Economia

Ministro declara perspectiva mais positiva para o petróleo

As perspectivas para a indústria do petróleo são muito mais positivas, em grande parte, graças aos esforços para estabilizar o mercado global de crude e restaurar o potencial de recuperação, declarou o presidente rotativo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), o ministro angolano Diamantino Azevedo, numa reunião conjunta de ministros desse cartel e de parceiros não associados, realizada ontem por vídeoconferência.

02/04/2021  Última atualização 09H30
Momento em que Diamantino Azevedo discursava, por via remota, na Conferência da OPEP © Fotografia por: DR
Diamantino Azevedo, que lidera o pelouro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás do Governo, acrescentou que continuam a verificar-se progressos nas vacinações contra a Covid-19, considerando essa evolução algo que "injecta esperança para o futuro” e vitaliza a economia global, num percurso que deve ser inclusivo, com os Países em Desenvolvimento e os Emergentes a não serem "deixados para trás no caminho da renovação e da recuperação”.

O ministro referiu a adesão dos países produtores à Declaração de Cooperação subscrita para o estabelecimento de cortes para a recuperação dos preços, um domínio em que, disse, "os esforços individuais e colectivos em matéria de conformidade chegaram a 113 por cento em Fevereiro”, sendo essa "uma conquista nobre” que "atesta nossa unidade e determinação”.

"Cada país participante deve continuar a fazer a sua parte para que, juntos, alcancemos todo o nosso potencial”, apelou, reconhecendo o Reino da Arábia Saudita pelo ajuste voluntário adicional de um milhão de barris de petróleo por dia nos meses de Fevereiro, Março e Abril”, ao mesmo que a actuação do ministro dos Recursos Petrolíferos da Nigéria, Timipre Sylva, no apoio à melhoria da conformidade, como enviado especial para o Congo, Guiné Equatorial, Gabão e Sudão do Sul.

O ministro reafirmou o facto de os produtores africanos de petróleo "precisarem de estabilidade de mercado sustentada para permitir que a indústria cresça e para apoiar a resiliência das economias”.
Aumento da produção
No fim da reunião, a OPEP e aliados decidiram, ontem, aumentar gradualmente a produção de petróleo a partir de Maio, de acordo com o comunicado divulgado no "site” da organização, afirmando que o grupo aumenta a produção em 350 mil barris por dia naquele mês, que se segue a um de igual montante em Junho e a outro de 441 mil barris diários em Julho.

No início de Março, foi decidido manter em Abril os cortes vigentes na oferta petrolífera, com excepção da Rússia e do Cazaquistão, que aumentaram ligeiramente a produção.
A OPEP, responsável por cerca de 60 por cento da produção mundial de petróleo, mantém cortes no fornecimento de 6,85 milhões de barris por dia, de um total de 9,7 milhões de barris diários que decidiu retirar do mercado em Maio de 2020, num corte sem precedentes para travar a queda do preço do petróleo devido à diminuição na procura causada pela pandemia da Covid-19.

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