O trio de câmara “Rumos Ensemble” apresenta, no próximo dia 30 deste mês, no auditório Pepetela, no Centro Cultural Português – Camões (CCP-Camões), em Luanda, o concerto multimédia “Tocando José Afonso”.
As jovens partilharam as experiências artísticas no âmbito do Dia Internacional do DJ, assinalado no sábado. O percurso das duas e de grande parte das profissionais começa nos convívios familiares.
Indi Mateta começou como fotógrafa, mas nos últimos anos tem animado as pistas de dança em Lisboa. Longe da terra, tem dinamizado um grupo de jovens para a troca de experiências entre as mulheres DJ.
Artista multidisciplinar antes estava mais ligada à fotografia. Está no mercado como selecta desde 2017, na altura tocava apenas com o laptop e o software de DJ. Tem como marco o ano de 2022 quando passou a tocar, fazendo recurso a equipamento profissional, como Cd e controladoras. Ainda sem trabalhos produzidos, garantiu ao Jornal de Angola que a intenção é colocar no mercado algumas músicas produzidas por si, a partir de 2025. Por enquanto, a ideia é conhecer melhor a realidade do mercado artístico de Lisboa, onde reside há 2 anos.
Indi Mateta mostra-se feliz porque gradualmente tem estado a conquistar o mercado português. Actualmente, tem uma agenda de trabalho preenchida até Junho do ano em curso. A DJ revela que tem muito gosto em partilhar a sua arte com o máximo possível de pessoas, por isso convida os leitores a pesquisarem o que tem produzido nas suas páginas nas redes sociais online com a designação: "Indi Mateta ou Indira Mateta” para ter acesso aos conteúdos nas plataformas de Streaming e Landingpage.
Sendo mulher e DJ, considera-se que está em dupla celebração e aproveita para felicitar todas as mulheres angolanas, em particular, e do mundo, pelos dias 8 e 9 Internacionais da Mulher e do DJ, respectivamente.
Indi Mateta explicou que foi no meio familiar onde sempre se ouviu muita música diversificada. Desde muito cedo, ainda na adolescência, recorda tinha o gosto por coleccionar cassetes e CD que eram oferecidos por familiares, amigos e mais tarde adquiridos com meios próprios. Com este conhecimento e gosto por partilhar a música entre amigos nos ambientes mais restritos.
Em 2017, fui convidada pela DJ AnaQomsoul e Osvaldo Godinho, a partilhar publicamente a minha playlist no Taberna, bar na Baixa de Luanda, no evento "Pen Drive Roullete”. Esta foi a primeira experiência em público e o resto é história.
Indi Mateta revela que houve alguma resistência, pois erradamente achava que tinha caído de pára-quedas nesta aventura, quando na verdade o caminho vem sendo trilhado desde a infância. "Sinceramente, só recentemente é que tomei consciência disso e decidi apostar mais numa carreira como profissional.
Ao longo dos tempos, foi apreciando o trabalho desenvolvido por colegas mais antigos e com alguma tradição em determinados estilos como DJ selectas de reggae, hiphop e de música electrónica. A artista confessou ser admiradora dos colegas selectas Ras Sassa, Billy Pitó, Grandmaster Flash, Jazzy, Jeff; e dos DJ Cleo, Znobia, Marky, Black Coffee, Anané Veja e Danykas.
Enquanto profissional, disse que toca de tudo um pouco, desde as músicas tradicionais aos novos estilos com destaque para o hiphop, soul, R&B, reggae, afrobeat, zouk, kizomba, semba, dancehall, bem como as músicas electrónicas africanas e seus múltiplos subgéneros com destaque para o kuduro, afrohouse, afrotech, soulfulhouse, amapiano, gqom, wwaito e 3-step.
"A minha primeira aparição pública na Taberna contou com a presença de familiares e amigos que com muito entusiasmo convidei. Outro momento marcante foi a minha ida ao Brasil em 2023, para tocar num evento de divulgação da Kizomba e seus géneros no "Kizomba Design Museum.”
DJ Mirian, a novata que faz magia com as suas misturas
DJ Mirian é a mais nova de todas. A aventura começou como assistente de produção da Associação dos Amigos do Reggae de Angola. Está no mercado há seis meses. Como marco tem a participação em Fevereiro do corrente ano, num evento em homenagem a Bob Marley. É presença habitual no espaço Doce Recanto, onde este mês, tocará todas às quintas-feiras no especial "Reggae Março Mulher”.
Como DJ encara o Dia Internacional do DJ com alegria, por estar o mês das mulheres. "Sempre gostei de música, desde os meus 5 anos aproximadamente, talvez seja porque o meu pai já naquela altura me oferecia cassetes de músicas infantis”.
A vontade de se tornar uma boa profissional aconteceu pela primeira vez aos 17 anos. Na época, queria ser DJ de house music. "Tentei fazer o curso de DJ, mas por causa de dificuldades financeiras desisti”. Dar uma resposta vitoriosa a si mesma e a todos aqueles que questionavam acerca do seu potencial artístico e criativo foi sempre uma meta. Hoje, o cenário é muito bem mais diferente porque o seu trabalho tem despertado os olhares dos críticos na matéria. Como mentor tem como referência Ras Sassa, e na música internacional gosta muito das obras de Bob Marley. "No estilo de música reggae exploro o roots e o modern.”
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