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Sagrada recupera liderança e militares obrigados a vencer

Wiliete de Benguela recebe visita dos tetracampeões com a pretensãode fazer uma “graçinha” para travar percurso de vitórias dos forasteiros.

09/05/2021  Última atualização 09H00
Paulo Duarte tem de procurar argumentos para contornar a aguerrida equipa benguelense © Fotografia por: Contreiras Pipas | Edições Novembro
O 1º de Agosto é obrigado a vencer, hoje, na deslocação ao Estádio de Ombaka, às 16h00, onde defronta o Wiliete de Benguela, no encerramento da disputa da 18ª jornada do Girabola'2020/21, para regressar ao comando da classificação, depois do triunfo caseiro de ontem do Sagrada Esperança sobre o Ferrovia do Huambo, numa tarde em que o Petro de Luanda voltou às vitórias na visita ao reduto da Baixa de Cassanje.

Ontem, o Sagrada fez jus à condição de favorito e precisou apenas de um golo, na primeira parte para facturar os três pontos e reassumir o topo da tabela classificativa. O tento solitário foi apontado, aos 21 minutos, por  Cash na cobrança de um livre, numa partida onde a equipa treinada por Agostinho Tramagal nunca virou às costas à luta, obrigando os anfitriões a assumirem, algumas vezes uma postura defensiva.

O Petro de Luanda, depois de três jogos sem conhecer o doce sabor da vitória, tirou "a barriga da miséria”, e foi ao Estádio 1º de Maio em Malanje, derrotar a Baixa de Cassanje, por 1-2, dando uma cambalhota no resultado que inicialmente lhe era desfavorável. Os anfitriões inauguraram o marcador por intermédio de Maludi, aos 25 minutos, mas volvidos oito os tricolores restabeleceram a igualdade. Seguiu-se a uma partida equilibrada, mas com maior pendor ofensivo do Petro de Luanda, que virou o marcador a seu favor, aos 90+4. Megue, aos 33, e Figueira marcaram os tentos do triunfo tricolor, vitória que aproxima a formação do Eixo Viário do trio da frente da tabela classificativa.
O técnico Paulo Saraiva queixou-se da actuação da arbitragem, é a segunda vez consecutiva, que deu nove minutos de compensação.

O Recreativo do Libolo parece não conseguir habituar-se aos bons resultados. Depois da aparente recuperação, a equipa de Calulo deixou-se surpreender pela Académica do Lobito, por 2-1, que inaugurou o marcador aos 33 minutos através de Makussa. O Libolo ainda reagiu, mas o golo da igualdade só aconteceu aos 72 minutos, por intermédio de Vali, mas Bebo deu a vitória aos estudantes com um auto-golo, aos 85.

Quem também teve de vestir o "fato macaco” para dar a volta ao marcador foi o Interclube, que foi surpreendido no primeiro minuto de jogo pelo Recreativo da Caála, através de Deko.
Os polícias partiram para cima dos forasteiros e chegaram ao empate por intermédio Wilfred, e aos 80, Jaredi deu a cambalhota no resultado.
O FC Bravos do Maquis cumpriu o dever de casa, ao receber e derrotar por uma bola sem resposta o Sporting de Cabinda, com golo de Benarfa, numa partida onde os forasteiros procuraram, a todo o custo, pelo menos o tento da igualdade.
 
Militares pressionados
A jornada é concluída hoje com três jogos com as atenções todas viradas para a cidade de Benguela, onde o tetracampeão tem uma tarefa complicada diante do Wiliete, sendo obrigado a vencer para recuperar a primeira posição.
O técnico Albano César vai avisando que, apesar do favoritismo conferido ao adversário pelo estatuto de "colosso”, pretende jogar "olhos nos olhos” com a pretensão de conquistar os três pontos, motivado pelo excelente resultado (empate) alcançado em casa do opositor no desafio da primeira volta, onde obrigou os militares a puxarem dos "galões” para chegarem à igualdade. Antevê-se por isso uma partida renhida e desfecho imprevisível.

Equilibrado vai ser igualmente o desafio entre Santa Rita e Progresso Sambizanga. Os anfitriões só pensam na vitória, dada a actual situação classificativa, ao passo que os sambilas vão tentar conseguir um resultado positivo em que se inclui o empate. O Desportivo da Huíla recebe a visita do Cuando Cubango, num desafio que se antevê igualmente equilibrado entre duas formações separadas por apenas um ponto, a favor dos militares da Região Sul, que estão na décima posição com 20 pontos contra 19 dos forasteiros.
 
Caso Vinguma
O Ferrovia do Huambo e o Conselho Técnico da Federação Angolana de Futebol (FAF) estão num braço de ferro, que não tem, certamente, um desfecho tão cedo. Depois de perder 16 pontos devido à alegada má qualificação do jogador Vinguma, a direcção dos locomotivas que apresentou recurso ao Conselho Jurisdicional da entidade e providência cautelar ao Tribunal de Luanda, continua a utilizar o atleta nas três jornadas já disputadas nesta segunda volta. Por seu turno, o Conselho Técnico vai atribuindo derrotas aos locomotivas nos jogos em que utiliza o atleta, ainda que os ganhe. Um braço de ferro cujos contornos prometem fazer correr "rios” de tinta.   
Amândio Clemente
 

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