A companhia de artes sobe hoje, às 20h00, ao palco do Link Space Kilamba, para exibir o espectáculo "O Regressado”, com o intuito de abordar temas que destaquem os aspectos ético-morais e sócio-culturais, para a mudança da conduta social das pessoas.
Na trama, um jovem militar é dado como morto durante uma operação militar. A mulher, desesperada e fragilizada, é aconselhada pelo tio do marido e o regedor a autorizá-los a administrarem os bens do falecido. Na verdade, a intenção era apoderarem-se de tudo.

A peças de teatro "Querido vou posar nua” e "Tribunal do Amor”, que são exibidas  entre amanhã e terça-feira, em duas sessões, uma às 19h45 e outra às 20h45,  nos auditórios 1 e 2, da escola Njinga Mbande, em Luanda, são críticas sociais sobre os relacionamentos hoje.

"Querido vou posar nua” é uma peça que mostra os "choques” da vida conjugal, em especial quando os interesses profissionais esbarram com o amoroso. No espectáculo uma jovem actriz, casada, recebe a proposta de posar nua e ser figura de capa de uma revista famosa. Com milhões de kwanzas em jogo para posar nua na revista, a actriz começa a ter dificuldades para explicar ao marido os ganhos de tal acção, que rejeita de imediato e coloca esta a analisar os impasses e desafios da vida conjugal, cujos vínculos profundos, gerados pelo casamento, tendem, em certas circunstâncias, a chocar com os sonhos de solteiro, particularmente entre os jovens.

Em "Tribunal do Amor”, o grupo explora, de forma sucinta, as várias vicissitudes enfrentadas por muitos casais, desde as projecções de vida feitas antes do matrimónio, às experiências familiares e o comportamento após o casamento.

No espectáculo, o colectivo faz um especial enfoque ao stress e também ao sofrimento psicológico e emocional, que, geralmente, contribui no desgaste e até mesmo no rompimento do casamento.
Segundo um comunicado de imprensa da companhia de artes, o 27 de Março é a data de celebração, debate e divulgação das artes cénicas (teatro), instituída pela Unesco e comemorada a nível internacional onde cada ano uma mensagem é escrita. "Este ano, mesmo com a situação da pandemia da Covid-19 não fugiremos a regra”, lê-se na nota.

Fundado a 8 de Outubro de 1986, pelos actores Adelino Caracol e Ezequiel Issenguele, a Companhia  de Artes Horizonte Njinga Mbande tem vindo a apresentar projectos multidisciplinares que privilegiam uma abordagem contemporânea e uma pesquisa estética e temática do quotidiano angolano, assim como adaptações de obras literárias, para levar ao palco diversas situações da cultura nacional.