O trio de câmara “Rumos Ensemble” apresenta, no próximo dia 30 deste mês, no auditório Pepetela, no Centro Cultural Português – Camões (CCP-Camões), em Luanda, o concerto multimédia “Tocando José Afonso”.
Únicas na história, as mulheres do Reino de Daomé, na África Ocidental, formavam o maior exército feminino de que se tem notícia, ocupando a linha da frente nas guerras, na política e na administração real.
As Amazonas de Daomé eram guerreiras da etnia Fome formavam um dos principais e mais temidos regimentos militares da África Ocidental no século XVII. Elas estiveram em actividade até ao final do século XX e respondiam também pelos nomes Ahosi ou Mino. Essas amazonas também eram chamadas N’Nonmiton, que significa "nossas mães”. Eram as mulheres mais temidas em todo o continente africano.
Daomé, actual Benin, foi um dos reinos africanos mais prósperos e poderosos, com cerca de 15 reis ao longo da sua existência. No geral, essas mulheres eram treinadas desde a infância em exercícios árduos, participando em guerras desde a adolescência. Esse treinamento permitia-lhes ser fortes e velozes, escalavam paredões, empunhavam espadas e tinham uma excelente mira e sentidos aguçados. Ou seja, as Amazonas de Daomé eram treinadas para agir com qualquer meio necessário para dominar o inimigo.
De acordo com alguns historiadores, a capacidade de combate delas era mais alta do que a dos homens. As mulheres soldado e oficiais do Exército de Daomé possuíam escravas, moravam no Palácio do Rei e eram tão respeitadas e poderosas que, quando andavam pelas ruas, os homens comuns deviam dar um passo atrás para abrir caminho e olhar para o outro lado: não podiam olhá-las directamente.
Elas eram enormes em tamanho, fama, poder, força e realeza. Eram temidas e respeitadas em toda a África pela sua coragem e fé. Eram mulheres invencíveis nos tempos dos arcos e das flechas certeiras, dos punhais e espingardas. Rei após Rei, este Exército feminino se renovava.
Vestidas com calças curtas e camisas longas, sem mangas, exibiam com orgulho o cinto em que ficavam presos um facão e uma maçã – arma com cabo comprido com uma pesada bola de ferro dentada numa das pontas.
As suas cabeças eram cobertas por gorros bordados ou pintados com figuras de animais sagrados no Daomé, como o crocodilo, o elefante e o tubarão, de acordo com o batalhão a que pertenciam.
As Amazonas de Daomé surgiram a partir do reinado do Arroçu de Daomé Uebajá em 1645. Basicamente, ele iniciou o treinamento militar de mulheres ao formar um grupo de caçadoras de elefantes sob o nome gbeto. Geralmente, não se envolviam em conflitos porque a sua presença garantia segurança na região de Daomé. Apesar disso, treinavam constantemente e mantinham a boa forma através de rotinas rígidas. Estima-se que o regimento chegou a comportar 6000 mulheres, ou seja, elas representavam mais de um terço do Exército total de Daomé, e ocupavam a linha dianteira dos ataques aos reinos inimigos, à frente dos homens. Elas optavam pela decapitação como principal ataque.
Estima-se que a última vez que elas entraram num campo de batalha foi em 1894, quando a França venceu a 2ª Guerra Franco-Daomeana. Apesar de a França ter conquistado Daomé em 1894, após duas guerras num período de 4 anos, a ferocidade das mulheres que compunham 1/3 das tropas do país africano ao longo do século 19 impressionou os soldados estrangeiros.
A tradição das Amazonas de Daomé tornou-se história e tradição em famílias ancestrais da África Ocidental. E ctualmente inspiram a moderna cultura popular, fazendo parte do imaginário de Hoolywood em filmes como Wakanda, Panteras Negras, Mulher Rei…
Fonte:segredosdomundo.r7/aventurasnahistoria.uol
TRISTÃO DA CUNHA
O lugar mais remoto do mundo
O arquipélago de Tristão da Cunha é o território habitado mais remoto do mundo, sendo que a ilha principal (Ilha de Tristão da Cunha) é rodeada por penhascos com mais de 600 metros de altura. O lugar é um pedaço de terra de 98 km².
