A ministra das Finanças chefiou uma delegação angolana que participou, desde segunda-feira passada até domingo, em Washington, nas reuniões de Primeira do Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI). Em entrevista à Rádio Nacional e ao Jornal de Angola, Vera Daves de Sousa fez um balanço positivo das reuniões – oitenta, no total –, sendo que, numa delas, desafiou a Cooperação Financeira Internacional (IFC) a ser mais agressiva e ousada na sua actuação no mercado angolano. O vice-presidente da IFC respondeu prontamente ao desafio, dizendo que até está a contar ter um representante somente focado em Angola e não mais a partilhar atenção com outros países vizinhos na condução local do escritório do IFC. Siga a entrevista.
Kaissara é um poço de revelações quase inesgotável, como a seguir verão ao longo desta conversa, em que aponta os caminhos para um futuro mais consequente da modalidade; avalia o presente das políticas adoptadas sobre a massificação e formação. Mostra-se convicto de que o país pode, sim, continuar a ser a maior potência africana do Hóquei em Patins
O Dubai, a segunda cidade dos Emirados Árabes Unidos, logo a seguir a capital Abu Dhabi, acolheu, recentemente, a Conferência das Partes da ONU, também conhecida COP, na sua abreviatura. À margem desta vigésima oitava edição em que Angola se fez representar ao mais alto nível, com a presença do Chefe de Estado, João Lourenço, a Embaixada lançou mais uma edição da sua revista institucional “AngoNews”.
O que a COP28 deixa como lições para a diplomacia económica que o país empreende?
A
COP (Conferência das Partes), enquanto cimeira climática global anual
organizada pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas
(UNFCCC), serve como uma plataforma onde os países discutem e negociam acordos
climáticos internacionais. Angola, como membro da UNFCCC, participou na COP28,
tendo o País sido representado ao mais alto nível pelo Chefe de Estado, Sua
Excelência João Manuel Gonçalves Lourenço.
Isso reflecte-se na estratégia de diplomacia económica do país?
Em
termos de diplomacia económica, o envolvimento de Angola na conferência
centrou-se, essencialmente, na abordagem do Executivo relativamente às
preocupações ligadas às alterações climáticas e nas amplas medidas que o mesmo
tem tomado no sentido de aperfeiçoar todos os mecanismos ao seu alcance, de
modo a contribuir para os esforços globais de preservação do Ambiente.
E, as decisões de descontinuar a exploração de petróleo não afectam Angola?
Angola,
enquanto país produtor, ainda depende consideravelmente da produção de
petróleo, componente importante para a economia, e que também contribui
significativamente para as emissões de gases com efeito estufa. Assim, foi
extremamente importante destacar, através da plataforma COP28, os esforços do
nosso país em direcção a uma economia mais sustentável e de baixo carbono; o
seu compromisso com o desenvolvimento de energias renováveis e os esforços de
diversificação económica.
Está a dizer que Angola exibiu o seu potencial e estratégia através de demonstração de acções em curso...
Foi
notável durante a COP28, Angola ter um stand muito dinâmico, onde foi possível
demonstrar as acções do país implementadas e gizadas por organismos nacionais
estratégicos e com suporte de organizações internacionais, cujos resultados
contribuem muito para a protecção do ambiente e que poderão no futuro aumentar
a integração das comunidades a nível
nacional e a geração de renda para as famílias, sobretudo nas áreas
rurais.
Foi uma COP positiva?
Importante referir que esta COP serviu como uma plataforma de diálogo e troca de experiências entre os Países da SADC, na qual houve uma reunião entre os líderes e designados destes países, sob liderança de Sua Excelência João Manuel Gonçalves Lourenço. Ademais, o Presidente da República reiterou o empenho da nação para alcançar o objectivo de redução das emissões de gases em 35 por cento até 2030, caso disponha dos necessários financiamentos.
Isso destaca o papel da diplomacia económica…
A
diplomacia económica desempenha um papel crucial na mobilização do
financiamento climático, devemos delinear uma estratégia que promova a
colaboração com instituições financeiras internacionais, entidades do sector
privado e países doadores. Através da diplomacia económica, Angola poderá
formar parcerias internacionais e criar oportunidades de investimento que
apoiem as suas iniciativas de mitigação e adaptação às alterações climáticas.
