Jussara António, vendedora no mercado informal de flores. localizado defronte ao Cemitério Alto das Cruzes tem uma história diferente da Consolação da Cruz. Florista, há 12 anos, explica ter começado o negócio no referido espaço a convite de uma tia, numa fase difícil da sua vida, em que necessitava ganhar dinheiro. "Hoje tenho o próprio espaço”, diz com um sorriso de orelha a orelha. "Nós dependíamos dos óbitos. Hoje já se encomendam flores para todo o tipo de eventos, desde, casamentos, dia da Mulher, dos Namorados entre outros. As pessoas estão a valorizar mais as flores naturais”, atira. "Para este dia já recebi 50 pedidos de reserva de bouquets de flores", acrescenta.

 Ao lado, Janete também possui, há oito anos, uma banca de venda de flores: "Quando o dia 14 de Fevereiro ocorre no meio da semana, as vendas não são tão famosas, mas quando precedido por um fim de semana ou feriado, como hoje, a adesão é enorme", relata. As comerciantes adquirem as flores de um fornecedor que as compra na África do Sul, Quénia ou Líbia e cuida do processo de desalfandegamento:"Preferimos esses países devido à sua qualidade e durabilidade de um mês”, detalha  Janete

As flores mais vendidas nesta  localidade são as margaridas, lírios e as cravinas. Existem ainda algumas que são vendidas somente por encomenda, como as tulipas e as orquídeas. A florista afirma que de uns tempos para cá a concorrência aumentou, contudo, o negócio permanece rentável.

O Jornal de Angola constatou que realmente a procura estava em alta no mercado de Flores , onde ontem,  por volta das 16 horas,  havia engarrafamento, por causa dos carros mal parados, que não tinham lugar para estacionar.

Algumas pessoas compravam grandes bouquets, outras preferiam adquirir pequenos arranjos. Esse é o caso de Daniel Francisco, funcionário público que comprou  um bouquet de rosas vermelhas "para agraciar a esposa”. O funcionário  dispendeu  17 mil kwanzas pelo arranjo.

David Fernando, um dos três trabalhadores da empresa Floristas do Alvalade, também se dedica ao comércio de flores.  O  jovem, com  pouco mais de 20 anos de idade, percorre as ruas do centro de Luanda num triciclo. Os valores das flores comercializadas variam entre 10 e 17 mil kwanzas, e diariamente conta que vende mais de 30 arranjos de flores e diversos bouqurt. " O dia 14 é mais lucrativo”,  diz.