Quatro obras de escritores angolanos foram apresentadas na cidade de Madrid no âmbito da Semana Das Letras, que decorreu de 22 a 25 do mês corrente, sob coordenação da Embaixada de Angola no Reino de Espanha.
A segunda edição do “Almoço Angolano” acontece, hoje, às 14h00, no Hotel Diamante com as actuações de Acácio Bambes e Flay, com o acompanhamento da Banda Real. A abertura é com a presença do Kudimuena Kota.
Duas excelentes vozes a cantar duas grandes mulheres, numa clara alusão do quanto “vale a pena ser mulher”, tal como cantou Lourdes Van-Dúnem, este sucesso que enche de orgulho as mulheres angolanas desde o fim da década de 1990. Selda manifestou o seu apreço e enfatizou como vale sempre a pena ser mulher, somando sonhos e tristezas. “Vivemos num mundo difícil e continuamos a lutar pela igualdade.
Aqui não falamos de uma competição, mas sim de direitos. Somos todos seres humanos. Sabemos que mulheres e homens nunca vão conseguir ser iguais em todas as formas, mas acredito que devemos continuar a lutar pela igualdade de direitos”, opinou.
Na visão de Ângela Ferrão, em muitos aspectos as mulheres gerem melhor, justificando por isso o peso da condição da maternidade, que lhe permite gerar vidas e educar o ser humano. "Vale muito a pena ser mulher. Porque não dar mais espaço?” questionou.
No que toca ao seu olhar sobre a mulher artista junto da sociedade angolana, Ângela Ferrão não tem dúvidas de que este cenário já mudou muito para melhor. Para si, parte do gozo deste concerto é o facto de homenagear duas artistas que já estavam à frente do seu tempo e muito fizeram por um futuro melhor da mulher angolana.
"Se ontem podiam subir ao palco com alguma timidez, hoje elas já são um pouco mais ousadas. Mesmo no campo musical, houve épocas em que às mulheres só era permitido algumas participações ou coros, ao passo que hoje já podem fazer um show completo. Muita coisa melhorou. Mas, não foi porque os homens deram um pouco de abertura. Foi merecimento”, sublinhou.
Por outro lado, Selda reconhece que conciliar a vida profissional e pessoal continua a ser um grande desafio para as mulheres, visto que muitas acabam por ficar expostas.
"As pessoas estão sempre prontas para julgar. É preciso ter um pouco mais de empatia, porque mesmo sendo artistas nós também somos pessoas comuns”, manifestou.
Para amanhã, ambas prometem dignificar o canto destas vozes destemidas, que fizeram do seu dom uma arma a favor das causas nobres do povo angolano. "Essas duas mulheres já tinham uma visão de futuro. Entregar a sua arte à causa da independência angolana foi de facto um acto de coragem, e elas provaram que tinham isso. Ficamos muito felizes em sermos escolhidas para homenageá-las”, observou Ângela Ferrão.
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