Angola vai discursar, quinta-feira, na VI Assembleia das Nações Unidas sobre o Ambiente (UNEA VI), a decorrer, de segunda-feira até 1 de Março, na cidade de Nairobi, Quénia, sob o lema “Acções Multilaterais Eficazes, Inclusivas e Sustentáveis para Combater as Mudanças Climáticas, a Perda de Biodiversidade e a Poluição”.
O país está a ser representado neste evento pela ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho. Quinta-feira será o ponto mais alto da Assembleia, dia em que os Chefes de Estado e de Governo e outros delegados dos 193 Estados-membros das Nações Unidas vão debater sobre os vários temas reservados para o evento.
Na abertura da plenária do certame, a presidente da Assembleia das Nações Unidas sobre o Ambiente e ministra da Transição Energética e Desenvolvimento Sustentável do Marrocos, Leila Benali, disse que o mundo precisa de mais multilateralismo ambiental, dadas as guerras ou processos eleitorais que desviam recursos que podiam ser para resolver as ameaçadoras crises ecológicas.
Os delegados vão analisar, durante os cinco dias de trabalho, para provável adopção, um conjunto de 19 propostas de projectos de resolução sobre temas como as pesticidas altamente perigosas, combate às tempestades de areia e de poeira, esforços para melhorar a transição da economia circular local, regional e global, entre outros.
Deverão ser, ainda, avaliados, para provável adopção, duas propostas de projecto de decisão viradas para questões de organização e funcionamento interno do Programa das Nações Unidas para o Ambiente, com destaque para as questões orçamentais, administrativas e programa de trabalho, assim como um projecto de Declaração Ministerial, que contém a posição dos Estados-membros sobre os principais assuntos ambientais do globo.
O programa da Assembleia, convocada para debater questões ambientais actuais, com base na tripla crise planetária reflectida no lema do evento, comporta a constituição de um grupo de trabalho para o aprimoramento dos projectos de documentos submetidos para adopção, a realização de três painéis de diálogo de liderança e um segmento de alto nível, onde Ana Paula de Carvalho deverá discursar.
Delegação
tem encontros à
margem das sessões
A delegação angolana vai participar, à margem das sessões de trabalho da Assembleia, numa reunião da Conferência dos Ministros Africanos do Ambiente (AMCEN), assim como manter contactos com diversas delegações e visitas de constatação a projectos ambientais do Quénia, no quadro do reforço da cooperação bilateral.
No entender do Grupo Africano, o tema da presente Assembleia representa a necessidade de se trabalhar em conjunto para enfrentar todos os desafios ambientais globais, que incluem a desertificação, degradação das terras e dos solos, a seca e a desflorestação.
Na perspectiva dos ministros africanos do Ambiente, o momento exige um verdadeiro multilateralismo para a implementação de diferentes acordos ambientais multilaterais e a operacionalização dos compromissos ambientais globais, tendo, por isso, apelado à UNEP e à Comunidade Internacional para que demonstrem solidariedade para com o continente africano e apoio aos esforços para se enfrentar os desafios ambientais.
Os ministros africanos do Ambiente consideram o momento oportuno para o cumprimento das promessas financeiras globais, de modo a proporcionar meios de implementação adequados que permitam aos países africanos cumprir os compromissos no âmbito dos vários acordos ambientais multilaterais.
Integram a delegação angolana neste evento o embaixador de Angola no Quénia e representante permanente junto dos Escritórios da ONU em Nairobi, Sianga Abílio, a presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional de Resíduos, Nelma Caetano, funcionários seniores do Gabinete da Vice-Presidente da República, dos ministérios do Ambiente e Relações Exteriores.
Assembleia
das Nações Unidas sobre o Ambiente
A Assembleia das Nações Unidas sobre o Ambiente é o principal órgão de decisão ambiental do mundo. Criada para ser uma espécie de "parlamento mundial sobre o meio ambiente”, a UNEA se reúne, a cada dois anos, para definir prioridades para as políticas ambientais e desenvolver a legislação internacional sobre o tema.
Esse é o único evento além da Assembleia Geral da ONU onde todos os Estados-membros participam. Nesta edição, estão confirmados seis mil participantes, incluindo sete Chefes de Estado e 139 ministros e vice-ministros, bem como especialistas, activistas e representantes da Indústria.
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