O Festival Internacional de Jazz, agendado para decorrer de 30 deste mês a 1 de Maio, na Baía de Luanda, tem já confirmada a participação de 40 músicos, entre nacionais e estrangeiros, e o regresso da exposição de artes visuais com obras de 23 artistas plásticos, anunciou, sexta-feira, em conferência de imprensa, no Centro de Imprensa da Presidência da República, CIPRA, o porta-voz da Bienal de Luanda, Neto Júnior.
O artista plástico, João Cassanda, com a obra “Mumuíla Feliz”, e o escultor Virgílio Pinheiro, com a escultura “Piéta Angolana”, são os vencedores da 17.ª edição do Grande Prémio ENSA-Arte 2024, tendo arrebatado uma estatueta e um cheque no valor de seis milhões de kwanzas.
Oito livros que abordam as diferentes facetas da história do antigo Reino do Kongo e de alguns dos seus soberanos foram, na quinta-feira, lançados em Mbanza Kongo, província do Zaire, pela editora PAARI (Pan-Africain Review of Innovation).
O acto de lançamento dos referidos livros publicados e promovidos pela Editora PAARI, com sede na República da França, teve lugar no Cento Histórico de Mbanza Kongo e contou com a presença de membros do Governo do Zaire, historiadores e estudantes.
Entres os oito livros lançados, o destaque recai para as obras "LE ROYAUME KONGO SOUS VITA NKANGA – Les Fondements de la Maison Royale Ki-Nlaza 1636-1665” e "Nimi A Lukeni”, ambos do escritor Bruce Mateso. Igual destaque foi dado às obras "La Société Kongo – Face à la colonisation potugaise 1885-1961” do historiador Mbala Lussunzi Vita, e "Mbanza Kongo”, do pesquisador Mawawa Mawa Kiese, por retratarem com profundidade a história do então Reino do Kongo e de algumas figuras.
Na ocasião, o ensaísta e director da Editora PAARI, Mawawa Mawa Kiese, disse que escolheram a cidade de Mbanza Kongo para fazer o lançamento das obras pelo facto da região ser a fonte da cultura bakongo, antes de se espalhar pelo mundo, e por ser o berço do então Reino do Kongo.
De acordo com Mawawa Mawa Kiese, o principal objectivo das publicações sobre o então Reino do Kongo consiste em não somente rebuscar e enriquecer a história e cultura bakongo, mas contribuir significativamente para a pluralidade da cultura universal, atendendo que o cidadão que conhece a sua cultura constitui bases para a promover.
"Enquanto mukongo, sou obrigado a conhecer a minha cultura para posteriormente mostrá-la ao mundo e dá-la a conhecer, por isso vamos continuar a publicar para que a nossa juventude aprofunde os seus conhecimentos sobre o então Reino do Kongo e espalhem a sua rica história pelos quatro cantos do globo”, defendeu.
Quanto à tradução do francês para português, Mawawa Mawa Kiese assegurou que tão logo regresse à França dará início ao processo de tradução, para que ainda no festival Festikongo, a ter lugar em Julho próximo, haja alguns livros traduzidos para facilitar o seu consumo pelos estudantes angolanos.
Por seu turno, o autor Bruce Mateso, por sinal filho do Zaire, avançou que o livro "LE ROYAUME KONGO SOUS VITA NKANGA – Les Fondements de la Maison Royale Ki-Nlaza 1636-1665”, com 339 páginas e mais de 2.500 exemplares editados, aborda a estrutura do Kongo Dia Ntotila (Reino do Kongo), bem como da dinastia Ki-Nlaza, de forma particular o rei Vita Nkanga, que havia reunido todas as comunidades da época para combater os colonizadores portugueses que procuravam controlar as riquezas do Reino e do seu domínio, originando a histórica batalha de Ambuila, na qual viria tombar.
Segundo o autor, um dos objectivos do seu livro consiste em reabilitar a figura de Vita Nkanga, mostrar a razão da batalha de Ambuila e explicar quais eram as intenções daquele grande rei do referido reino. "Enquanto historiador, e uma vez que o Reino do Kongo é a minha vocação, a intenção é continuar a publicar obras a respeito, visto que há acolhimento das minhas investigações nos países que faziam parte da monarquia, nomeadamente República Democrática do Congo, Congo Brazaville e uma parte do Gabão, por isso vou continuar a fomentar o acesso ao conhecimento sobre o Reino do Kongo”, acrescentou.
O historiador Bruce Mateso garantiu que as próximas investigações vão girar em torno do pai de Vita Nkanga, Nkanga Lukeni, a profetisa Kimpa Vita e outras figuras do Reino do Kongo. Bruce Mateso avança que, nos próximos livros, não espera focar-se em pessoas, mas analisar de forma profunda as dinâmicas culturais, económicas e históricas do Reino do Kongo.
O director do Centro Histórico de Mbanza Kongo, Biluka Nsakala Nsenga, considerou importante a apresentação dos referidos livros, por fazer parte das orientações emanadas pela UNESCO, aquando da inscrição da cidade de Mbanza Kongo na lista de Património Mundial da Humanidade, por ser uma das vias para valorizar e conservar a cultura local.
Por sua vez, a directora do Gabinete da Cultura no Zaire, Nzuzi Makiese, considerou importante o lançamento das obras, por demonstrarem que,mesmo a partir do estrangeiro, a diáspora dos descendentes do Reino do Kongo continua interessada em revelar a grandeza histórica deste domínio, apontando como exemplo os pesquisadores Mawawa Mawa Kiese, de ascendência do Congo Brazzaville, e Bruce Mateso, um filho do município do Kuimba, no Zaire, que apesar de ter nascido na França, domina a cultura do Reino do Kongo, padrão a ser seguido pelos jovens nacionais.
"Aproveito esta oportunidade para apelar aos jovens angolanos e não só, no sentido de seguirem o exemplo destes pesquisadores que, apesar de serem naturais e residirem em França, dominam a história do Reino do Kongo. Por isso, invistam, estudem mais, conheçam mais a nossa história, pelo que agradeço e encorajo os autores, porque mesmo a partir do exteriorcontribuem para o engrandecimento da cultura a nível do país”, aconselhouSeja o primeiro a comentar esta notícia!
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