poder reforçar esta estrutura e partilhar a sua experiência, sobretudo na resolução dos conflitos no continente de forma pacífica.
"Tenho a certeza que Angola será eleita para assumir o Conselho de Paz e Segurança da UA nesta Cimeira, em representação da região da África Austral”, afirmou, confiante, o diplomata, salientando que para este cargo, Angola concorre com a República do Botswana.
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LoginO Presidente João Lourenço recebeu, sexta-feira, em audiência, em Lisboa, o ex-Primeiro-Ministro português, António Costa, que foi agradecer, pessoalmente, o Chefe de Estado angolano pela "excelente relação" que foram mantendo ao longo dos oito anos que esteve à frente do Governo.
Angola vai participar, quarta-feira, 1 de Maio, Cabo Verde, na celebração dos 50 anos de libertação dos presos políticos do campo de concentração do Tarrafal, símbolo da opressão e violência da ditadura colonial portuguesa.