A avaliação é do director nacional de Informação e Comunicação Institucional do MINTTICS. Em entrevista ao Jornal de Angola, por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que hoje se assinala, João Demba sustentou o seu optimismo pelo facto de continuar a existir espaço de trabalho para a melhoria e reforço do estado actual da Liberdade de Imprensa. Siga a conversa completa
Em entrevista ao Jornal de Angola, a Subcomissária Teresa Márcia, 2ª Comandante Provincial de Luanda do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros (SPCB), que atende a área Operativa, falou sobre a operacionalidade e a actuação deste órgão do Ministério do Interior responsável pela salvaguarda da vida dos cidadãos e seus bens patrimoniais.E como não podia deixar de ser, falou do seu sonho antigo e concretizado de ser bombeira e dos desafios que as mulheres enfrentam nessa nobre profissão
Na visão de um dos proeminentes académicos da FDUAN, 2º Congresso Angolano de Direito Constitucional deverá, de sete a nove deste mês, promover a reflexão e o debate sobre as grandes questões do constitucionalismo em Angola sempre com vocação prospectiva de conjugar a recolha das experiências do passado com a necessidade de programar o futuro
O
Congresso Angolano de Direito Constitucional, que vai já na sua segunda edição,
é um certame científico promovido pela Faculdade de Direito da Universidade
Agostinho Neto enquanto pioneira no ensino e na investigação científica de
matérias jurídico-políticas em Angola e cujo fundamento assenta nos treze anos
de implementação das regras
conformadoras do Estado angolano.
Em que aspectos discutem a Constituição?
O
evento visa abranger a Constituição angolana nos mais diversos eixos, desde a
institucionalização dos principais órgãos nela previstos, a observação do
relacionamento institucional dos órgãos de soberania, o modo de concretização
dos direitos, liberdades e garantias fundamentais e o sentido e o agir da
Administração Pública. Nesta perspectiva, o congresso, que estará subordinado
ao tema "O Direito Constitucional Angolano e os Desafios das Transformações
Sociais”, pretende com esta divisa trazer à liça os vários "testes” que, ao
longo processo de implementação, observação e percepção do seu sentido
interpretativo, a Constituição esteve sujeita durante os seus treze anos de
vigência.
O que suscitou a realização desta segunda edição, volvidos dois anos deste o primeiro encontro?
Ora,
vale recordar que o primeiro congresso, realizado em Fevereiro de 2021, ocorreu
num ano em que, simultaneamente, e após 11 anos de vigência, o texto
constitucional sofreu a sua primeira grande vicissitude, ou seja, foi, pela
primeira vez, objecto de alteração no seu conteúdo normativo, através da Lei
n.º 18/21 de 16 de Agosto, que versaram sobre aspectos fundamentais da
organização do Estado.
Quais são no caso?
Falamos
do regime jurídico-constitucional da propriedade privada e da livre iniciativa,
do direito e limites da propriedade privada (artigos 14.º e 37.º); o estatuto
eleitoral dos candidatos a Presidente da República, com a separação do regime
constitucional das condições de elegebilidade, inelegibilidade e impedimentos
da eleição do Chefe de Estado (artigo 110.º) o regime sobre a data da
realização das eleições gerais, com a consagração constitucional da segunda
quinzena do mês de Agosto do ano em que terminam os mandatos do Presidente da
República e dos Deputados à Assembleia Nacional como a data consagrada para o
efeito (artigo 112.º); o regime constitucional das competências do Chefe de
Estado em consequência das alterações introduzidas no procedimento para a
designação dos órgãos do Banco Nacional de Angola, bem como do Titular do Poder
Executivo na organização da Administração Pública (artigos 119.º e 120.º),
entre outros cuja discussão se impõe. Portanto, existe valor
jurídico-constitucional novo que suscita uma análise plural e aberta, com a
integração de diversas sensibilidades científicas.
Como o congresso vai abordar o grande número de alterações realizadas à Constituição?
Volvidos
dois anos desde desde a revisão constitucional, têm sido feitas várias
reflexões em torno da efectividade da mesmas e de algumas das instituições em
si plasmadas, especialmente após o último pleito eleitoral, o que inegavelmente
compele a comunidade académica a trazer um debate moderno, actual e
verdadeiramente progressista sobre estas matérias.
O que significa que...
Partindo
deste pressuposto, constituem objectivos do 2º Congresso Angolano de Direito
Constitucional proceder à análise do valor que
se confere à pessoa humana no contexto jurídico-constitucional angolano,
compreender em que medida o Direito Constitucional tem servido de instrumento
de conformação social no âmbito da concretização, densificação e realização dos
direitos fundamentais, reflectir sobre a necessidade ou não de uma Revisão
Constitucional em Angola, para efeitos de conformação do texto constitucional
às exigências actuais. Por outro lado, visa, igualmente, constatar os vários
pontos de intercepção que se colocam no plano constitucional, relacionados com
a força jurídica de expedientes meta-positivos como critérios de qualificação e
decisão de questões concretas e aos meios de legitimação, directos ou
indirectos, ao exercício do poder, permitir uma avaliação do modelo gizado pelo
legislador para a limitação recíproca dos poderes, indagando a sua eficiência e a eficácia, analisar a
panóplia de garantias constitucionais que permitem contrariar as violações que se podem constatar no
exercício das funções do Estado e reflectir sobre a fiscalização da
constitucionalidade, enquanto exercício que se faz para a verificação da
conformidade dos actos dos órgãos do poder público com a Constituição, assim
como lograr uma abordagem crítica sobre o sistema de justiça no plano
constitucional.
Quem deve participar e quais os requisitos?
