O sector do Ambiente no Cuando Cubango está seriamente preocupado com a devastação de milhares de hectares de florestas ao longo do perímetro das zonas habitadas, sobretudo a nível das sedes municipais e comunais, que estão sem plantas à altura de proporcionar um clima saudável.
Júlio Bravo explicou que, actualmente, a maioria das sedes municipais e comunais está sem polígonos florestais capazes de abrandar os ventos fortes e as altas temperaturas que se fazem sentir, nos últimos tempos, na província.
No Cuando Cubango, acrescentou, a cidade de Menongue é a única localidade que dispõe de um polígono florestal, que, entretanto, carece de mais atenção, para travar, sobretudo, a exploração ilegal da fauna e as queimadas anárquicas.
Júlio Bravo sugere que as Administrações Municipais, no quadro da urbanização, implementam projectos de reflorestamento, visando a criação de polígonos florestais, sobretudo nos arredores das zonas habitadas. A criação de polígonos florestais nas zonas habitadas, referiu, é de extrema importância, pois permitirá proteger os solos para combater a erosão no período das chuvas, bem como afastar a poeira durante o Cacimbo, que tem causado muitas enfermidades.
Júlio Bravo afirmou que, apesar da exploração ilícita da flora e da fauna, actualmente a biodiversidade no Cuando Cubango está intacta, com uma diversidade de aninais e plantas.
Entre as prioridades do sector do Ambiente no Cuando Cubango, explicou, destaque para a constituição de núcleos de jovens ambientalistas, que vão desenvolver um amplo trabalho de educação ambiental nas comunidades, com vista a melhorar a preservação do ambiente, devido às alterações climatéricas.
Protecção ambiental entre as prioridades
Júlio Bravo deu a conhecer que a província do Cuando Cubango conta com cerca de 200 mil quilómetros quadrados e mais 700 mil habitantes e é rica em termos de recursos naturais, principalmente nos parques nacionais do Luengue-Luiana e de Mavinga.
Apontou a insuficiência de fiscais ambientais e de meios de trabalho como principais dificuldades que o sector enfrenta, o que constitui uma grande preocupação por causa do aumento de indivíduos que se dedicam à exploração ilegal de madeira e ao abate indiscriminado de animais.
Para contrapor a acção dos marginais que constantemente dizimam muitas espécies de animais e árvores, sublinhou, o sector do Ambiente no Cuando Cubango precisa de, pelo menos, 500 fiscais ambientais, para reforçar a fiscalização nos parques nacionais do Luengue-Luiana e de Mavinga.
No que diz respeito à caça furtiva, durante o ano passado, o sector do Ambiente, em coordenação com efectivos da Polícia Nacional, apreendeu mais de três mil quilos de carne seca, resultantes do abate de várias espécies de animais, como javali, veado, búfalo e impala.
Segundo Júlio Bravo, nos últimos tempos, a caça furtiva tende a diminuir, devido ao trabalho da brigada de fiscais ambientais, fundamentalmente nos parques nacionais do Luengue-Luiana e de Mavinga, onde as espécies de rinocerontes e répteis, como a jiboia, fazem parte da lista dos animais em vias de extinção.
"A província do Cuando Cubango, até à Independência o país, tinha uma média de 80 mil elefantes, mas, por razões de vária ordem, a espécie tem estado a reduzir para um número abaixo de dez mil, sublinhou, acrescentando que, no quadro do Dia Nacional do Ambiente, assinalado ontem, decorrem campanhas de sensibilização sobre a importância da preservação ambiental em quartéis das Forças Armadas e da Polícia Nacional, escolas e nas comunidades, bem como palestras sobre as consequências das alterações climáticas.
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