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Pressão de utilizadores provoca oscilações na rede da UNITEL

A pressão registada na rede e a redução de divisas para a compra de equipamentos no estrangeiro foram apontadas como as causas das constantes oscilações no sistema de comunicações da operadora de telefonia móvel Unitel.

22/04/2024  Última atualização 10H23
© Fotografia por: DR

A informação foi avançada pelo presidente do Conselho de Administração (PCA) da empresa, Aguinaldo Jaime, em declarações à imprensa, no fim de uma vista de constatação dos deputados da Comissão de Saúde, Educação, Ensino Superior e Tecnologia da Assembleia Nacional.

Aguinaldo Jaime referiu que o facto de Luanda ser o maior centro de consumidores, tem interferido significativamente na estabilidade da rede.

Segundo o gestor, citado pela Angop, a operadora debate-se, igualmente, com a redução de divisas, o que dificulta a implementação de investimentos em equipamentos, adquiridos maioritariamente em moeda estrangeira.

Com a depreciação acentuada da moeda nacional, sublinhou, a empresa está com uma capacidade reduzida para fazer novos investimentos em tecnologia de ponta, que exige actualização permanente.

Aguinaldo Jaime apontou ainda dificuldades de acesso em algumas áreas recônditas do país, por falta de estradas, assim como a existência de terrenos acidentados.

"A vandalização de algumas infra-estruturas da empresa, por parte de alguns cidadãos irresponsáveis e inconscientes sobre o papel importantíssimo que as telecomunicações desempenham na vida económica e social do país, tem afectado o seu funcionamento”, frisou.

O porta-voz da 6ª Comissão da Assembleia Nacional, Narciso Benedito,  afirmou que a visita às instalações da Unitel faz parte do plano de actividades, no quadro da constatação e auscultação da sociedade civil.

Segundo o parlamentar, a visita teve como objectivo conhecer o  funcionamento da Unitel, os constrangimentos, desafios e as suas conquistas.

Narciso Benedito referiu que foram informados que a infra-estrutura da empresa é assegurada, maioritariamente, por  técnicos angolanos.

Segundo o deputado, apesar das dificuldades de acessibilidade em algumas regiões do país, a empresa continua a prestar o seu serviço nas 18 províncias do país.

"A Unitel tem 13 mil km de fibra óptica instalados no país”, disse.

A Unitel é uma prestadora de serviços na área de telecomunicações móveis, tendo sido a primeira a operar com a tecnologia GSM no mercado angolano. Foi constituída em 1998 e entrou no mercado em 2001.

No terceiro trimestre do mesmo ano, assumiu a liderança do mercado em número de clientes.

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