Economia

Indústria diamantífera nacional oferece retornos elevados aos investidores do sector

Pedro Peterson

Jornalista

A indústria diamantífera no pais está a tornar-se cada vez mais atractiva, sobretudo com as reformas legislativas, a descoberta de jazidas de alta qualidade e uma abordagem prospectiva por parte do Executivo, que especificamente tem um argumento forte para o investimento estrangeiro.

10/02/2024  Última atualização 12H23
Investimento que o país tem feito no sector tem atraído mais investidores estrangeiros para o mercado nacional © Fotografia por: DR
Os factos foram apresentados aos investidores internacionais durante a Feira Internacional de Minas, que a Cidade do Cabo acolheu de 6 a 8 do mes em curso.

No evento, ficou patente que o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás está a envolver activamente os parceiros regionais e globais para melhorar a produção e posicionar o país como um centro de excelência para a produção de diamantes.

Reformas atraem investidores

Angola é o quarto maior produtor de diamantes em África e o sexto a nível mundial, com a produção a atingir 9,8 milhões de quilates em 2023. Em 2024, o país espera produzir até 14,6 milhões de quilates, um objectivo que só pode ser alcançado por meio do aumento do investimento estrangeiro.

Numa audiência na Cidade do Cabo, o director de Geologia da ENDIAMA, Rogério Guimarães, disse que o sector mineiro em Angola sofreu mudanças significativas nos últimos cinco anos, com o objectivo de trazer investidores para o país.

As reformas, segundo o gestor, incluem a criação da Agência Nacional de Recursos Minerais – uma agência reguladora mineral independente criada em 2020, as novas políticas de investimento e repatriação de capital,  as novas políticas de comercialização de diamantes e as condições fiscais atractivas.

Por sua vez, o presidente do Conselho de Administração da Sodiam, Eugénio Bravo da Rosa, explicou que, antes da aprovação dos [novos] incentivos fiscais, os investidores que estabeleceram fábricas tinham de pagar 3,5 por cento pelo diamante bruto lapidado localmente.

"Agora, pagam apenas 2,25 por cento. Se quiserem exportar, podem fazê-lo com uma taxa de 3,5 por cento, enquanto antes era de 5,6 por cento.”, disse o gestor.

Segundo o responsável, este esforço do Governo, para reestruturar o sector, já produziu resultados positivos, com a indústria mineira de Angola a oferecer numerosos benefícios aos investidores.

Segundo Eugénio Bravo da Rosa, os resultados incluem um ambiente político e social estável, legislação de investimento atraente, uma política de marketing e vendas de diamantes focada no mercado, forte potencial geológico, bem como a garantia de repatriamento de capitais e de diamantes de alta qualidade.

Além disso, o Governo tem "dados e informações disponíveis que podem ser partilhados com potenciais investidores”, ressaltou o gestor.

Afirmou que os dados não só melhoraram a compreensão do sector mineiro angolano, mas facilitaram o investimento das empresas.

No evento, participaram cerca de oito mil conferencistas, operadores de multinacionais, médias e pequenas empresas, entre as quais 14 angolanas, com o objectivo de captação de investimentos tecnológicos da indústria mineira.

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