As partes chegaram a um acordo em que a trégua dura 40 dias, um período em que 40 reféns israelitas, incluindo mulheres, crianças e homens com mais de 60 anos, são libertados em troca de 404 prisioneiros palestinianos que se encontram nas prisões israelitas.

As fontes palestinianas e egípcias pediram para não serem identificadas, uma vez que as negociações ainda estão em curso na capital egípcia.

Estados Unidos da América, Qatar e Egipto coninuam empenhados em conseguir que Israel e o Movimento Hamas aceitem um acordo de paz. Entretanto, o representante palestiniano na Liga Árabe afirmou, ontem, que vai pedir, na reunião ministerial do organismo, agendada para hoje, no Cairo, que a organização pan-árabe seja firme no compromisso de pôr fim às "agressões" israelitas na Faixa de Gaza.

"Vamos apelar aos países árabes para que tomem medidas práticas a fim de acabar com o genocídio, com a deslocação forçada iminente e com a fome com que Israel quer matar o povo palestiniano", disse o representante da Autoridade Palestiniana (AP) na Liga Árabe, Mohanad al-Akluok, numa conferência de imprensa no Cairo.

Al-Akluok lamentou que a posição do organismo, composto por 22 membros, que inclui a Palestina, "tenha sido, durante décadas, verbal e mediática, e não tenha atingido o nível de influência e acção".

"A linguagem que a Liga Árabe utilizou nas últimas décadas não alimentou, não aliviou a fome, não parou a ocupação israelita e não parou o regime de 'apartheid'", sublinhou al-Akluok. Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Liga Árabe vão analisar, entre outros temas, a deterioração da situação na Faixa de Gaza, alvo de intensos bombardeamentos e de um cerco por parte de Israel.