Fala-se do fim do petróleo…
No
geral, a COP28 destacou a necessidade do equilíbrio entre o crescimento
económico e a acção climática a nível global e a importância da diplomacia
económica, uma vez que influencia as políticas, acções e parcerias que os
países empreendem para enfrentar as alterações climáticas. Por via da
diplomacia económica, Angola deverá continuar a procurar o apoio internacional
necessário para desenvolver inovações e transformações que apoiem a sua
transição energética e o seu crescimento económico sustentável.
O facto de os EAU terem sido anfitriões também acresce responsabilidades à Embaixada…
Sem
dúvida alguma, além de representar o país nas reuniões preparatórias da COP28,
sempre defendendo os interesses e as posições do Executivo em relação às
alterações climáticas, à Embaixada coube o crucial papel de partilha de
informações e actualizações sobre a Conferência com as entidades competentes,
de modo a manter o Governo informado.
Que outros desafios remetem à Embaixada?
A
missão diplomática deve também envolver-se em esforços de advocacia, promovendo
a visão, prioridades e iniciativas do País referentes às alterações climáticas,
assim como disponibilizar informações úteis e apoio às delegações
participantes, para garantir uma representação e resultados de negociação
eficazes.
Houve um acordo importante no domínio da energia…
Por
outro lado, pelo facto dos Emirados Árabes Unidos estarem comprometidos com o
desenvolvimento sustentável global e o reforço do financiamento climático para
acelerar o crescimento verde no continente africano, a Embaixada está numa
posição chave para contribuir para a mobilização de recursos e apoio a
projectos e iniciativas climáticas em Angola. Foi possível à margem da COP28
assistirmos a assinatura de um contrato de concessão entre o MINEA e a MASDAR,
empresa emirati com altos investimentos no sector da transição energética, que
vai iniciar em Angola, especificamente na Huíla, município do Quipungo a
construção de Parque Solar com capacidade de gerar 150 megawatts de energia e
irá beneficiar igualmente a província do Namibe.
O que isso representa?
Para
nós, representa um ponto bastante importante também pelo facto do Sultan Ahmed
Al-Jaber, Presidente Designado da COP28 ser Presidente do Conselho de
Administração da MASDAR. Finalmente, a
Missão Diplomática terá ainda a responsabilidade de relatar os resultados e o
progresso pós COP28 às entidades relevantes através da elaboração de relatórios
abrangentes sobre os assuntos relacionados.
Os investidores emiratis continuam a ver Angola como parceiro credível em África. O que se pode antever em 2024?
As
relações bilaterais entre Angola e os Emirados Árabes Unidos (EAU)
reforçaram-se, gradualmente, centradas principalmente na cooperação económica,
tendo as visitas recíprocas de alto nível, com destaque para as realizadas pelo
Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço, ajudado a fortalecer os laços
políticos e propiciado discussões sobre diversas áreas de interesse mútuo, como
comércio e investimento entre outras.
Angola e EAU devem reforçar as trocas bilaterais?!...
O
facto de os líderes dos dois países nutrirem uma relação de admiração e
respeito mútuo; o amplo reconhecimento do potencial de África em geral, e de
Angola em particular, a nível local; as medidas do Governo de Angola, tomadas
para fomentar o desenvolvimento do País, nomeadamente a Isenção de Vistos de
Turismo que abrange cidadãos de 98 países, incluindo dos EAU, isto são
elementos extremamente benéficos. Como tal, acredito que a cooperação entre os
dois países tem potencial para crescer e diversificar-se ainda mais em 2024.
E, os apoios para África de um modo geral?
À
margem da COP28, o Governo dos Emirados Árabes Unidos, pela primeira vez,
anunciou o lançamento de USD 4,5 mil milhões de dólares americanos para suporte
aos países africanos em sede da transição energética. No entanto, esta
iniciativa revela-se para o nosso País uma oportunidade no quadro do
financiamento de projectos neste segmento. Para o efeito, devemos continuamente
trabalhar não só no quadro desta iniciativa, mas com outras do sector privado.
