O Presidente João Lourenço recebeu, sexta-feira, em audiência, em Lisboa, o ex-Primeiro-Ministro português, António Costa, que foi agradecer, pessoalmente, o Chefe de Estado angolano pela "excelente relação" que foram mantendo ao longo dos oito anos que esteve à frente do Governo.
O Executivo está a trabalhar para que o Memorial da Batalha do Cuito Cuanavale, decorrida entre 1987 e 1989, seja elevado a Património da Humanidade, revelou, quinta-feira, o governador do Cuando Cubango, José Martins.
Na ocasião, José Martins disse terem sido dados grandes passos para a efectivação do projecto, pois, para além das questões de infra-estruturas, decorrem os assuntos técnicos e administrativos.
Durante a dissertação, o antigo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Popular de Libertação de Angola (FAPLA) fez saber que a Batalha do Cuito Cuanavale foi crucial para que o país alcançasse a paz, tendo em vista que era necessário, primeiro, resolver os problemas externos com alguns países vizinhos e além-fronteiras, que apoiavam a UNITA.
Higino Carneiro sublinhou, ainda, que o país teve que apoiar alguns países que se encontravam em guerra, com o objectivo de substituir os governos que eram hostis a Angola e outras nações, de maneira a fechar as linhas de abastecimento logístico da UNITA.
"Todas as influências externas que a UNITA tinha, na altura, foram todas eliminadas e o inimigo ficou sem ajuda para continuar a fazer a guerra que assolou o país durante mais de 30 anos”, disse, acrescentando que, através das riquezas existentes no Cuando Cubango, como o diamante, marfim, madeira e outros, o partido do "Galo Negro” conseguiu sustentar os seus aliados.
Segundo o general Higino Carneiro, a UNITA fazia mais de 10 milhões de dólares por mês com a exportação de madeira para o Japão e que saía a partir dos caminhos-de-ferro da Namíbia, que na altura sob o regime racista sul-africano era um dos maiores aliados daquela força militar.
Fez saber que depois do país resolver os seus assuntos externos, vários Chefes de Estado, nomeadamente dos Estados Unidos da América (EUA), África do Sul, Portugal e da República Democrática do Congo (RDC) começaram a apoiar o Governo de Angola e no ano de 2002 conseguiu-se conquistar a paz tão almejada pelos angolanos.
O antigo chefe do Estado-Maior das FAPLA disse que a Paz não foi alcançada em 1988, quando culminou a Batalha do Cuito Cuanavale, porque esta guerra permitiu apenas quebrar a invencibilidade das tropas do exército racista sul-africano, que durante vários anos apoiavam a UNITA para que ganhasse o conflito civil que assolou o país.
Higino Carneiro, que esteve directamente ligado à Batalha do Cuito Cuanavale, disse, ainda, que o principal inimigo dos angolanos não eram as tropas sul-africanas, mas sim o líder da UNITA, Jonas Savimbi, que reiteradamente não cumpria com os acordos estabelecidos para que o país pudesse estar em paz.
"Não foi fácil chegar onde chegamos. É difícil fazer uma retrospectiva de onde viemos e do que foi feito pelos bravos heróis, para que Angola se tornasse independente e em paz, tendo em conta que a vitória da Batalha do Cuito Cuanavale pertence às FAPLA, porque o exército cubano estava a sensivelmente 200 quilómetros do local onde se estava a desenrolar a guerra”, argumentou.
O general explicou que as tropas cubanas chegaram ao país nos anos 1974, antes da Independência Nacional, para montar quatro centros de instrução militar para as FAPLA e, desde então, em concertação com a antiga Jugoslávia, apoiaram Angola durante todo o conflito armado.
"A guerra civil foi feita pelas FAPLA. Os cubanos, russos e jugoslavos deram apoio ao país em termos de formação militar, meios técnicos e armamento de guerrilha, para combater as tropas inimigas”, disse, acrescentando que a operação que se desenrolou no Cuando Cubango, concretamente no Cuito Cuanavale, serviu para mostrar para o mundo que a guerra era feita pelos angolanos.
Na ocasião, Higino Carneiro apelou aos jovens a compreenderem e conhecerem o passado, tendo em conta que se não forem capazes de identificar as grandiosas vitórias, não serão capazes de escrever a história e tomarem isso como legado em relação ao futuro do país.
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