O 2º
Congresso Angolano de Direito Constitucional é um evento académico que,
considerando os seus objectivos, terá uma dupla dimensão académica e
profissional, esperando-se a participação de docentes universitários,
mestrandos, licenciados, estudantes de licenciatura, auxiliares do titular do
Poder Executivo, deputados, magistrados judiciais e do Ministério
Público,funcionários públicos em geral e sociedade civil. A entrada ou
participação no Congresso ficará sujeita a uma prévia inscrição, como mecanismo
de controlo de entradas e logística a fim de cada interessado possa participar
deste "banquete” científico da melhor forma possível.
Depois de treze anos de vigência e de várias transformações sociais, que temas serão discutidos pelos congressistas?
No
encontro, serão discutidos vários temas, todos eles com várias perspectivas de
abordagem e com uma abrangência cujos reflexos apresentam-se como transversais
às principais questões, como é o caso do valor da pessoa no contexto
constitucional, a constituição e a concretização dos direitos fundamentais, a
(in)conveniência da revisão constitucional, as confluências entre a
Constituição e outras realidades sociais, os mecanismos de controlo recíproco
de poder, o controlo da constitucionalidade e os seus modos de efectivação e
sistema de justiça na Constituição.
De que forma os temas escolhidos impactam no dia-a-dia das pessoas e das empresas?
Como
havia referido, a Constituição define-nos enquanto Estado e o Estado tem como
substracto pessoal o seu povo, ou seja nós. Neste sentido, as matérias
constitucionais não dizem respeito apenas aos estudiosos do Direito
Constitucional, mas a todo e qualquer pessoa, porquanto é no texto
constitucional que se encontram espelhados os direitos fundamentais de cada um
e que constituem, nos dizeres de um autor, um "trunfo” contra a maioria e,
aqui, entenda-se, um poder em relação ao seu próximo e em relação ao Estado.
Daí resulta a relevância para os cidadãos e para as empresas, pois integrando o
Estado, enquanto comunidade, são parte integrante e fundamental do texto
constitucional.
Qual será a metodologia a ser adoptada neste congresso?
Sobre
a metodologia, vale referir que em relação ao congresso anterior consideramos
dar "um salto”, pois o objectivo é sempre melhorar. Neste afã, os trabalhos do
congresso serão materializados através de mesas redondas, que contarão com
Presidentes de Mesa, aos quais incumbirá a competência de moderar e estimular
as prelecções e os debates, explorando os aspectos que suscitam maiores
divergências ao nível da doutrina e debates, que será o momento privilegiado
para as intervenções dos congressistas.
Findo os debates reservados para os vários temas do congresso, será
produzido um relatório-síntese para cada dia do congresso sobre os actos
realizados e as intervenções proferidas, sendo que, no final, será produzido um
Relatório Geral do Congresso, que contemplará todos os aspectos tidos por
relevantes e dignos de registo durante as sessões, de modo a permitir que as
principais ilações tiradas da abordagem de cada tema possam ser aproveitadas
para a organização dos próximos congressos, seguida de um último elemento que
se traduz na avaliação a fim de aferir o grau de satisfação dos congressistas,
através de um questionário disponibilizado para o efeito, servindo as respostas
obtidas de base para a realização de congressos futuros.
A organização tem a confirmação de eventuais participações estrangeiras?
Sem desprimor da possibilidade de participação de entidades estrangeiras no congresso na qualidade de congressistas, uma vez que é um evento para todos quanto pretendam tomar parte da "ceia” em torno da Constituição angolana, neste congresso perspectivamos uma discussão etu mu dietu, ou seja, entre nós, daí a participação apenas de prelectores e presidentes de mesa angolanos, destacando-se o facto de se tratarem de especialistas das várias universidades existentes no país.
Depois de três dias de discussões que prevêm intensas, que resulados se pretendem alcançar com a realização do Congresso?
O 2º
Congresso Angolano de Direito Constitucional deverá servir de espaço para
promover a reflexão e o debate sobre as grandes questões do constitucionalismo
em Angola, sempre com vocação prospectiva, segundo um modelo que procura
conjugar, de modo equilibrado, a recolha das experiências do passado com a
necessidade de programar o futuro.
Podemos por aqui concluir que é também vossa preocupação o lugar e valor das pessoas na Constituição?
Com o presente congresso, espera-se analisar e discutir o lugar e valor das pessoas no texto constitucional, o papel da Constituição na concretização dos direitos fundamentais; a (in)conveniência da revisão constitucional; diagnosticar as confluências constitucionais, fazer um olhar propectivo em relação aos mecanismos de controlo recíproco do poder: checks and balances, olhar para os modelos de controlo da constitucionalidade e discutir o Sistema de Justiça à luz das premissas constitucionais e espera-se ainda que, no final, o II Congresso Angolano de Direito Constitucional faça um balanço sobre a materialização dos objectivos de cada premissa/ comando constitucional, em especial os princípios estruturantes e fundamentais da República, que serão discutidos ao longo dos três dias do certame.Seja o primeiro a comentar esta notícia!
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Kaissara é um poço de revelações quase inesgotável, como a seguir verão ao longo desta conversa, em que aponta os caminhos para um futuro mais consequente da modalidade; avalia o presente das políticas adoptadas sobre a massificação e formação. Mostra-se convicto de que o país pode, sim, continuar a ser a maior potência africana do Hóquei em Patins
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Assume-se como uma jornalista comprometida com o rigor que a profissão exige. Hariana Verás, angolana residente nos Estados Unidos da América há mais de 20 anos, afirma, em exclusivo ao Jornal de Angola, que os homens devem apoiar as mulheres e reconhecer que juntos são mais fortes e capazes de construir uma sociedade equitativa e próspera. A jornalista fala da paixão pela profissão e da sua inspiração para promover as boas causas do Estado angolano, em particular, e de África, em geral.
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