O embaixador foi cônsul-geral de Angola no Dubai durante nove anos e agora é o chefe da missão em Abu Dhabi. De lá para cá, sente que houve mudanças em termos da caracterização do nível da cooperação entre Angola e os Emirados Árabes Unidos?
O
nível de cooperação entre os dois países têm evoluído de forma bastante
positiva. As relações diplomáticas foram estabelecidas em 1997 e a Embaixada de
Angola em Abu Dhabi em 2008. A Embaixada dos EAU em Luanda foi aberta em 2016,
comprovando a determinação dos EAU em reforçar as relações com o nosso País.
Enquanto Cônsul no Dubai, desempenhei o meu papel, seguindo orientações
emanadas superiormente. Posso dizer que cada tempo tem a sua etapa e contexto.
Quais os principais instrumentos jurídicos que regulam as relações no âmbito da cooperação entre os países?
Temos
vários entre os quais o Acordo Geral de Cooperação Económica, Comercial,
Industrial, Tecnológico, Financeiro e Consultas Políticas, o Memorando de
Entendimento para a criação de uma Comissão Mista Angola-EAU, o Acordo de
Promoção e Protecção Recíproca de Investimentos, o Acordo para Evitar a Dupla
Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal e o Acordo de Serviços Aéreos.
Que outros memorandos existem?
Temos
também os Memorandos de Entendimento e Acordos, que regulam as parcerias entre
as instituições governamentais angolanas e o sector privado emiratis em vários
sectores, com destaque para a Agricultura, Transporte, Logística, Telecomunicações,
Energia e Defesa. Estamos a trabalhar para que sejam implementadas as acções
constantes nos acordos assinados.
Há em vista alguma comissão mista bilateral?
Os
dois países desde a altura em que assumiram os compromissos devem pô-los em
prática e as negociações são contínuas. Nós entendemos que uma Comissão Mista
Bilateral deve ser criada para impulsionar os Acordos assinados entre as
partes.
Os sinais nesse sentido são positivos?
Exactamente,
tendo já sido assinado esse memorando, é urgente que se dinamize a Comissão
Mista. O ideal seria que se realizasse semestralmente uma reunião da Comissão
Mista para examinar a implementação dos acordos já assinados e definir
projectos de desenvolvimento e cooperação. Os Governos dos dois países estão
determinados a acelerar as negociações e a assinatura de vários outros acordos,
especialmente a nível Migratório, de Segurança, Ordem Pública, Legal e
Judicial.
Há relação entre os Presidentes João Lourenço e o Sheikh Mohamed bin Zayed Al Nahyan é bastante forte para significar mais confiança no presente e no futuro?
Com
certeza.Tem sido de bastante cordialidade, pois, os dois Presidentes têm
mantido sempre que possível contactos. O exemplo disso foram as constantes
visitas efectuadas, quer por entidades dos Emirados, quer por angolanas. A
última visita de alto nível ocorreu em Janeiro de 2023, tendo o Presidente João
Lourenço assistido à cerimónia de abertura da Semana de Sustentabilidade de Abu
Dhabi (ADSW) 2023, ao lado de outros ilustres convidados chegados de diferentes
lugares do mundo. Além disso, em Janeiro deste ano, os dois Chefes de Estado
tiveram uma reunião à margem da ADSW2023 no Palácio Qasr Al Shati em Abu Dhabi.
Em Dezembro de 2021, houve a assinatura de vários memorandos de entendimento...
Há
uma certa vontade por parte do Governo dos Emirados em consolidar os laços de
amizade e cooperação. Acreditamos que na sequência dessa visita oficial do
Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço, Presidente da República de Angola,
aos Emirados Árabes Unidos, de 20 a 22 de Dezembro de 2021, o foco está em tudo
fazermos para a materialização dos diferentes memorandos, intenções e acordos.
A DP World é um exemplo…
A DP
World, fornecedor líder mundial de soluções logísticas inteligentes com sede
nos EAU, assinou em 2021 um acordo de concessão por 20 anos com Angola para
operar o Terminal Multiusos (MPT) no Porto de Luanda...A assinatura do acordo
segue-se a um processo de concurso internacional no qual a DP World foi
seleccionada por uma comissão de avaliação criada pelo Ministério dos
Transportes angolano como proponente preferido e iniciou discussões com o
Governo para a concessão. O MPT será o primeiro terminal portuário marítimo
localizado na costa ocidental da África Austral a ser operado e gerido pela DP
World e alargará ainda mais a presença da empresa em África.