O arquipélago foi descoberto pelo navegador Tristão da Cunha, em 1506-1508. Está localizado no Atlântico Sul, aproximadamente a 2.400 quilómetros da costa de África, com uma população de 260 pessoas de origem inglesa. Para que se possa ter uma ideia do isolamento do arquipélago, o local habitado mais próximo está localizado a 2.420 km a Norte de Tristão da Cunha, na ilha de Santa Helena. No continente, a cidade mais próxima de Tristão da Cunha é a Cidade do Cabo, na África do Sul, que fica localizada a 2.800 km a Leste. Trata-se de uma das ilhas que se situam sobre a cordilheira submarina Dorsal Mesoatlântica.
A ilha tem apenas um pequeno assentamento chamado Edimburgo dos Sete Mares. A falta de aeroporto e o acesso difícil por mar fazem de Tristão da Cunha um dos lugares mais isolados do planeta. Leva cerca de seis dias para se chegar à ilha a partir da cidade mais próxima, na África do Sul.
Apesar de estar isolada, a ilha é auto-suficiente. Tem duas igrejas – uma anglicana e outra católica -, um posto de correios, um museu, lojas, bares, restaurantes, cafés, uma piscina, casas de banho públicas, discotecas, transportes públicos, um supermercado e alojamento.
O idioma falado é o inglês, misturado com vários dialectos locais bastante distintos, que derivam de diversas línguas como o escocês, o alemão e o italiano.
A capital, Edimburgo dos Sete Mares, alberga toda a população, tendo um polícia, um médico e cinco enfermeiros. Não há propriedade privada, todos participam no trabalho agrícola e a maior fonte de rendimento da pequena economia local é a pesca de lagostins e a venda de selos.
Actualmente, a única forma de se chegar à ilha Tristão da Cunha continua a ser de barco, partindo da Cidade do Cabo, na África do Sul. Mas nem toda a gente pode visitar a ilha. Para isso, é necessário fazer uma reserva, esperar que seja aceite pelo administrador e pelo Conselho da Ilha e finalmente pagar.
Fonte:
megacurioso.com
OMALODU
A cerveja dos Ovawambo
Omalodu é uma cerveja tradicional, fermentada e sem adição de produtos químicos. É um símbolo sociocultural dos ovawambos (grupo étnico do Sul de Angola), sendo importante para celebrar nascimentos, casamentos, visitantes, aniversários e cerimónias de dança tradicional. O omalodu é feito com Onghava Oilyavala (massambala) vermelha.
Fonte: Ovawambo os Kwanyamas
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LoginA segunda edição do “Almoço Angolano” acontece, hoje, às 14h00, no Hotel Diamante com as actuações de Acácio Bambes e Flay, com o acompanhamento da Banda Real. A abertura é com a presença do Kudimuena Kota.
O Festival Internacional de Jazz, agendado para decorrer de 30 deste mês a 1 de Maio, na Baía de Luanda, tem já confirmada a participação de 40 músicos, entre nacionais e estrangeiros, e o regresso da exposição de artes visuais com obras de 23 artistas plásticos, anunciou, sexta-feira, em conferência de imprensa, no Centro de Imprensa da Presidência da República, CIPRA, o porta-voz da Bienal de Luanda, Neto Júnior.
O artista plástico, João Cassanda, com a obra “Mumuíla Feliz”, e o escultor Virgílio Pinheiro, com a escultura “Piéta Angolana”, são os vencedores da 17.ª edição do Grande Prémio ENSA-Arte 2024, tendo arrebatado uma estatueta e um cheque no valor de seis milhões de kwanzas.
“Rosa Baila”, “Chikitita”, “Perdão”, dentre outros sucessos que marcam o percurso artístico de Eduardo Paím, serão apresentados amanhã, a partir das 19h30, no concerto comemorativo aos 60 anos natalícios do cantor e produtor.
Angola vai participar, quarta-feira, 1 de Maio, Cabo Verde, na celebração dos 50 anos de libertação dos presos políticos do campo de concentração do Tarrafal, símbolo da opressão e violência da ditadura colonial portuguesa.