Economia

Quase 70 diplomatas estrangeiros visitaram a Zona Económica Especial

O “Tour Diplomático”, um cortejo de visitas guiadas, que levou, de segunda a quarta-feira, 67 representantes diplomáticos estrangeiros à Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo, encerrou ontem, com o ministro das Relações Exteriores a declarar aquele parque industrial “uma referência nacional de qualidade, rigor e responsabilidade”.

15/04/2021  Última atualização 10H30
© Fotografia por: Contreiras Pipa | Edições Novembro
Téte António falava no encerramento da jornada de deslocações organizada pelo Ministério das Relações Exteriores e a Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX), onde também definiu a ZEE como referência "em eficiência, eficácia e empreendedorismo e segurança”.

Durante três dias, a ZEE foi visitada maioritariamente por embaixadores, mas também por encarregados de negócios e adidos comerciais, que o chefe da diplomacia angolana revelou terem emitido reacções positivas, prometendo novas realizações a curto prazo, naquele e noutros espaços, feitos de modo individual ou em grupos. 

As visitas eram parte da  "Diplomacia Económica” adoptada pelo Governo, uma noção em que a estabilidade política em Angola é apresentada como o principal activo no processo de atracção de investimentos, ao que se junta a dinâmica legislativa das reformas e o potencial económico, no início das vistas destacadas pelo secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas, Domingos Vieira Lopes.

Ontem, o ministro das Relações Exteriores contribuiu para a compreensão dessa conceito, declarando que o mais importante é que a diplomacia esteja aliada aos desafios económicos, pois, na actualidade, são mesmo inseparáveis. "Quem quer vender tem de saber repetir”, disse Téte António, aludindo ao papel assumido pelo Ministério das Relações Exteriores no quadro da estratégia adoptada pelo Executivo de captar investimento externo e promover a produção nacional. Integração dos produtores 

Aos produtores nacionais, o ministro desafia a integrarem a Diplomacia Económica, apontando os benefícios obtidos naquele parque industrial, onde existem espaços para a implantação de fábricas, incentivos fiscais e vantagens competitivas. 

"A ZEE conta com infra-estruturas adequadas e instalações de empresas nacionais ou estrangeiras  capazes de fomentar a produção interna e a geração de emprego, com competitividade e inovação”, notou o ministro. Em declarações aos jornalistas à margem do evento, Téte António garantiu que esta iniciativa, iniciada em Luanda, deve estender-se ao interior, com prioridade para aquelas áreas com forte produção agro-industrial. 

O acto de encerramento da primeira visita diplomática à ZEE contou com a participação da secretária de Estado para as Relações Exteriores, Esmeralda Mendonça, e o secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas, Domingos Vieira Lopes. Estiveram ainda presentes o presidente do Conselho de Administração da AIPEX e da ZEE Luanda-Bengo, António Henriques da Silva, e vários embaixadores acreditados no país, que, durantes os três dias, tomaram contacto com as oportunidades de investimento e as fábricas já se encontram em funcionamento no pólo industrial da Zona Económica Especial Luanda-Bengo.

Guiché facilita o licenciamento dos negócios

A Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo vai criar, em breve, um Guiché de Investimentos com todos os serviços inseridos, para facilitar o registo e abertura de novos negócios.Sem avançar muito mais detalhes, António Henriques da Silva apontou os espaços ainda vazios nos blocos infra-estruturados do parque industrial ali existente como estando prontos para a acomodação dos investidores.

Uma vez que a tramitação processual, feita em diferentes espaços, pode vir ser apontada como razão no atraso da legalização de várias intenções de negócio, a AIPEX e a ZEE apostam neste Guiché de Investimentos para acelerar e tornar mais próxima ao investidor as informações e todos os incentivos legais disponibilizados.

Durante a apresentação sobre os resultados mais recentes dos investimentos registados pelo país até Fevereiro deste ano, António Henriques da Silva falou em crescimento das iniciativas africanas, mas que "há ainda um longo caminho pela frente e muitas oportunidades para serem aproveitadas”.

Embaixadores anunciam novas iniciativas 

Os embaixadores, que visitaram a ZEE Luanda – Bengo, mostraram-se surpreendidos com a rápida evolução do país e as inúmeras oportunidades geradas com a aposta do Governo em investimentos tendentes a favorecer as operações do sector privado.Segundo o encarregado de negócios e conselheiro da Embaixada da Turquia, Hasan Solak, o seu país, além de investir na indústria militar e de segurança em Angola, também tem interesses nas minas, na construção, nos petróleos e na saúde.

Hasan Solak anunciou, para breve, a vinda a Angola de investidores do seu país, no quadro dos recentes acordos que os dois Estados assinaram, apontando empresas têxteis e outras dos ramos alimentar e de serviços, que pretendem elevar o volume de trocas financeiras registadas até aqui.Por sua vez, a embaixadora da Suécia, Ewa Polano, entende que o investimento sueco no sector da Energia e das Telecomunicações e Tecnologias de Comunicações em Angola é bastante significativo.

Ewa Polano indicou ainda que empresas suecas estão a participar, agora, no concurso aberto pelo Governo da Província de Luanda e o Ministério da Economia e Planeamento para a gestão de resíduos sólidos, considerando o facto de serem as líderes mundiais. O intercâmbio no domínio das experiências das Universidades de Angola e da Suécia foi também apontado pela embaixadora como uma prioridade, além de um maior reforço na área da Saúde.





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