A participação de Angola na COP foi uma oportunidade para a captação de investimentos?
Consideramos
que a 28ª Sessão da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações
Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), realizada, no Dubai, de 30 de
Novembro a 12 de Dezembro, foi de crucial importância visto que serve como uma
plataforma internacional para diálogos climáticos e orienta o curso das
negociações climáticas entre as partes da UNFCCC. Na qualidade de embaixador,
participei em várias sessões de diálogo entre as missões diplomáticas e a
organização da COP28. Os encontros tiveram como objectivo auscultar os países
na medida em que os Emirados Árabes Unidos pretendem transformar a COP28 como
um marco para a captação de investimentos e maior compromisso dos Governos,
sector privado, organismos internacionais e ONG, no quadro da efectivação da
transição energética e da protecção ambiental.
Qual é o volume de negócios entre Angola e os Emirados Árabes Unidos?
Os
dois países gozam de uma cooperação económica activa e até Junho de 2020
atingiu o valor de 1,9 mil milhões de dólares em exportações e importações. O
comércio entre os dois países tem aumentado desde 2004, e envolve uma variedade
de matérias-primas como rochas ornamentais, diamantes, petróleo e outros
minerais. A assinatura do acordo segue-se a um processo de concurso
internacional no qual a DP World foi seleccionada por uma comissão de avaliação
criada pelo Ministério dos Transportes angolano como proponente preferido e
iniciou discussões com o Governo para a concessão. O MPT será o primeiro
terminal portuário marítimo localizado na costa ocidental da África Austral a
ser operado e gerido pela DP World e alargará ainda mais a presença da empresa
em África.
Qual o efeito na captação de Investimento Directo Estrangeiro?
Segundo
um relatório da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações
(AIPEX), no período de 2018 a Março de 2022, os EAU lideraram a classificação
dos países que mais contribuíram para o Investimento Directo Estrangeiro (IDE)
em Angola, com 351,7 milhões de dólares.
Que sectores os investidores Emiratis dão maior preferência?
Os
sectores que atraem o interesse de investidores dos Emirados são especialmente
comércio, mineração, agrícola, infra-estrutura e o imobiliário. A nível da
agropecuária, os Emirados, em geral, buscam empreendimentos no exterior para
garantir o abastecimento dos mercados, já que a produção de alimentos na região
é inferior à demanda. O nosso país requer investimentos nos sectores das
infra-estruturas e do imobiliário, e os EAU têm uma grande experiênciana área,
pelo que existem variadíssimas possibilidades de parceria. Outro sector que
merece ser referenciado é o das energias renováveis, como bem sabeis, a nível
da região e no mundo em geral, os Emirados Árabes Unidos têm estado a ocupar o
seu espaço, com o estabelecimento de grandes projectos em sede das energias
renováveis, é neste sentido que Angola tem dado passos firmes para a
implementação de projectos dos referidos segmentos e os resultados são bastante
animadores.
Já agora para quando a entrega das cartas credenciais nos países de cobertura...
Gostaria
de sublinhar que, além dos Emirados Árabes Unidos (EAU), fazem actualmente
parte da área de cobertura da Embaixada da República de Angola em Abu Dhabi, o
Estado do Kuwait, o Reino do Bahrein, o Afeganistão (actualmente Emirado
Islâmico do Afeganistão), e a República Islâmica do Paquistão, assim como a
Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA) com sede em Abu
Dhabi. Junto da IRENA, fui acreditado em Outubro deste ano.
Há uma forte vontade de reforço da cooperação com os Estados não-Residentes?
Reiteramos
o nosso profundo compromisso de contribuir para o reforço, não só das relações
bilaterais de cooperação entre o Governo angolano e os Estados em que "somos
acreditados”, mas também das parcerias entre os sectores privados dos países,
assim como a sua total disponibilidade para assistir e direccionar os
investidores que reconhecem o enorme potencial do nosso país e que pretendam
realizar projectos com impacto positivo, contribuindo para uma economia
angolana mais inclusiva e sustentável.
