No que toca à segurança regional, as partes assumiram o compromisso de cooperar para a promoção da paz e segurança na região.

De acordo com uma nota do Ministério das Relações Exteriores, a formalização de instrumentos jurídicos já rubricados entre os dois governos, a exploração de novas áreas de cooperação e os esforços conjuntos no combate à pobreza, estiveram igualmente em análise no encontro.

Sophie Aubert, refere o documento, destacou o papel da Agência Francesa para o Desenvolvimento como um catalisador essencial para o êxito dessas iniciativas.

De recordar que os dois Governos rubricaram, em Março último, no Palácio Presidencial, em Luanda, quatro instrumentos jurídicos, numa cerimónia testemunhada pelos Presidentes João Lourenço e Emmanuel Macron.

Trata-se dos Acordos para o Financiamento entre a República de Angola e a Agência Francesa para o Desenvolvimento e o de Facilitação de Crédito.

 O primeiro instrumento jurídico foi rubricado pelo chefe da diplomacia angolana, Téte António, e pelo director-geral da Agência Francesa para o Desenvolvimento, Rémy Rioux, que também assinou o segundo, com a ministra angolana das Finanças, Vera Daves.

Outros dois Acordos assinados são o Contrato para Concepção, Fabrico e Fornecimento de um Sistema de Satélite de Observação da Terra, e a Adenda a este Contrato, rubricados pelo ministro angolano das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, e pelo presidente da empresa francesa Airbus Defence and Space SAS, Jean –Mare Nasr.

O Satélite de Observação da Terra angolano, designado ANGEO-1, de altíssimo desempenho, será construído pela Airbus Defence and Space, na República de França, e está dentro dos mecanismos e acções de reforço da parceria e colaboração entre os dois Estados.

As aplicações vão desde soluções para estimular a produtividade agrícola, monitoramento de desflorestação, monitorização de obras de construção e detecção de navios, incluindo derrames de petróleo nas zonas de exploração.

A partir do ANGEO-1 será possível fazer mais de mil imagens de alta resolução por dia, com extrema capacidade de aquisição para uma cobertura local, nacional e regional, sendo altamente eficiente para as principais aplicações angolanas.

O Satélite de Observação da Terra contribuirá ainda para o desenvolvimento das infra-estruturas, mapeamento de recursos naturais, vigilância marítima, incluindo pesca, agricultura, censo populacional, entre outras áreas.

De recordar que Angola e a França estabeleceram relações diplomáticas a 17 de Fevereiro de 1976.  Os dois países têm relações de cooperação em diversas áreas.