Sociedade

INAC aconselha denúncia de casos de assédio sexual

Celeste de Melo

Jornalista

O director do Instituto Nacional da Criança (INAC), Paulo Kalesi, pediu, sexta-feira, em Luanda, aos técnicos, dirigentes e trabalhadores do Petro de Luanda mais envolvimento na protecção dos direitos da criança no desporto, visando, sobretudo, o combate de casos de assédio sexual.

17/03/2024  Última atualização 10H35
© Fotografia por: DR

Durante uma palestra na sede do Petro, Paulo Kalesi aconselhou os presentes no sentido de serem os primeiros a velar pela protecção dos direitos das crianças desportistas e a continuarem a primar pela denúncia de actos de violência contra a criança e assédio sexual. 

"É importante que os técnicos conheçam os direitos da criança, de modo a eliminar qualquer forma de violência física, verbal ou psicológica, no decorrer do treino ou na prática de qualquer desporto. Apelamos que o Petro de Luanda se torne um clube amigo da criança, velando pela protecção dos seus direitos”, frisou.

O clube, continuou, deve ter um canal seguro, controlado por um responsável de total confiança, onde as crianças possam registar ocorrências quando sucedem situações que violam os seus direitos. "Os funcionários que lidam diariamente com elas não devem ser pessoas que possuem cadastro, mas sim indivíduos que estejam comprometidos com os 11 compromissos com as crianças”.

Paulo Kalesi salientou que o presidente do clube deve reservar tempo para dialogar e confraternizar com as crianças, pois esta dinâmica será de grande valia para transmitir segurança, conhecê-las e descobrir certas irregularidades que ocorrem no clube e na família.

O presidente do Petro de Luanda, Tomás Faria, enalteceu a iniciativa do INAC, frisando que o clube tudo fará para continuar a promover e salvaguardar os direitos da criança e todo trabalhador que infringir será sancionado.

"Queremos pessoas sérias que tenham valores morais e cívicos para transmitir às crianças, que são o futuro do país”, disse, defendendo, igualmente, a necessidade de todos promoverem a cultura de denúncia de casos de assédio sexual e de violação dos direitos das crianças.

O assistente social Balduíno de Almeida, também, manifestou-se satisfeito pela iniciativa do INAC que visa a protecção dos direitos das crianças, sobretudo no desporto.

"Estamos gratos e esperamos que continuem a envolver mais clubes e a sociedade no geral. Actividades do género não deveriam ser apenas direccionadas para os adultos, uma vez que são eles que têm violado os direitos das crianças”, sublinhou.

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