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Sudão: Situação das crianças está muito fragilizada

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) alertou, domingo, para a escassez de tempo para evitar a "perda maciça de vidas das crianças" no Sudão e apelou a um cessar-fogo.

18/03/2024  Última atualização 09H55
Mandeep O'Brien, enviada do UNICEF no Sudão © Fotografia por: DR

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) alertou, domingo, para a escassez de tempo para evitar a "perda maciça de vidas das crianças" no Sudão e apelou a um cessar-fogo.

"Pouco tempo resta para evitar a perda maciça de vidas de crianças e do seu futuro", disse a representante do UNICEF no Sudão, Mandeep O'Brien, na rede social X (antigo Twitter). Em 11 meses de "guerra brutal" entre o Exército sudanês e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), "14 milhões de crianças precisam de assistência humanitária, quatro milhões de crianças estão deslocadas e milhões passam fome e sofrem de subnutrição aguda", acrescentou. "Precisamos de um cessar-fogo, de acesso livre e de mais recursos agora", afirmou. Na quarta-feira, a organização Save the Children informou que cerca de 230.000 crianças, mulheres grávidas e mães recentes poderão morrer de fome nos próximos meses, se não forem disponibilizados fundos urgentes para salvar vidas no Sudão.

Só em Fevereiro, foram notificados mais de 80.000 casos de cólera e quase 34.000 casos de sarampo numa região que cobre o Burundi, Etiópia, Quénia, Somália, Sudão, Sudão do Sul e Tanzânia. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a crise climática é um factor de agravamento, uma vez que surtos de infecção diarreica se seguem aos desastres naturais como inundações, devido à falta de água potável, ciclones e secas.

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