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Quénia promete acabar com execuções políticas

Presidente do Quénia, William Ruto, prometeu pôr fim às execuções extrajudiciais ou assassinatos políticos, admitindo que o país perdeu muitos cidadãos devido ao excesso ou péssima actuação das forças policias.

28/04/2024  Última atualização 10H55
© Fotografia por: DR

A promessa de William Ruto, anunciada na última semana, faz parte de uma estratégia que começou a ser implementada em 2022, com o desmantelamento da Unidade de Serviços Especiais, criada há 20 anos e acusada de desaparecimentos forçados e assassínios, que prevê, igualmente, uma reforma nas forças policiais.

A polícia queniana também foi acusada, no passado, de dirigir esquadrões da morte contra pessoas que investigavam alegadas violações dos direitos humanos por parte dos serviços de segurança, incluindo advogados. No entanto, o número de pessoas mortas pela polícia diminuiu de 130 em 2022 para 118 em 2023 (-9,2%), afirmaram a Human Rights Watch, Amnistia Internacional do Quénia e a Associação Queniana Contra a Violência Policial Missing Voices.

"Os agentes da polícia raramente são detidos por participarem em execuções extrajudiciais", lamentaram as ONG, criticando a persistente "impunidade". A porta-voz da polícia, Resila Onyango, não respondeu aos pedidos de informação da agência de notícias France-Presse (AFP).

Quase metade das mortes (58) ocorreu "durante operações de luta contra a criminalidade" e 45 durante "motins", nomeadamente nas jornadas de mobilização contra o custo de vida elevado e novos impostos organizados pela oposição entre Março e Julho de 2023, detalharam as ONG. 

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