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Estados Unidos formam fuzileiros moçambicanos

As Forças de Operações Especiais dos Estados Unidos da América (EUA) vão formar militares moçambicanos para reforçar a sua capacidade no combate aos insurgentes que têm protagonizado ataques em Cabo Delgado, informou, ontem, fonte oficial.

16/03/2021  Última atualização 13H15
Forças de Operações Especiais dos (EUA) vão formar militares moçambicanos © Fotografia por: DR
O programa de formação tem um período de dois meses e foi lançado ontem, numa cerimónia em que os EUA também forneceram a Moçambique equipamento médico e de comunicação, referiu uma nota da Embaixada norte-americana em Maputo, sem avançar detalhes sobre o apoio.

"Os Estados Unidos estão empenhados em apoiar Moçambique com uma abordagem multifacetada e holística para combater e prevenir a propagação do terrorismo e do extremismo violento”, disse Richard Schmidt, vice-comandante do Comando de Operações Especiais dos EUA para África, citado no documento.

"A protecção civil, os direitos humanos, e o envolvimento da comunidade são centrais para a cooperação dos EUA e são fundamentais para combater eficazmente o Estado Islâmico em Moçambique”, acrescenta-se na nota.

A violência armada em Cabo Delgado, onde se desenvolve o maior investimento multinacional privado de África, para a exploração de gás natural, está a provocar uma crise humanitária com mais de duas mil mortes e 670 mil pessoas deslocadas, sem habitação, nem alimentos.
A violência em Cabo Delgado surgiu em 2017, mas algumas das incursões foram reivindicadas pelo grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico entre Junho de 2019 e Novembro de 2020, mas a origem dos ataques continua sob debate. Forças jihadistas ocuparam a cidade de Pemba no ano passado.

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