O trio de câmara “Rumos Ensemble” apresenta, no próximo dia 30 deste mês, no auditório Pepetela, no Centro Cultural Português – Camões (CCP-Camões), em Luanda, o concerto multimédia “Tocando José Afonso”.
A segunda edição do ano do projecto Cine Palácio de Ferro exibiu,quinta-feira à noite, no Palácio de Ferro, em Luanda, a longa-metragem “O Preço”, do realizador Pedro João, cujo elenco de actores é composto por Mac Gonell, Paulina Alê, Anderson Manuel, Mendes Júnior, Dorivalda Mário, Distinto Armando, Sandy Manuel, Cheilo António, Rui Néreu e Amanda Kanda.
Segundo a sinopse, o drama conta a história do casal de namorados Manuel e Tina, que decide procurar um hotel algures na cidade de Luanda para passar um final de semana. Porém, o trajecto complica-se quando a caminho atropelam Panda, um menino de 8 anos, filho de uma família pobre. Receoso, o casal age de forma irresponsável e abandona o corpo do menino à beira da estrada. Por sua vez, Man Zé, pai de Panda, percorre caminhos obscuros para poder vingar a morte do filho, prometendo que só descansaria até ver os culpados mortos.
O actor Tundavala Júnior, que interpretou o personagem Man Zé, disse que foi difícil viver o drama em função da sua complexidade. O actor reforçou que por causa das vicissitudes da vida, actualmente, várias pessoas percorrem caminhos impróprios como o personagem para resolver determinadas questões quando buscam por vingança ou alcance imediato de riquezas.
Quanto à interpretação do personagem, o actor explicou que foi difícil porque teve que fazer um trabalho de adaptação durante duas semanas, uma experiência que lhe permitiu atingir a perfeição.
A coordenadora do Cine Palácio de Ferro explicou, ontem, em Luanda, que apesar de trabalharem afincadamente para que o cinema angolano se mantenha vivo e ganhe o reconhecimento necessário, pretendem tornar a rubrica num espaço de formação de cineastas.
A coordenadora do projecto, Sandra Saquita, que falava à margem da exibição do filme "O Preço”, reforçou que um dos grandes objectivos deste projecto, iniciado em 2022, é dar visibilidade às obras angolanas e africanas.
"Porque é a razão da existência do projecto, e pretendemos alavancá-lo trazendo uma roupagem diferente à sétima arte nacional e filmes africanos”, traçou.
Sandra Saquita justificou que existem bons conteúdos na praça nacional, mas que não conseguem ter visibilidade por falta de espaço e conhecimento, apontando o projecto como uma plataforma vocacionada para esse fim. Porém, a cineasta reconhece que o projecto não fica apenas pela simples exibição, agregando igualmente rubricas formativas numa plataforma de capacitação.
Quanto ao balanço do projecto, a responsável considerou positivo, por receberem, actualmente, muitas solicitações de exibição de filmes, apesar da periodicidade ser mensal.
"O cinema angolano evoluiu, porque há muitos angolanos a consumirem o que é nosso. As pessoas evoluíram não só a nível de conteúdos, mas também de produção e imagem, tornando o cinema angolano mais atractivo. É gratificante sair de casa e ir assistir um filme produzido por um angolano que esteja cá ou que resida em qualquer parte do mundo”, sublinhou.
Apesar dos conteúdos serem de qualidade, Saquita apelou aos produtores a melhorarem as histórias e passarem a produzir conteúdos ligados às raízes angolanas, a fim de promover o que é nacional.
"Os artistas e cineastas devem explorar melhor os nossos acervos e transformá-los em excelentes histórias de audiovisual, para que as pessoas possam compreender o que há de melhor na nossa terra”, disse.
No dia 28 de Março serão exibidos os documentários "Kimpa Vita” e sobre a Arte na Educação para Cidadania e Direitos Humanos, e Cristo Minha Alegria, no dia 25 de Abril, Cristo Minha Alegria (dia 23 de Maio), Íres e o Mergulho no Mundo dos Autistas (27 de Junho), Antes que Seja Tarde (dia 25 de Julho), Elo(22 de Agosto), Reino do Congo (dia 26 de Setembro), Documentário Óscar Ribas (dia 24 de Outubro), Abeti Mazikini (dia 21 de Novembro) e sessão especial 2 anos Cine Palácio de Ferro (dia 19 de Dezembro).
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LoginA segunda edição do “Almoço Angolano” acontece, hoje, às 14h00, no Hotel Diamante com as actuações de Acácio Bambes e Flay, com o acompanhamento da Banda Real. A abertura é com a presença do Kudimuena Kota.
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