Sociedade

Pediatra aconselha maior atenção nos cuidados aos recém-nascidos

Engrácia Francisco

Jornalista

O pediatra Tomás Fernando aconselha maior atenção nos cuidados aos recém-nascidos, essencialmente com o cordão umbilical, tendo em conta o grau de propagação de doenças como a meningite e a poliomielite, muito frequentes em crianças.

14/02/2024  Última atualização 12H11
Muitos recém-nascidos são assistidos no banco de urgência do Hospital Geral dos Cajueiros, no município do Cazenga © Fotografia por: Rafael Tati | Edições Novembro
"Infelizmente, muitas famílias ainda usam produtos impróprios, como sal e folhas, alegadamente, para a ferida curar com rapidez, mas acabam por prejudicar a saúde do bebé”, explicou.

Segundo o pediatra, no cordão umbilical deve-se usar, apenas, álcool de 70 por cento, até secar e cair. "Pode demorar até no máximo dez dias, mas depois cai”.

Tomás Fernando, que também é director clínico do Hospital Geral dos Cajueiros, disse que muitos pacientes dão entrada na Pediatria com febre alta. Na maior parte dos casos, continuou, o menor é diagnosticado com uma infecção grave.

Nestes casos, acrescentou, o importante é o tempo em que as crianças chegam ao hospital, o que determina a sua recuperação ou não. "Se chegar cedo conseguimos corrigir o problema, de contrário o processo é longo e pode custar a vida do recém-nascido”.

Segundo o director clínico do Hospital Geral dos Cajueiros, a unidade sanitária recepcionou, na semana passada, 19 crianças com malnutrição. "Neste momento, temos internadas 34 crianças desnutridas”.

Durante o período em análise, informou, foram atendidos 4.032 pacientes, tendo sido diagnosticados 1.256 casos de malária, 623 de síndrome gripal e 349 de hipertensão.

Ainda no Cazenga, o Hospital Municipal assistiu 2.387 pacientes, tendo sido 1.167 nos bancos de urgência e 1.220 nas consultas externas, informou a directora-geral, Nilsa Sousa.

Camama

O Hospital Geral de Luanda atendeu, na semana passada, 9.494 pacientes, dos quais 20 com anemia severa, informou, ontem, o director clínico da instituição.

Magalhães Sobrinho adiantou que as crianças foram as mais afectadas pela patologia. "Infelizmente, temos o registo de crianças com malnutrição grave”.

Durante a semana finda, foram registados, na referida unidade sanitária, 1.130 casos de malária, 493 de doenças respiratórias agudas, 188 de hipertensão, 100 de diarreia e 33 acidentes vasculares cerebrais, tendo-se realizado 106 cirurgias, com realce para 45 de Ortopedia.

No banco de urgência de Ortopedia, frisou, foram socorridos 779 pacientes,  350 por quedas, 176 por acidentes de viação, 113 por agressões físicas, 72 por ferimentos provocados por armas brancas, 58 por atropelamentos e 11 por ferimentos de armas de fogo.

Cacuaco

A equipa médica do Hospital Municipal de Cacuaco atendeu, na semana finda, oito pacientes com malnutrição, informou, ontem, a directora-geral da unidade sanitária.

Anizeth Cutatela avançou que 4.647 pacientes foram atendidos no mesmo período, sendo 2.827 nas consultas externas e 1.681 nos bancos de urgência.

O Hospital Municipal de Cacuaco assistiu, também, 65 pacientes vítimas de acidentes de viação, ao passo que, na área da maternidade, foram feitos 89 partos.  

"As principais patologias foram a malária, com 653 casos, a síndrome gripal (91), doenças respiratórias agudas (54) e a diarreia (52)”, disse.

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