Em declarações, ontem, ao Jornal de Angola, o coordenador do festival e director do grupo Kamenha Teatro, Augusto Nguri explicou que a iniciativa surgiu depois do primeiro trimestre do ano passado, ter sido realizada algumas formações e debates sobre as artes cénicas que envolveu vários grupos locais, uma iniciativa da Associação Provincial de Teatro de Benguela (APROTEB).

Augusto Nguri garantiu que os subsídios apresentados pelos grupos Ombaka Teatro, Piaget Teatro, Núcleo Monumental Teatro, grupo Everest Teatro, Twatiuka e colectivo Avô Welema (Benguela), Artes Esperança e Horizonte de Artes (Lobito), bem como os grupos Kamenha Teatro e o Colectivo de Artes 5 de Junho (Catumbela), durante as comemorações do Festival Nacional de Cultura Especial Centenário Agostinho Neto (FENACULT), foram determinantes para a estruturação do festival.

Durante o ano passado, disse, o grupo Kamenha Teatro viveu grandes experiências e desafios no domínio do teatro. O responsável recordou que desde o ano de 2021, registou-se um fraco movimento cultural, sobretudo na dinamização das artes cénicas locais. "Sentimos a ausência de um festival inclusivo que agregasse a maior parte dos grupos locais, por isso, idealizamos a realização de um Festival de Teatro”.

A equipa técnica que constitui o Festival de Artes Cénicas, disse, não são apenas membros do grupo Kamenha Teatro. "Solicitamos a cooperação dos membros de outros grupos para juntos trabalharmos afincadamente na produção e realização deste festival que muito sonhamos e esperamos agregar valores cívicos e culturais a Benguela”.

Encerramento das salas de espectáculos preocupa actores

Augusto Nguri, director do grupo Kamenha Teatro, lamentou o facto de existir na província poucas salas para a exibição dos espectáculos, sobretudo na promoção das artes cénicas locais. Com o encerramento do Cine Beneficente, para obras, uma das poucas alternativas ainda existentes, tem agravado ainda mais a situação dos grupos.

Por esse motivo, disse, o município da Catumbela tem sido uma das opções, por estar em funcionamento o auditório do CEFOPROF e o da Paróquia Sagrado Coração de Jesus.

A falta de salas de espectáculo, argumentou, é um problema nacional e não específico daquela região, embora reconheça com maior abrangência em localidades que no passado já foram referência a nível das artes cénicas. Adiantou que em várias províncias do país determinadas infra-estruturas culturais foram privatizadas, para fins comerciais e religiosos.

Sugere como uma das possíveis alternativas, as direcções culturais provinciais a trabalhar com os empresários que detêm alguns dos espaços subaproveitados, no sentido de ver a possibilidade de recuperação das infra-estruturas e colocá-las ao serviço dos artistas.

Agenda Cultural

Muzongué da Tradição:

Jovens do Prenda e os Kiezos, actuam, hoje, das 10h00 às 18h00, no Centro  Cultural e Recreativo Kilamba

Carnaval de Luanda:  De 10 a 14 de Fevereiro

Lançamento do disco "Entre Kambas”

Banda Maravilha:  Das 08h00 às 18h00, hoje, no Palácio de Ferro

5ª edição da Feira do Carnaval de Viana:

De 09 a 14 de Fevereiro

das 10h00 às 23h00

Rua dos Bombeiros

Em alusão ao Dia dos Namorados:

Companhia Arte Sol exibe a peça "A doçura do Amor”, dia 14 de Fevereiro, na Liga Africana, em Luanda

Em alusão ao Dia dos Namorados:

Companhia Enigma Teatro exibe a peça "Casados e Cansados”, dia 14 de Fevereiro, no Largo do Lote 18, em Luanda

Em alusão ao Dia dos Namorados:

Projecto Elenco Cénico Teatro exibe a peça "A Bela e o Mostro”, dia 14 de Fevereiro, no Elinga Teatro, em Luanda