Economia

Baixa liquidez no mercado motiva prazo mais alargado

Nádia Dembene

Jornalista

A escassez de liquidez no mercado é um dos motivos da prorrogação para mais 15 dias do prazo da alienação das acções da Exploradora Petrolífera S.A “ACREP” na Bolsa de Dívida de Valores de Angola (BODIVA).

07/03/2024  Última atualização 11H03
Gestores da ACREP e da AUREA abordam o processo © Fotografia por: Francisco Lopes |Edições Novembro
Esta informação foi avançada, ontem, em Luanda, pelo  presidente da Comissão Executiva da "ÁUREA" Sociedade Distribuidora de Valores Mobiliários. Kelson Cardoso co-orientou a conferência de imprensa de esclarecimento das razões da prorrogação do prazo, inicialmente marcado para 19 de Fevereiro a 1 de Março.

"A prorrogação do prazo funda-se na imprevisível e inesperada escassez de liquidez no mercado, (aquele em que o investidor não poderá ou terá muita dificuldade de tirar o dinheiro antes dos prazos), resultante de emissão de dívida pública levada a cabo muito recentemente”, disse.

O outro motivo apontado foi a dificuldade verificada na apresentação das declarações de aceitação, que conduziu a concentração de pedidos de abertura de contas  na parte final do período da oferta, tornando impossível dar resposta em tempo útil a todos os processos.

Quanto ao balanço do processo, Kelson Cardoso fez saber que têm recebido um número considerável de abertura de contas custódia, não podendo adiantar mais dados antes da fase de apuramento, para não violar o regulamento prescrito pelo Mercado de Capitais.

"Os números exactos serão divulgados na fase de apuramento dos resultados da oferta conforme o calendário”, disse.   

Em relação à transparência, uma das exigências para adesão à bolsa de valores, a presidente do Conselho de Administração da Acrep, Marlene da Costa, garantiu conformidade com os padrões de transparência prescritos no mercado financeiro. 
Afirmou que a Acrep vai continuar a assegurar o cumprimento dos melhores padrões regulatórios e de conformidade.

Estratégia 2023-2028

Segundo o presidente da Comissão Executiva da Acrep Edilson Bartolomeu a operadora petrolífera perspectiva alcançar no período 2023-2028 objectivos que passam por atingir uma produção de 10 mil barris por dia, tornar-se uma empresa produtora de energia independente.

Pretendemos, acrescentou, instalar uma central térmica de 25 megawatts no bloco Cabinda Sul, vamos igualmente entrar no mercado de prestação de serviços  de perfuração e reparação de poços.

 O gestor disse igualmente que a operadora pretende capitalizar a empresa por isso a entrada em bolsa.

"Estamos a trabalhar e  criar as condições para convidar os possíveis investidores  a participar na capitalização da empresa", salientou.    

Edilson Bartolomeu lembrou ainda que a Acrep exportou, até ao momento, mais de sete milhões de barris de petróleo, tendo obtido  um resultado líquido até o segundo semestre de 2023 na ordem dos  19 milhões de dólares.

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