A mensagem foi entregue pelo ministro dos Negó-cios Estrangeiros e da Coope-ração do Congo, Jean Claude Gakosso, recebido em audiência pelo Chefe de Estado. À saída do encontro, o mi-nistro congolês não prestou declarações à imprensa. Os dois países, que têm relações de cooperação históricas, mantêm consultas regulares sobre vários assuntos de interesse bilateral e regional.
A República do Congo ocupa, desde 2017, a presidência rotativa da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos, que integra Angola, República Democrática do Congo, Rwanda, Burundi, RCA, Uganda, Quénia, Sudão, Sudão do Sul, Zâmbia e Tanzânia.
Na semana passada, os Presidentes de Angola, João Lourenço, do Rwanda, Paul Kagame, e da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, decidiram, em cimeira tripartida, realizada na instância de N’Sele, arredores de Kinshasa, redinamizar a CIRGL, para fazer face ao surgimento de grupos armados congoleses e estrangeiros na RDC.
Numa declaração lida pelo ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, os Chefes de Estado deram ênfa-se à questão da segurança na sub-região. Os três Presidentes consideraram ser fundamental reforçar o eixo RDC, Angola e Rwanda, num quadro em que se deve incluir os demais Chefes de Estado da região para travar a acção dos grupos armados, cuja actividade afecta não só a RDC, mas também países como o Rwanda e outros.
A decisão de redinamizar a Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos, enquanto plataforma ideal para a resolução dos problemas de segurança da sub-região, pretende dar resposta a grupos armados como ADF.