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Vice-governador quer maior envolvimento das populações

Nicolau Vasco|Menongue

Jornalista

O vice-governador do Cuando Cubango para os Serviços Técnicos e Infra-estruturas pediu, quinta-feira, em Menongue, maior envolvimento da população na preservação do ambiente, de forma a contrapor o aumento da devastação de milhares de hectares, resultantes da exploração ilegal de madeira, queimadas anárquicas e caça furtiva.

03/02/2024  Última atualização 11H49
Vice-governador para os Serviços Técnicos e Infra-estruturas © Fotografia por: Nicolau Vasco | Edições Novembro |
João Bonifácio Cassanga defendeu, num seminário sobre as alterações climáticas e gestão de resíduos, realizada no quadro das celebrações do Dia Nacional do Ambiente, assinalado a 31 de Janeiro, a implementação de políticas públicas que despertem a necessidade de apoiar mais o ambiente.

No seminário, realizado sob o lema "Promover o Ambiente Sustentável em Angola é Valorizar a Vida”, o governante considerou importante prestar uma maior atenção às áreas que abrangem o projecto do Okavango-Zambeze, no Cuando Cubango, que pode se tornar num dos maiores pontos turísticos do país.

Para o vice-governador, é urgente dar maior atenção à preservação do ambiente na área do projecto Okavango-Zambeze, sobretudo da fauna e flora nos parques nacionais de Luengue-Luiana e de Mavinga, com acções que visam gerar estabilidade e conservação dos recursos naturais disponíveis.

"No Cuando Cubango os efeitos da agressão do ambiente estão à vista de todos, como a devastação de milhares de hectares, resultantes de cortes de árvores, queimadas e caça furtiva, em especial nas áreas de protecção ambiental, adstritas aos parques nacionais de Luengue-Luiana e de Mavinga, onde vários indivíduos nacionais e estrangeiros procuram obter lucro fácil”, denunciou.

Neste sentido, apelou à população, sobretudo aos jovens, a fazerem o uso racional e sustentável dos recursos naturais, com vista à preservação do ambiente para as gerações vindouras.

João Bonifácio Cassanga encorajou ainda os estudantes do Instituto Politécnico do Ambiente, localizado na comuna do Missombo, em Menongue, a contribuírem com ideias científicas e inovadoras, capazes de manter as zonas urbanas limpas e livres de poluição.

O vice-governador defendeu ainda a necessidade dos estudantes participarem na sensibilização da população, para ajudar a evitar as queimadas anárquicas, a exploração ilegal de madeira, assim como de outros recursos naturais.

Um aspecto importante, referiu, é o redobrar de esforços nas acções de sensibilização e educação ambiental nas comunidades, de forma a que os jovens respeitem mais o ambiente. "É preciso haver mais formação e o reforço de efectivos de fiscais ambientais em toda a província, sobretudo nas zonas de maior concentração de animais e árvores alvo de exploração ilegal, tendo em conta que os actuais 119 funcionários não conseguem assegurar a protecção dos 200 mil quilómetros quadrados do Cuando Cubango”.

A segurança das zonas de protecção ambiental, acrescentou, carece de, pelo menos, 500 efectivos, em especial nos parques nacionais de Luengue-Luiana e de Mavinga, limítrofes com os países da Zâmbia e Namíbia e que têm registado o abate indiscriminado de várias espécies de animais por parte de caçadores furtivos estrangeiros.

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