Opinião

Dia da Paz e Reconciliação em África

A décima sexta Sessão Extraordinária da Assembleia dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana, realizada em Maio de 2022, em Malabo, capital da Guiné Equatorial, instituiu o 31 de Janeiro como o “Dia da Paz e Reconciliação em África”.

31/01/2024  Última atualização 06H10
Para a República de Angola, o facto revelou-se com função multiplicadora, pela  distinção com o título de "Campeão da União Africana para a Paz e Reconciliação em África” ao estadista angolano, João Lourenço, por conta do seu engajamento para a pacificação do continente, sobretudo no âmbito da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL).

A meritória atribuição do título não só premeia, de forma singular, a figura do Presidente da República, mas enaltece a experiência de Angola na gestão e resolução de conflitos, com base na sua realidade histórica, entendida como vector da atribuição de honra e confiança por parte dos países vizinhos que, com o respaldo das Nações Unidas, reconhecem o papel fundamental do país na liderança de processos que visam a instalação de um clima de estabilidade e promoção da Paz e Reconciliação em África.

A efeméride é celebrada com o selo de iniciativas diplomáticas que representam as bases de reforço do compromisso dos países com a inclusão e estabilidade política de África, tendo como eixos centrais a conquista da paz e segurança no continente, o combate cerrado à  propagação do terrorismo, extremismo violento, corrupção, nepotismo e a crescente internacionalização dos conflitos.

Em meio a factores negativos, a exemplo das crises humanitárias e violações dos direitos humanos, África esmera-se para continuar a registar avanços significativos na abordagem das grandes questões constantes da pauta universal, cujo fim  único é o desenvolvimento do continente em toda as suas latitudes, desiderato dos povos, enfatizada na importância de promoção de princípios e práticas democráticas para a consolidação da África desejada alicerçada numa consciência contextual que culmine com o alcance da paz efectiva.

A construção de África como um continente de paz, de reconciliação e desenvolvimento económico depende, sobretudo, da entrega e dedicação dos seus filhos, acções cunhadas de desejo colectivo pela felicidade, que se resume no prazer de declarar tolerância zero a todo o passado conturbado de desentendimento, de desarmonia e de discórdia, e trilhar o rumo da transformação estrutural e sistémica, pela construção de sociedades mais abertas, mais democráticas, mais transparentes, mais participativas e mais justas.

Pensar e abordar África na imensidão da sua realidade no âmbito  sociocultural, político, institucional e económico pressupõe a conjugação de esforços máximos na escala do reforço da cooperação  entre os Estados.

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