Qual tem sido a receptividade das autoridades ao senhor desde que está acreditado neste país?
Fui
acreditado como embaixador de Angola nos EAU no passado dia 16 de Agosto, como
referido atrás, e numa cerimónia de entrega de Cartas Credenciais ao lado de
outros 15 embaixadores. Um momento ímpar para mim, porque marcou o início
oficial de uma missão que me proponho cumprir com o máximo empenho e dedicação,
de forma a dar continuidade ao notável progresso nas relações bilaterais entre
Angola e os Emirados Árabes Unidos dos últimos anos. A meu ver, a hospitalidade
é indiscutivelmente uma característica das autoridades deste país, pelo que me
têm feito sentir em casa. Neste relativamente curto espaço de tempo, já tive a
oportunidade de perceber o quanto o continente africano, em geral, e Angola, em
particular, são valorizados pela liderança dos EAU. Assim, posso dizer que me
foi oferecida uma recepção calorosa e atenciosa.
Que papel tem exercido para a efectivação de investimentos?
A
nossa missão diplomática tem prestado todo o apoio para o estabelecimento de
uma ponte eficaz entre os potenciais investidores e o país, na facilitação do
processo de concessão de vistos de entrada no país, facilidade e rapidez no
processo de constituição de empresas, incentivos fiscais, devidamente
estruturados em legislação própria, assim como a implementação da Lei de
Investimento Privado e na facilitação do processo de repatriamento de capitais.
Como investir em Angola?
Temos
vários mecanismos para se investir em diversos sectores. A fragmentação de
investimentos baseia-se à luz da Nova Lei do Investimento Privado. Os
responsáveis da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações
(AIPEX) têm estado a explicar em eventos (fóruns de negócios) que se realizam,
quer nos EAU, quer em outros países, sobre as áreas potenciais e zonas
direccionadas para se investir em Angola. Venham investir e tirem vantagens nos
negócios.
Que papel a Embaixada de Angola nos Emirados Árabes Unidos tem exercido para a efectivação dos investimentos?
A nossa
missão diplomática tem prestado todo o apoio para o estabelecimento de uma
ponte eficaz entre os potenciais investidores e o país, na facilitação do
processo de concessão de vistos de entrada no país, facilidade e rapidez no
processo de constituição de empresas, incentivos fiscais, devidamente
estruturados em legislação própria, assim como a implementação da Lei de
Investimento Privado e na facilitação do processo de repatriamento de capitais.
Fale-nos um pouco sobre a protecção dos cidadãos angolanos que vivem nos Emirados e os que se deslocam para negócios…
Os angolanos estão protegidos à luz dos acordos estabelecidos com as autoridades dos Emirados. Queremos que todos os acordos de protecção dos cidadãos angolanos e vice-versa sejam implementados; e há essa vontade expressa das duas partes. A comunidade angolana residente nos Emirados anda à volta de 200 cidadãos, incluindo diplomatas, a maioria residente no Dubai. Alguns estão a trabalhar em empresas petrolíferas, automóvel e de prestação de serviços. Tanto a Embaixada, como o Consulado-Geral da República de Angola no Dubai, acompanham e prestam, sempre que necessário, o apoio aos cidadãos nacionais, sejam aqui residentes ou os que se encontrem de passagem.
PERFIL
Júlio
Maiato
É
casado; fluente em idiomas como Português, Espanhol, Inglês e Língua Nacional
Cokwe.
Foi
nomeado a 7 de Março de 2023; nasceu a 21 de Abril de 1958, em Saurimo,
província da Lunda-Sul, e é mestre em Relações Internacionais e Diplomacia.
Ingressou
nos quadros do Ministério das Relações Exteriores (MIREX) em 1989 e em 2001 na
Carreira Diplomática.
Em
2009, foi promovido à categoria de Conselheiro, em 2011, a de ministro
Conselheiro e em 2020 à categoria de embaixador.
Antes
de ser nomeado chefe da Missão Diplomática (CMD), desempenhou, entre outras
funções, o cargo de director da Europa no MIREX e, igualmente, director do
ICAESC (Instituto das Comunidades Angolanas no Exterior e Serviços Consulares)
e Cônsul-Geral de Angola no Dubai.
