Para inverter a situação vigente e preocupante, a gestora ressaltou a estraté- gia:"Estamos a trabalhar no sentido de formar e capacitar o pessoal para que haja um maior número de especialistas no futuro. O objectivo é relançar a classe".  A directora geral reafirmou a necessidade dos clubes realizarem testes médicos na instituição, de maneira a evitar situações negativas ou casos de mortes súbitas. Contudo, é preciso que ambos caminhem juntos em prol do desenvolvimento do desporto nacional.

"Queremos contribuir de forma científica para o desenvolvimento do desporto nacional, não só para médicos, mas treinadores e agentes. Voltaremos a colocar a medicina desportiva no lugar que merece, ou então, fazermos dela uma área que sirva o desporto, desde a selecção de talentos até ao desporto de alto rendimento, focando-se nos três pilares, treinamento, saúde e a nutrição, aspectos fundamentais para que possamos ter um desporto de rendimento", afiançou.

A médica sustentou a responsabilidade da instituição: "Como disse o patrono Paulo Múrias, é preciso torná-lo mais científico para alcançar os níveis desejados".  O evento organizado sob o lema "Medicina do desporto em Angola - passado, presente e futuro" contou com especialistas de Angola, Brasil e de Portugal, que transmitiram conhecimentos e experiências aos estudantes da Faculdade de Medicina das Universidades Agostinho Neto e Katyavala Bwila (Benguela) durante dois dias.

Temas como traumatologia desportiva, reabilitação física, fisiologia do desporto, importância do sono para os atletas, psicologia desportiva, avaliação cardíaca na pré-época, nutrição, treinamento físico, uso de anabolizantes e substâncias psicotrópicas, bem como o impacto do trabalho multidisciplinar no rendimento desportivo dominaram as sessões de debates.

A próxima edição das Jornadas Científicas do Centro Nacional de Medicina do Desporto vai acontecer de 20 a 25 de Fevereiro de 2025,  sob o lema "Os Desafios da Inovação em Medicina do Desporto".