Mundo

África do sul: Oposição diz que vai “desalojar” o ANC do poder

Milhares de sul-africanos reuniram-se na capital, no sábado, para mostrar apoio ao maior partido da oposição do país, enquanto este se prepara para as eleições nacionais, nas quais espera arrancar o controlo do Governo ao partido no poder.

19/02/2024  Última atualização 10H35
Apoiantes da Aliança Democrática marcharam pelas ruas de Pretória, capital política do país © Fotografia por: DR

Apoiantes da Aliança Democrática (DA, sigla em inglês) reunidos no edifício Union Buildings, a sede oficial do Governo da África do Sul, em Pretória, expressaram fé que o partido prestaria melhores serviços básicos e enfrentaria alguns dos desafios assustadores do país. Entre estes incluem o agravamento da crise no sector Eléctrico, que tem causado cortes de energia contínua em famílias e empresas diariamente. Os participantes na conferência da Aliança Democrática também destacaram a taxa de desemprego da África do Sul, superior a 32%, com o partido da oposição a prometer criar, pelo menos, dois milhões de novos empregos, se vencer as eleições gerais deste ano.

A data das eleições gerais ainda não foi definida, mas espera-se que seja entre Maio a Agosto. As próximas eleições na África do Sul são apontadas como uma das mais difíceis até agora para o partido no poder, com sondagens recentes a sugerir que o ANC poderá receber menos de 50% dos votos nacionais pela primeira vez desde que o Governo da minoria branca no país terminou em 1994.

Durante as eleições de 2019, a Aliança Democrática recebeu pouco mais de 20% dos votos nacionais para continuar a ser o segundo maior partido do país depois do ANC. O partido está agora a explorar a possibilidade de formar uma coligação governamental com vários outros partidos da oposição, a fim de retirar o ANC do poder se, juntos, obtiverem mais de 50% dos votos nacionais.

No sistema de Governo da África do Sul, os legisladores elegem o Presidente, pelo que um partido ou coligação com maioria no Parlamento controla tanto o poder Executivo como o Legislativo. Se o apoio do ANC cair abaixo dos 50% nas urnas, o partido terá de fazer acordos com partidos mais pequenos para garantir a reeleição de Ramaphosa. Steenhuisen descreveu o manifesto da Aliança Democrática como o "plano de resgate” da África do Sul. Ele disse que a Aliança Democrática prestou serviços com sucesso na província de Western Cape, sede do único Governo Provincial não dirigido pelo ANC.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Mundo