“Rosa Baila”, “Chikitita”, “Perdão”, dentre outros sucessos que marcam o percurso artístico de Eduardo Paím, serão apresentados amanhã, a partir das 19h30, no concerto comemorativo aos 60 anos natalícios do cantor e produtor.
Os escritores Agostinho Neto e António Jacinto são, hoje, às 10h, homenageados como “Poetas da Liberdade”, no Festival de Música e Poesia, que acontece no auditório do Centro Cultural de Vila Nova de Foz Côa, em Lisboa, Portugal.
O poeta Paulo Tatório realizou ontem, na cidade de São Paulo, a sessão de venda e autógrafos do seu livro de poesia “Sonhos 100 Pernas”, a convite da Casa de Angola naquele estado brasileiro. Em viagem ao Brasil desde sexta-feira, a sua estadia prolonga-se até ao dia 1 de Abril, com uma agenda que inclui visitas a monumentos culturais, recitais de poesia, intercâmbio com figuras das letras e promoção da literatura angolana naquele país americano.
"É um momento de uma importância ímpar na internacionalização da minha carreira literária. O público brasileiro mostrou-se bastante interessado em conhecer muito mais da minha poesia e performance como declamador”, declarou.
O poeta conseguiu estabelecer relações com entidades da cultura brasileira, com destaque para a audiência concedida esta semana pela directora-geral dos Centros Culturais e de Teatro da Secretaria de Cultura da Cidade de São Paulo, Josie Pereira.
"Ofereci os meus livros como sinal do que estamos a plantar. Temos garantia de muito brevemente realizarmos alguns projectos. Também tive contacto com um grupo de samba, com o qual já agendamos a gravação de um vídeo-clip, juntado a declamação de poesia e os instrumentos da música popular brasileira”, explicou.
Paulo Tatório foi igualmente convidado pelo reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, José Vicente, para uma sessão de declamação de poesia e conversa com os estudantes daquela universidade, a ser realizada na próxima semana.
O poeta deu nota da sua elogiada performance durante a abertura do evento de celebração aos 10 anos da lei de cotas raciais na cidade de São Paulo, realizado na quarta-feira, na Câmara dos Vereadores daquela cidade, com presença de importantes personalidades da política e cultura brasileira, como Netinho de Paula, José Vicente, reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, Frei David, fundador do projecto Educafro, Maurício Pestana, criador da revista Raça, e Isidro Sanene, director da Casa de Angola em São Paulo.
Durante a performance poética, Paulo Tatório fez alusão ao resgate histórico sobre a contribuição da cultura angolana na identidade popular da cultura brasileira, trazendo na sua voz declamadora a memória colectiva compartilhada entre as duas nações, bem como falou de humanidade e de reconexão ancestral.
"É um evento de extrema importância para a cidade de São Paulo, e me senti honrado por ser o único africano estrangeiro convidado vindo para o acto de celebração, directamente de Angola”, sublinhou.
Paulo Tatório conta com um percurso de mais de uma década dedicada à literatura e aponta como referências os poetas da BJLA, como João Tala, João Maimona, Lopito Feijóo, Conceição Cristóvão e outros poetas que considera a sua bússola nas grandes realizações da vida literária. Quanto às técnicas de escrita, Paulo Tatório considera-se um poeta espontâneo, que busca a poesia em tudo que observa à sua volta.
Figura conhecida no circuito literário da nova geração de poetas, Paulo Tatório Caólo, poeta declamador e escritor, é o pseudónimo de Paulo Domingos Cáolo, nascido em Luanda, Bairro Palanca, a 30 de Outubro de 1986. É estudante do curso de Direito da Universidade Jean Piaget e membro da Brigada Jovem de Literatura de Angola. É secretário para as Actividades Culturais do Clube Nacional de Poetas e Trovadores. Foi vencedor da primeira edição do prémio literário "40 Anos de Independência", realizado pela Universidade Jean Piaget. Tem textos publicados em antologias nacionais e internacionais. Faz parte dos convidados residentes do programa "100% Jovem", da Rádio Tocoísta de Luanda.
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