Com um total de 25 quadros, a mostra explora, nos pequenos detalhes, a natureza humana e a crescente insensibilidade social, assim como traz traços únicos que tornam os humanos seres acima dos demais.

O luxo no lixo, o amor na pobreza e o que somos estão patentes nos quadros do artista, que usou várias técnicas, como a pintura, fotografia, grafite, estêncil e colagens, para apresentar os rostos anónimos deste novo trabalho. "Trago o pensamento de uma realidade que muitas vezes se quer escamotear, na certeza de que entre monstros e humanos andam os angolanos”, aclarou, acrescentando que às vezes tem a sensação de estar no lugar errado, cheio de questionamentos para alcançar a satisfação.

Nascido em Malanje, em Dezembro de 1973, Thó Simões passou a infância em Portugal, mas voltou ao país no fim dos anos 1980. Em 1991 começou a frequentar a União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP).
O projecto Movart foi criado em 2015 com o propósito de promover exposições experimentais e itinerantes. Actualmente conta com mais de 40 trabalhos de arte.