O Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação trabalha na mudança de paradigma e do cenário actual, para que Angola tenha um subsistema de ensino que garanta a formação de professores com qualidade e que possa orgulhar a todos.
A garantia foi dada pelo secretário de Estado para o Ensino Superior, acrescentando que o momento exige professores com qualificações de nível superior.
Eugénio da Silva, que falava, quinta-feira, no Dundo, na II Conferência Internacional de Educação e Formação de Professores, promovida pela Escola Pedagógica da Lunda-Norte, explicou que a formação de professores é uma condição essencial para melhorar a qualidade do processo de ensino e aprendizagem.
A actividade docente, referiu, é muito exigente e requer professores bem formados para dar resposta às actuais exigências da educação, sendo, também, necessário garantir a melhoria das condições das escolas e a formação dos gestores de instituições de ensino, para que se possa ter um sistema educativo desejado.
Para o secretário de Estado, a formação de professores deve ser selectiva, de modo a exigir maior responsabilidade, para que se possa garantir a qualidade que tanto se almeja.
Segundo Eugénio da Silva, a qualidade da formação exige, também, a melhoria da gestão do processo formativo, "razão pela qual o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação tem se preocupado em formar gestores para garantir uma educação sustentável, que consiga absorver e reter todos aqueles que procuram por estes serviços”.
O governante aconselhou as instituições do ensino superior no sentido de primarem pela qualidade em termos de formação.
"A formação de professores, também, é uma condição para garantir a concretização dos objectivos da Lei de Base do Sistema de Educação e Ensino e dar corpo às políticas educacionais sobre a educação inclusiva, equitativa e de qualidade”, sublinhou.
O secretário do Estado para o Ensino Superior, considerou que não basta ter boas condições, bons equipamentos e infra-estruturas se não haver bons professores.
O Ministério, destacou, está a desenvolver o processo de mudança curricular na estrutura de formação de professores, com pressupostos psico-cognitivos, socioculturais e éticos que os torne capazes de corresponder às exigências do processo de ensino.
"Já estamos a aplicar novos planos curriculares para o ensino primário e educação de infância”, disse o secretário do Estado, que defende a existência de mais professores de nível superior, "porque os que terminam o ensino secundário têm poucos conhecimentos científicos e pouca maturidade psicosocial e de cultura geral”.
A garantia de um bom ambiente de aprendizagem nas instituições de ensino é vista pelo secretário do Estado como sendo fundamental, desde que sejam criadas as infra-estruturas, como salas de aula, laboratórios e bibliotecas, mantendo sempre o processo de avaliação, para se ter em conta os pontos fortes e fracos na formação que é ministrada.
O governante lembrou que os cursos de Pedagogia e de Psicologia estão descontinuados, devendo o mesmo acontecer com o ensino da Sociologia, por não constar nas reais necessidades do sistema educativo em termos de professores e especialidades que o Ministério da Educação precisa.
"Estamos a repensar as instituições que vão continuar a ter ofertas formativas de formação de professores, os cursos a ministrar ou que vão ser descontinuados, em particular em instituições privadas que não têm vocação e condições para formar professores”, concluiu.
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