Opinião

Reformas e impacto

As reformas económicas, voltadas para a melhoria das finanças públicas, para o aumento da qualidade das despesas públicas, equilíbrio do binómio receita e despesa, entre outros passos, levam sempre algum tempo até efectivarem-se e os seus resultados impactarem positivamente na vida das populações.

26/03/2021  Última atualização 14H21
O mais importante é o trabalho que o Executivo e, de uma maneira geral, as instituições do Estado fazem, particularizando-se aqui a vertente económica e financeira, para retirar Angola da situação menos cómoda quando se trata dos desequilíbrios macroeconómicos que precisam de contínua correcção.

Hoje, felizmente alguns sinais apontam já para o facto de o país galgar passos firmes na consolidação dos esforços que faz na direcção da reforma para proporcionar, entre outros, condições que permitam os investidores, os mercados financeiros a olharem para Angola  como destino seguro. Na verdade, todos os  desenvolvimentos que testemunhamos agora, que demonstram o bom caminho que Angola faz em matéria de reforço da sua credibilidade e imagem junto das instituições internacionais radicam em estratégias e apostas feitas pelo Executivo.

E estão a surtir os efeitos desejados, facto que torna irreversível o caminho das reformas para o bem-estar das famílias, melhor performance das empresas e satisfação das pessoas de Cabinda ao Cunene. Quando interveio na nona edição do Fórum Africano sobre Finanças Públicas, que decorreu no início do mês de Março, a ministra das Finanças tinha declarado que a estratégia adoptada pelo país tem passado por ataque tridimensional, envolvendo a receita, a despesa e a dívida.

Vera Daves, lembrando parte dos esforços do Executivo, disse na altura que "fizemos muito no ano passado e ainda temos muito para fazer este ano, mas nós temos a perseverança e o compromisso para o fazer. Em relação aos desafios do ano passado, a verdade é que nós já estávamos a lidar com uma recessão nos últimos 5 anos e continuamos a lutar. Por isso, é uma situação muito difícil, a nível económico e social, também, porque dependemos, ainda, muito do petróleo. Logo, uma descida no preço e na produção atingiu-nos em cheio como uma `tempestade perfeita´".

O país tem estado a aproveitar o ambiente de crise económica e financeira global, aprofundada pela Covid-19, para acelerar reformas importantes ao nível do aparelho do Estado para, entre outros objectivos, permitir minimizar os efeitos e viabilizar uma retoma segura das actividades económicas. As recentes avaliações de algumas das importantes agências de notação de risco, que colocam Angola como o único país que soube reestruturar a dívida, constitui não apenas o reconhecimento dos esforços que o país faz, mas também a necessidade de as instituições do país persistirem na senda em que se encontra.

Acreditamos que os resultados e o impacto das reformas económicas chegarão no seu devido tempo, razão pela qual valeu a pena de alguma maneira termos consentido os esforços actuais.
Se cada um, ao seu nível, continuar a fazer a sua parte, trabalhando afincadamente para gerar riqueza, não há dúvidas de que as reformas acabarão por impactar positivamente nas nossas vidas.

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