Após o jogo de acerto de calendário da 11ª jornada com a Académica do Lobito, que se saldou num empate sem golos, no Estádio França Ndalu, no passado dia 13 do corrente, o plantel às ordens de Filipe Nzanza, não retomou as sessões de treino. Antes de defrontar os estudantes, os atletas já haviam  entrado em greve, que durou apenas um dia.

Pois, no momento, a direcção achou por bem pagar um dos três meses, o que levou a equipa voltar ao trabalho para defrontar a Académica do Lobito. Entretanto, era suposto que dias depois pagassem os outros meses, o que não veio a acontecer até à presente data.

Assim sendo, há cerca de duas semanas que a equipa não utiliza o campo do ex-RI/20 ou o Estádio França Ndalu para realizar as respectivas sessões de treinos, apesar dos jogadores marcarem presença nestes recintos.

Eles reclamam ainda o pagamento de dez prémios de jogo do ano passado. O Jornal de Angola soube, no local, que a situação da equipa técnica é mais difícil. Pois há cerca de nove ou dez meses que está sem receber os seus ordenados.

Os jogadores dizem que estão desmotivados devido aos incumprimentos da direcção do clube, que não sendo uma situação nova, demora a encontrar uma solução que seja favorável para os "artistas" da bola.

Numa altura em que a segunda volta do Campeonato Nacional da I Divisão, Girabola, está marcada para o próximo fim-de-semana, pode dizer-se que o adiamento do clássico entre o Petro de Luanda e 1º de Agosto surge num bom momento para a formação orientada por Filipe Nzanza, que deste modo, terá mais tempo para preparar a equipa.

De recordar, que para o jogo com a Académica do Lobito o conjunto rubro-negro efectuou apenas uma sessão de treino, antecedida pela dispensa de quatro dias e  de uma greve dos jogadores. O guarda-redes Neblu é o único jogador dos vice-campeões nacionais convocado pelo seleccionador nacional Pedro Gonçalves para os jogos amistosos da Data-FIFA, com as selecções de Marrocos e Ilhas Comores.  

O 1º de Agosto ocupa a 5ª posição na tabela de classificação do Campeonato Nacional da Primeira Divisão, com 22 pontos, menos 13 em relação ao arqui-rival Petro de Luanda, o líder da competição com 34.

A quatro dias para a realização das eleições no clube militar, os jogadores desejam que a actual situação tenha um rumo diferente para que possam estar em condições de dar o melhor em prol da equipa. Apesar de entrar sempre com objectivo de lutar para o título, os agostinos estão cada vez mais distantes dos lugares cimeiros.