Por conta de algum ajuste da pauta aduaneira, concretamente relacionada com a taxação dos produtos de uso pessoal, nos últimos dias, a Administração Geral Tributária (AGT) esteve, como se diz na gíria, na boca do povo. A medida gerou uma onda de insatisfação e, sendo ou não apenas a única razão, foi declarada a suspensão daquela modalidade de tributação, nova na nossa realidade.
Persigo, incessante, mais um instante para privilegiar o sossego. Para a parte maior da raça humana, pondero tratar-se da necessidade que se vai evidenciando quando a tarde eiva as objectivas da vida. Rastos de águas passadas há muito direccionam o moinho para a preciosidade do tempo.
A civilização humana é um termómetro que guia a conduta dos homens,postulado numa pauta de conduta que os normaliza no inter-relacionamento in (formal) e, sobretudo, com as instituições.Se o ser humano é a fonte de todos os valores que a humanidade perpectua, então não há nada mais importante e valioso para ser protegido do que a dignidade do indivíduo.
Este pressuposto serve de base para as sociedades desde os tempos remotos. Ela é extremamente importante para as próximas gerações. Por isso, as boas maneiras, radicadas nos factos sociais, produzem o conhecimento, com o dever de actuar na formação sobre os valores (éticos e deontológicos), que se notabilizam no respeito, tolerância, integridade,honestidade, humildade, entre outros.
Ter esses e outros valores como referência do nosso dia-a- dia seria essencial, para que possamos conviver com equilíbrio e de maneira pacífica e civilizada.
Esta abordagem visa iluminar aqueles quem nos últimos tempos têm, de forma sistematizada, posturas tão evidentes a actos de maledicência (violência verbal, física ou fofocas). Estas atitudes se consubstanciam na gritante falta de preparação cívica. É por via da soma dos esforços de todos, que se promove o indivíduo, como cidadão.
Todavia, a realização do ser humano na matriz global implica liberdade e não libertinagem.
Desde os tempos de antanho que este tipo de conduta tipifica-se, predominantemente, nas inocentadas crianças/adolescentes.
Para estes, o contraponto reside, referencialmente, nas sinalizações feitas pelos média que, felizmente, não se revejam na irracionalização comportamental. Estes, necessariamente, têm de actualizar o aprendizado contemporâneo, traduzido na instrução/educação ou na higienização mental.
Se respeitarmos os outros, se somos honestos, íntegros e fazemos o que é correcto, mesmo quando alguém está ausente, isso tonifica a tolerância e empatia, na dimensão da compreensão, fundamentada no respeito, podendo contribuir também para a paz espiritual, harmonia fraterna e afectiva.
Deste ponto particular, permite criar o clima de urbanidade no espaço público e no seio das famílias, das organizações filantrópicas, das instituições públicas/privadas e etc.
Por isso, não se deve substimar ou ofender o próximo. Outrossim, respeitar-se para ser respeitado também é uma virtude inestimável de amor ao próximo.
Nesta interacção, cada um deve ser tratado perante a sociedade e seus pares, com decência, e no estrito respeito às normas estabelecidos em cada circunscrição territorial. Preservando e defendendo-se sobre os comportamentos indignos, face aos princípios da construção histórica da humanidade, cuja influência se repercute na formação contemporânea dos Estados.
O conhecimento lato sensu, sugere que todos os indivíduos devem esgrimir os seus pontos de vista com compostura, sobre os assuntos de várias naturezas e, que podem ser ou não convergentes, pela cosmovisão holística.
Porém, o conhecimento nesta dimensão, ensina-nos a reflectir sobre as nossas acções e seguirmos as regras e normas necessárias para o bom convívio(socio-recreativo, desportivo, laboral, afectivo, e etc.).
E para não cairmos em barbárie ou acentuar a degradação desses valores, as instituições afins (público/privado e outros), devem tomar as devidas cautelas, e revisarem os instrumentos normativos (regulamentos/regimentos), com a devida preocupação, sobretudo para se evitar que, gratuitamente, os catinflagens não catalogados, se exibam em espaços inapropriados.
O mundo está em constante evolução, enfrentando os desafios complexos e imprevisíveis. Nesta perspectiva, é sublime que se compatibilizem com as melhores atitudes, pois que o homem surge como indivíduo, à medida que se converte num elemento vivo para o desenvolvimento histórico, económico, turístico, ecológico, financeiro, comunitário, sociocultural entre outros, adquirindo a personalidade que constitui a combinação irrepetível de particularidades e normas típicas de conduta.
Precisamos voltar a ser uma sociedade de valores, onde haja ponderação no ser e agir, na mais profunda ética de Kante.
*Psicólogo
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