Economia

FPSO Agogo vai reverter declínio da produção petrolífera angolana

Ana Paulo

Jornalista

O construtor naval chinês HRDD realizou, quarta-feira, em Xangai, China, o levantamento e instalação do primeiro módulo para a constituição estrutural da unidade flutuante de produção, armazenamento de descarga (FPSO) Agogo, numa operação que o ministro do Recursos Minerais, Petróleo e Gás considerou crucial para a estabilização da produção petrolífera angolana.

21/03/2024  Última atualização 09H39
Ministro Diamantino Azevedo no acto de levantamento e instalação de módulo do FPSO Agogo © Fotografia por: DR
Diamantino Azevedo, que participou no acto a convite da  HRDD, manifestou expectativas de  a construção do FPSO Agogo vir a ajudar a estabilizar a produção petrolífera em Angola, contribuindo de forma substantiva para contrariar o declínio natural da produção do país.

O módulo de construção é o primeiro do Bloco 15/06, operado pela Azule Energy, com os outros encomendados à Singapura, Dubai, Indonésia, França, Noruega, Reino Unido, Vietname e Angola (Sonamet e Ambriz), de acordo com informações obtidas pelo Jornal de Angola do Gabinete de Comunicação Institucional de Imprensa do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.

O ministro dos  Recursos Minerais, Petróleo  e Gás, Diamantino Azevedo reconheceu que a construção do primeiro módulo do FPSO Agogo vem reforçar a aposta dos  Governos dos dois países no alargamento da cooperação e do desenvolvimento económico.

Diamantino Azevedo declarou, na cerimónia que o projecto de construção do módulo insere-se no compromisso mútuo, entre Angola e China, com o crescimento económico e social dos dois povos.

 A ser instalado no primeiro semestre de  2026, a construção e implantação do FPSO Agogo encerra conceitos das relações sino-angolanas como a transferência de conhecimento para Angola, beneficiando os quadros que vão constituir a força motriz para alavancar o crescimento da indústria do petróleo e gás no país, acrescentou o ministro.

"O projecto é mais uma acção ousada que o grupo empreiteiro do Bloco 15/06 empreende, supervisionado pela Agência de Petróleo, Gás e Biocombustíveis,  operado pela Azule Energy com parceria da Sonangol e da Sinopec Internacional”, frisou. Diamantino Azevedo reconheceu que as empresas envolvidas no desenvolvimento do Bloco têm sido bem-sucedidas na escolha de parceiros executores dos projectos, "podendo  considerar-se esta como mais uma acção de sucesso”.

O ministro disse valorizar a participação no acto de levantamento e instalação do primeiro módulo, por coincidir com a visita do Presidente da República, João Lourenço, de 15 a 17 de Março últimos.

" Um dos aspectos positivos no decorrer da visita foi a realização do Fórum de Negócios em Pequim, que  permitiu reunir mais de 800 políticos, empresários e actores económicos de ambos os países”, os quais tiveram a oportunidade de conhecer o potencial de realização de negócios, disse.

Além do ministro, a cerimónia contou com a participação dos  presidentes do Conselho de Administração da Agência Nacional, Petróleo e Gás (ANPG), Paulino Jerónimo, e da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins, além do presidente executivo da Azule Energy Adriano Mongini.

De acordo com dados disponíveis, o campo petrolífero Agogo está a ser desenvolvido numa lâmina de água de cerca 1.700 metros, no Bloco 15/06 do offshore angolano, tendo sido conectado ao FPSO de N’Goma para iniciar a produção do campo.

Possui capacidade de processamento de petróleo de 100 mil barris por dia, de movimentação de gás de 115 milhões de pés cúbicos padrão por dia e de injeçcão de água de 120 mil barris por dia.

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