Sociedade

Chuva em Luanda deixa quatro mortos

As fortes chuvas que se abateram ontem sobre Luanda causaram a morte de quatro pessoas, o desaparecimento de três, bem como a inundação de casas, instituições de saúde e de ensino, vias intransitáveis, engarrafamentos e queda de postes de energia eléctrica e de árvores sobre viaturas, segundo dados provisórios do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros.

17/03/2021  Última atualização 15H31
Na Avenida Olímpio Macuéria pelos menos duas viaturas foram arrastadas pela água © Fotografia por: Agostinho Narciso |Edições Novembro
O porta-voz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, Faustino Minguês, disse ontem, ao Jornal de Angola, via telefone, que Luanda, Cacuaco e Viana foram as áreas mais afectadas.
Só em Viana, acrescentou, há o registo de 300 casas alagadas, ao passo que muitas bacias de retenção de água, em várias zonas da província de Luanda, estão a transbordar.

Na Avenida Olímpio Macuéria, por exemplo, no sentido bairro Popular/Palanca, João José Dunga viu a sua viatura estacionada na via pública a soterrar e capotar minutos depois, na medida em que a corrente de água foi arrastando a terra vermelha usada pela EPAL para entulhar a zona da conduta que vai transportar água potável.

João José Dunga explicou à nossa reportagem que o seu seguro é de responsabilidade civil obrigatória e que não sabe onde recorrer para reclamar.
Além de José Dunga, a viatura de Sebastião Pedro também não foi poupada pela chuva, que a arrastou até a vala resultante das escavações da EPAL.
Paulo Memba, morador da Avenida Olímpio Macuéria, há 20 anos, disse que não é a primeira vez que acontecem casos do género e que o facto de serem visitantes contribuiu na desatenção.

Durante a ronda efectuada pelo Jornal de Angola, Salvador Paulo, taxista na rota Mutamba/ Multiperfil, explicou que a água atingiu os lancis na estrada da Samba, mas não representou perigo, pelo facto das valas de drenagem estarem operacionais.
Na Avenida 21 de Janeiro, a chuva arrastou muito lixo, deixando o troço Rocha/FAPA quase intransitável. "Estamos a temer um surto de cólera, porque o lixo não está a ser recolhido de forma regular", disse um dos munícipes.

Nos principais acessos à Mediateca de Luanda, junto à creche da Sonangol, a circulação estava difícil, devido o excesso de águas paradas.
Em consequência da chuva, que causou vários prejuízos e engarrafamentos em diversas artérias da capital do país, algumas viaturas foram vandalizadas e assaltadas, principalmente na rua Pedro de Castro Van-dunén, no município do Kilamba Kiaxi, e em Talatona.

A governadora provincial de Luanda, Joana Lina, que fez uma ronda para constatar os danos causados pela chuva, disse que o Serviço de Protecção Civil e Bombeiros está a fazer o levantamento dos prejuízos e que só depois o Governo Provincial haveria de se pronunciar.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Sociedade