Opinião

Aposta contínua no sector de Energia e Águas

Angola possui uma taxa de cobertura eléctrica de pouco mais de 44 por cento, cifra considerada insuficiente, atendendo à importância vital que o referido bem representa na vida das pessoas. Nesta linha, ratifica-se o enunciado de que, sem água e energia, não há vida, saúde, educação, indústria e economia.

02/03/2024  Última atualização 12H05

Peremptório e sem tergiversar, o recém empossado secretário de Estado da Energia revelou os dados acima, com a coragem de quem assume o passivo, consciente da responsabilidade que pesa sobre os seus ombros, na perspectiva de alterar o quadro para melhor, atendendo ao facto do sector de energia ser tranversal à matriz de variáveis que concorrem para o desenvolvimento de qualquer sociedade.

Apesar do défice de energia que o país ainda regista, é entendimento comum que, nos últimos anos, o Executivo tem realizado investimentos com elevados custos financeiros, a exemplo da implementação de parques foto -voltaicos, cuja quantidade de energia produzida reforça o tradicional sistema de energia de fonte hídrica que, depois de Capanda, foi reforçado com a barragem de Laúca, o alteamento de Cambambe, dos exemplos mais visíveis.

Não restam dúvidas que,para lá do dever para com os cidadãos em relação à disponibilização de bens e serviços indispensáveis à sobrevivência humana, a contínua aposta do Governo no sector de Energia e Águas respalda o primado da Constituição da República de Angola, vertido nas alíneas c) e d) do Artigo 21.º (Tarefas fundamentais do Estado).

O supra mencionado artigo impõe ao Estado, enquanto ente vocacionado para o exercício do bem na plenitude da satisfação das aspirações dos cidadãos, o dever de criar,progressivamente, as condições necessárias para tornar efectivos os direitos económicos, sociais e culturais dos cidadãos; Promover o bem-estar, a solidariedade social e a elevação da qualidade de vida do povo angolano.

Mais do que merecer anotação positiva, a referência de que o Executivo tem dedicado uma atenção muito particular ao referido sector representa a consciência patriótica a que os servidores públicos estão obrigados no exercício da missão a eles confiadas por mandato do Povo, enquanto o verdadeiro e soberano detentor do poder político.

Infelizmente, os esforços do Governo têm sido alvo de várias acções de sabotagem e vandalização de equipamentos de energia, cuja reposição tem o condão de pressionar os cofres do Estado, sobretudo para a duplicação forçada de gastos já anteriormente feitos. Porém, somos todos chamados a exercer a função de guardiões do bem público, denunciando as infracções.

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