A presidente do Conselho de Administração da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), Amélia Domingues Kuvíngua, defendeu, quinta-feira, o reforço de políticas que realcem a importância da mulher no desempenho das suas funções.
A PCA da ANAC, entidade responsável pela supervisão, fiscalização e regulação do sub-sector dos Transportes Aéreos, salientou que as mulheres enfrentam inúmeras barreiras nos vários domínios da vida, nomeadamente no profissional, pelo que defendeu esforços coordenados à escala global para que a sociedade implemente, com sucesso, os programas para a igualdade de género.
"Esta baixa participação da mulher no mercado de trabalho resulta em menos possibilidades de aprendizado e crescimento na carreira, o que mitiga o seu acesso às oportunidades”, considerou Amélia Kuvíngua, para quem as mulheres enfrentam uma espécie de rejeição que se prende muito com a não aceitação da sua capacidade intelectual e técnica.
Para justificar o seu posicionamento, deu como exemplo a situação que acontece em muitas empresas, em que colaboradores do sexo feminino e masculino exercem a mesma profissão, mas este é "o mais favorecido, em detrimento da mulher”.
A PCA da ANAC esclareceu que o seminário teve como objectivo estimular, partilhar e incentivar o diálogo, visando contribuir para o processo de igualdade de género, com um olhar específico para o sector da aviação.
Amélia Kuvíngua informou que a Autoridade Nacional da Aviação Civil tem 192 funcionários, dos quais 62 são mulheres. Dentro deste grupo, continuou, 13 estão no quadro de liderança e 43 são técnicas.
"Ainda não temos o equilíbrio preconizado, mas estamos a caminhar em busca dele, por reconhecermos que a diversidade de perspectivas e de habilidades enriquece qualquer ambiente de trabalho”, admitiu Amélia Kuvíngua, para quem esta é uma "responsabilidade colectiva”.
MASFAMU apela a mais oportunidades
A chefe do Departamento para a Igualdade de Género do Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher (MASFAMU), Susana Simão, defendeu o aumento de oportunidades às mulheres para que se possam desenvolver.
"Sabemos que a mulher é o elo forte no seio da família. Neste caso, se queremos ter famílias fortes, temos que ter mulheres fortes, pois são elas que zelam, principalmente, pela estrutura familiar, e é a organização familiar que constitui a estrutura da sociedade”, sustentou.
Susana Simão lançou, igualmente, um desafio às mulheres. "Não basta desejar atingir esta ou aquela função, é preciso que se preparem para poderem abarcar estes desafios que a sociedade lhes impõe”, declarou.
O grande desafio, neste momento, disse, é aumentar as oportunidades do poder económico das mulheres, fazer com que determinados agentes e empresas estejam sensibilizadas de forma a criarem programas de promoção e empoderamento da mulher.
O apelo é dirigido, principalmente, às agências financeiras, no sentido de trabalharem com as mulheres que se encontram no mercado informal, por constituírem a maioria.
Entretanto, segundo ainda Susana Simão, o MASFAMU não olha apenas para o factor económico, mas também o educacional. "Pretendemos que as mulheres possam ter este suporte e traduzi-lo para as suas famílias. Desta forma, teremos famílias empoderadas e uma sociedade mais justa”, considerou.
Oito mulheres pilotos
O país tem apenas oito mulheres que pilotam aeronaves de grande porte, revelou, ontem, em Luanda, a presidente do Conselho de Administração da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), Amélia Kuvíngua.
A gestora da ANAC falava durante um seminário em alusão ao Dia Internacional da Mulher, que se assinala hoje.
Sobre o aumento do número de mais mulheres na pilotagem de aviões de grande porte, Amélia Kuvíngua respondeu que "cabe a cada uma de nós, enquanto mulher, acreditarmos nas nossas capacidades”, através da capacitação técnica.
"A primeira barreira a vencer é a cultural e permitir então que as mulheres possam desenvolver as suas actividades”, acrescentou. Em declarações à TPA, afirmou, ainda, que a ANAC tem levado estes desafios a todas mulheres.
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