Sociedade

Garantido estágio a jovens em empresas chinesas

Edivaldo Cristóvão

Jornalista

Centenas de jovens angolanos vão beneficiar de estágios profissionais em empresas chinesas que operam no país, com o objectivo de complementarem o aprendizado que adquiriram ao longo do Sistema de Ensino e da Formação Profissional e serem inseridos no mercado de trabalho.

20/04/2021  Última atualização 11H00
Os jovens vão melhorar as suas competências técnicas, profissionais e comportamentais © Fotografia por: Contreiras Pipa | Edições Novembro
O acordo foi rubricado ontem entre o Instituto Na-cional de Formação Profissional (INEFOP) e a Associação das Empresas Chinesas, na presença do ministro em exercício da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Vánio Americano, da governadora de Luanda, Joana Lina, do director do Gabinete de Quadros do Presidente da República, Edson Ulisses Barreto, e do embaixador da República Popular da China em Angola, Gong Tao, bem como dos secretários de Estado do Trabalho e Segurança Social, da Educação e da Juventude e Desportos. 

De acordo com o director-geral do Inefop, Manuel Mbangui, o protocolo visa criar condições para que os jovens que terminarem a formação profissional, ensino médio e superior possam aliar a teoria à prática. O acordo inclui a remuneração dos beneficiários e garante a possibilidade de serem admitidos em em-presas chinesas.

Manuel Mbangui esclareceu que o Inefop vai apenas dar o apoio metodológico e organizar o processo de admissão dos candidatos aos estágios. Os candidatos aos estágios, acrescentou, devem fazer a  inscrição através dos portais do Plano de Acção para a Promoção da Empregabilidade (PAPE), INEFOP e MAPTSS.Segundo Manuel Mbangui, o programa de estágios profissionais já tem acordos com mais de 100 empresas. "O orçamento inicial do PAPE permitia, apenas, a inclusão de 1.500 jovens, mas com os apoios da Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional, através da União Europeia, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e com as empresas chinesas, o número de beneficiários será mais alargado, fundamentalmente nos ramos da Engenharia, Construção, Tecnologias e Indústria Alimentar".

O director do Gabinete de Quadros do Presidente da República, Edson Ulisses Barreto, considera que este acordo vai permitir aos jovens melhorar as suas competências técnicas, profissionais e comportamentais.Para a governadora de Luanda, Joana Lina, "muitos jovens estão ansiosos para ajudar no desenvolvimento do país, por isso todas as iniciativas que fomentem o emprego devem ser acarinhadas e valorizadas”.

O presidente da Associação das Empresas Chinesas, Guo Sen, disse que a instituição foi criada há 15 anos e actualmente conta com mais de 65 grandes empresas da China.Guo Sen revelou que mais de dez empresas estão envolvidas nas áreas de infra-estruturas, Energia e Recursos, fabricação industrial, financiamento, Agricultura, Comércio, Geologia, Electrónica e Comunicações.O embaixador da República Popular da China, Gong Tao, considera Angola um dos países do mundo com a população maioritariamente jovem, acrescentando que, ao logo dos anos, têm desenvolvido várias cooperações nos domínios da Educação, Formação Profissional, Desenvolvimento e exploração de recursos humanos, bem como oferta de bolsas de estudo.
Estágios profissionais 
O programa de estágios profissionais surgiu para atender os desafios do país em dotar o capital humano com ferramentas essenciais para a sua inserção no mercado de trabalho, contribuindo para o progresso e bem-estar social das famílias. O Executivo aprovou o Decreto Presidencial 300/20, de 23 de Novembro, que estabelece regras, modalidades e critérios que regulam o acesso e exercício dos estágios profissionais, enquanto medida activa de promoção do emprego. 

O programa é destinado a jovens com idades compreendidas entre 18 e 25 anos, que estejam inseridos nas modalidades de ensino superior, médio e de Formação Profissional. Podem, excepcionalmente, ser destinatárias pessoas desempregadas, desde que não sejam detentoras de qualificações académicas e que tenham concluído um curso de formação profissional. 

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