Em Angola, como em muitos países do mundo, o 1º de Maio é feriado nacional e costuma ser celebrado com marchas e comícios, em que se fazem discursos reivindicativos de direitos dos trabalhadores. Não é uma data qualquer.
Hoje, a nossa Nação e, particularmente, a comunidade jurídica assinala um ano da entrada em funções dos juízes de garantias, magistrado com dignidade constitucional que, entre nós, passou desde 2 de Maio de 2023 a ter a responsabilidade de salvaguardar os direitos individuais de qualquer pessoa alvo de investigação por um suposto acto criminal derivado da sua conduta.
Com sangue, suor e lágrimas, Ângelo Victoriano inscreveu o nome na lista dos “imortais” da história de Angola Independente. Foi um combatente destemido do desporto que, nos campos de batalha de África e do Mundo, deixou tudo dentro das quatro linhas, em defesa de um objectivo maior: o sucesso colectivo, para a alegria do povo, cuja autoestima foi alimentada, durante anos, pelas conquistas do basquetebol.
Hoje o país chora a morte de um filho amado, a qual talvez não tenha dignificado na proporção da obra feita, em prol do bem comum, pelo que se impõe acarinharmos mais os nossos heróis sociais, de modo a evitar que nos sintamos profundamente dilacerados, diante do infortúnio, face à cobrança da nossa consciência, por termos ficado aquém na obrigação de reconhecer e amparar os operários da satisfação colectiva dos angolanos.
A conquista de oito títulos africanos, nos Afrobasket de Luanda’1989, Cairo’1991, Nairobi’1993, Argel’1995, Luanda’1999, Argel’2001, Alexandria’2003 e Argel’2005; as quatro presenças em edições do Campeonato do Mundo, no caso Argentina’1990, Canadá’1994 e Estados Unidos’1998, bem como igual número de disputa dos Jogos Olímpicos; Barcelona’1992 (Espanha), Atlanta’1996 (Estados Unidos), Sidney’2000 (Austrália) e Atenas’2004 (Grécia), valeram a Ângelo Victoriano a entrada para o Hall of Fame (Passeio da Fama), em Springfield, Massachusetts, Estados Unidos, no ano passado.
Em meio a tristeza que se apossou dos nossos corações, a razão sinaliza a necessidade de prestarmos atenção às figuras de mérito carentes de apoio, com vista a desfrutarem, entre nós, do país que ajudaram a erguer. Aliás, por ser uma pessoa de profunda sensibilidade, no quesito do reconhecimento dos efeitos alcançados no desporto, o ministro Rui Falcão tem a incumbência de tirar do papel e tornar realidade, provavelmente no Estádio Nacional 11 de Novembro, conforme sugeriu o jornalista Carlos Pacavira, o "Passeio da Fama” dos desportistas angolanos.
Como Ângelo, agora chorado na eterna saudade, estão outros criadores de sonhos do povo, que num momento muito particular da história do país criaram em cada irmão a certeza de esperança em dias melhores, com o seu talento para o desporto e as artes, como é o caso da música, pois as suas obras foram catapultadas ao nível de património imaterial.
A memória do antigo capitão da Selecção Nacional, dono de uma folha de trabalho recheada de sucesso, ao serviço do Petro de Luanda, ASA e 1.º de Agosto, será perpetuada no tempo, pela dimensão do legado, com a singularidade de ter sido uma pessoa de afectos. Paz à sua alma!
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LoginTrinta e dois anos depois do estabelecimento das relações diplomáticas, Angola e Coreia do Sul voltam, como que a ser desafiadas não apenas a dar prova da excelência dos laços, por via do reforço das ligações já existentes, mas também a descobrir novas áreas de interesse comum.
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Os desafios do mundo hodierno têm exigido das Organizações a adopção de uma filosofia de trabalho de excelência e comprometimento, baseada no cumprimento escrupuloso da lei e na inclusão de princípios éticos, bem como de responsabilidade social nos seus planos estratégicos para a satisfação dos interesses do público no contexto social.
A vandalização de bens públicos tomou contornos alarmantes. Quase todas as semanas, são reportados casos do género.Bens ou infra-estruturas que consumiram avultadas somas em dinheiro para serem construídos, são destruídos, quer para a busca fácil de dinheiro, quer por pura maldade. Os sectores da Energia e Águas, Transportes, Telecomunicações, Saúde e Educação têm sido os principais alvos.
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