As fotos, tiradas entre 1999 e 2000, em Lubumbashi, República Democrática do Congo, estavam esquecidas e escondidas num depósito no museu etnográfico desta cidade, mas agora podem ser vistas, desde ontem, no Museu de Antropologia.Num total de 30 fotografias, a exposição, disse, ontem, ao Jornal de Angola, o director do museu, Álvaro Jorge, reúne uma selecção de imagens de algumas máscaras, que retratam parte da riqueza cultural do acervo etnográfico de ambos os países.

A mostra, continuou, é um conjunto de objectos etnográficos, "que tem sido apresentada em vários países africanos, por onde Kristof Degrauwe tem viajado”. A exposição, adiantou, é o resultado de um trabalho de anos e do ponto vista antropológico, entre angolanos e congoleses, pode ter certas semelhanças.O autor da exposição, Kristof Degrauwe, disse que a ideia é dar uma interpretação fotográfica dos objectos sagrados, sem negar o valor etnográfico, "trazendo-as à vida diante da câmara com a ajuda de modelos, onde se procurou explorar o significado de cada máscara exposta”.

Para o autor, a exposição vai permitir ao público viajar pela cultura africana e confrontar-se com a mais profunda realidade do continente berço. As fotos, destacou, vão permitir criar um diálogo entre as máscaras autênticas e a interpretação artística do autor. Em toda a mostra, continuou, há 11 máscaras, onde a expressividade e o simbolismo de personalidade convidam o público a saber mais sobre outra realidade.

Como um nómada moderno, o artista belga que trabalha também no âmbito diplomático, já expôs em vários países como o Kuwait, República Democrática do Congo, Nigéria e Brasil. Além de fotografo, Kristof Degrauwe é também músico. A exposição é uma produção da Embaixada da Bélgica em Luanda, em parceria com o Museu Nacional de Antropologia e conta com a curadoria do próprio fotógrafo Kristof Degrauwe.