"Um ataque de autodefesa contra dois drones navais de superfície com explosivos" foi realizado cerca das 12h30 TMG de segunda-feira (mesma hora em Lisboa), declarou o Comando Militar norte-americano no Médio Oriente (Centcom) na rede social X (antigo Twitter).

As forças norte-americanas identificaram estes aparelhos não tripulados "nas zonas do Iémen controladas por huthis" e como "uma ameaça iminente para os navios da marinha norte-americana e os navios mercantes", acrescentou.

Os Estados Unidos multiplicaram as operações no Iémen e ao largo deste país em guerra, afirmando actuar para proteger a navegação no Mar Vermelho e no golfo de Aden dos ataques dos huthis, que dizem desencadear estas acções para apoiar os palestinianos na Faixa de Gaza, enclave cercado e bombardeado por Israel nos últimos quatro meses.

Apoiados pelo Irão, os rebeldes huthis controlam grande parte do Iémen, depois de quase uma década de guerra contra o Governo iemenita. Nas últimas semanas, também outros grupos armados pró-Irão intensificaram os ataques contra interesses norte-americanos na região, a par dos huthis que afirmam estar a atacar navios supostamente ligados a Israel, cujo principal aliado militar são os EUA.

No entanto, os rebeldes huthis do Iémen reclamaram, ontem, ataques a navios norte-americano e britânico, em acções separadas, no Mar Vermelho, um dos quais foi denunciado por uma empresa de segurança marítima.

"O primeiro ataque atingiu o navio norte-americano 'Star Nasia', enquanto o outro visou o navio britânico 'Morning Tide'", disse o porta-voz dos huthis, Yahya Saree, em comunicado.

Anteriormente, a empresa de segurança marítima Ambrey havia comunicado um ataque com 'drones' contra um navio britânico. Desde Novembro que os huthis, que controlam o Iémen com o apoio do Irão, têm visado repetidamente navios no Mar Vermelho por causa da ofensiva de Israel em Gaza contra o Hamas.