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Primeiro-Ministro garante eleições no próximo ano

O Primeiro-Ministro do Mali, Moctar Ouane, garantiu, ontem, ao revelar o seu “plano de acção”, que o Governo de transição vai realizar eleições no próximo ano e reiterou a vontade de dialogar com os grupos terroristas, contra a relutância de Paris.

21/02/2021  Última atualização 12H47
Primeiro-Ministro do Mali, Moctar Ouane © Fotografia por: DR
"Todos os meios serão utilizados para organizar eleições livres e transparentes dentro do prazo acordado”, disse Moctar Ouane, na apresentação do seu programa de Governo ao Conselho Nacional de Transição (CNT), no Parlamento, citado pela agência France Press.
Sob pressão internacional, os militares, que fizeram o golpe de Estado no país que levou à queda do Presidente Ibrahim Boubacar Keita, em 18 de Agosto de 2020, criaram órgãos de transição (Presidente, Primeiro-Ministro e Governo, órgão legislativo) e comprometeram-se a devolver o poder aos líderes civis eleitos no prazo de 18 meses, ou seja, no início de 2022.

No entanto, o facto de os militares se manterem nas estruturas de transição levanta questões sobre se este prazo será cumprido.
A primeira prioridade do Executivo continua a ser o "reforço da segurança”, que incluirá uma "revisão” do acordo de paz de 2015 entre o Governo e os antigos rebeldes independentistas do Norte do país, afirmou o Primeiro-Ministro.
Num discurso de mais de uma hora, Moctar Ouane prometeu também a "dissolução efectiva” das milícias de auto-defesa, que estão a alimentar uma grande violência inter-comunitária no país, o recrutamento de 25 mil soldados e o destacamento do Exército e dos serviços estatais para todo o país.

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