Também já ocupou as funções de director do Gabinete do ministro das Relações Exteriores de Angola, primeiro secretário da Embaixada de Angola na Suécia e País Nórdico, subdirector do Gabinete do ministro das Relações Exteriores de Angola e técnico superior/consultor no Gabinete do ministro das Relações Exteriores.
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LoginEm entrevista exclusiva ao Jornal de Angola, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, fez a radiografia do sector, dando ênfase aos avanços registados em 22 anos de paz. Neste período, houve aumento do número de camas hospitalares, de 13 mil para 41.807, e da rede de serviços de saúde, que tem, actualmente, 3.342 unidades sanitárias, das quais, 19 hospitais centrais e 34 de especialidade. Sobre a realização de transplantes de células, tecidos e órgãos humanos, a ministra disse que, com a inauguração de novas infra-estruturas sanitárias e a formação de equipas multidisciplinares, o país está mais próximo de começar a realizar esses procedimentos
Assume-se como uma jornalista comprometida com o rigor que a profissão exige. Hariana Verás, angolana residente nos Estados Unidos da América há mais de 20 anos, afirma, em exclusivo ao Jornal de Angola, que os homens devem apoiar as mulheres e reconhecer que juntos são mais fortes e capazes de construir uma sociedade equitativa e próspera. A jornalista fala da paixão pela profissão e da sua inspiração para promover as boas causas do Estado angolano, em particular, e de África, em geral.
Por ocasião do Dia Nacional da Juventude, que se assinala hoje, o Jornal de Angola entrevistou o presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ), Isaías Kalunga, que aconselha os jovens a apostarem no empreendedorismo, como resposta ao desemprego, que continua a ser uma das maiores preocupações da juventude angolana.
No discurso directo é fácil de ser compreendida. Sem rodeios, chama as coisas pelos nomes e cheia de lições para partilhar com as diferentes áreas e classes profissionais. Filomena Oliveira fala na entrevista que concedeu ao Jornal de Angola em Malanje sobre a Feira Agro-industrial, mas muito mais da necessidade de os organismos compreenderem que só interdependentes se chegará muito mais rápido aos objectivos.
Pelo menos 21 pessoas morreram na sequência de um naufrágio que ocorreu no Rio Lufira, na zona sudeste da República Democrática do Congo (RDC), tendo 11 dos passageiros conseguido salvar-se, noticia hoje a agência espanhola EFE.
O Festival Internacional de Jazz, agendado para decorrer de 30 deste mês a 1 de Maio, na Baía de Luanda, tem já confirmada a participação de 40 músicos, entre nacionais e estrangeiros, e o regresso da exposição de artes visuais com obras de 23 artistas plásticos, anunciou, sexta-feira, em conferência de imprensa, no Centro de Imprensa da Presidência da República, CIPRA, o porta-voz da Bienal de Luanda, Neto Júnior.
A judoca angolana Maria Niangi, da categoria dos -70 kg, consegui o passe de acesso aos Jogos Olímpicos de Verão, Paris'2024, ao conquistar, sexta-feira, a medalha de ouro no Campeonato Africano de Judo que decorre na Argélia.
A representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Angola, Denise António, destacou, sexta-feira, em Luanda, a importância do Governo angolano criar um ambiente propício para a atracção de mais investidores no domínio das energias renováveis.
O artista plástico, João Cassanda, com a obra “Mumuíla Feliz”, e o escultor Virgílio Pinheiro, com a escultura “Piéta Angolana”, são os vencedores da 17.ª edição do Grande Prémio ENSA-Arte 2024, tendo arrebatado uma estatueta e um cheque no valor de seis milhões de kwanzas.
Nascido Francis Nwia-Kofi Ngonloma, no dia 21 de Setembro de 1909 ou 1912, como atestam alguns documentos, o pan-africanista, primeiro Primeiro-Ministro e, igualmente, primeiro Presidente do Ghana, mudou a sua identidade para Nkwame Nkrumah, em 1945, com alguma controvérsia envolvendo o ano de nascimento e o nome adoptado.