Entrevista

“Benguela foi sempre auto-suficiente e é a melhor cozinha do país”

Arão Martins / Benguela

Jornalista

O antigo jogador do 1º de Maio de Benguela e empresário Jorge Gabriel Gomes Brito dirigiu, até 2023, a Associação Provincial de Hotelaria e Turismo de Benguela. Em declarações ao Jornal de Angola, o ex-dirigente associativo disse que o sector da hotelaria e turismo em Benguela alcançou resultados “muito positivos” nos últimos 30 anos

04/02/2024  Última atualização 09H57
© Fotografia por: Arão Martins | Edições Novembro – Benguela

Nasceu no Lobito, porém, vive em Benguela. Qual é o historial dessa mudança?
Muito cedo, isto é, aos oito anos, vim a Benguela, por causa da Escola do Gaiato. Tenho mais de 69 anos de Benguela. Portanto, sinto-me mais benguelense do que lobitanga, razão pela qual, às vezes, me identifico e defendo Benguela como minha terra natal. Essa é a razão. Ainda assim, deixa-me dizer que sou filho de uma mulher cabo-verdiana que veio a Angola em 1947. Ela integrou o primeiro contingente para a safra da cana-de-açúcar no Casseque. Todos vivemos cá, e, graças a Deus, com os filhos, netos e bisnetos criamos as nossas raízes e condições em Benguela.


Em que condições foi parar à Casa do Gaiato?
Por uma razão muito simples. A minha mãe era trabalhadora na açucareira. Com o andar do tempo, os patrões da Purfina, dos Caminhos-de-Ferro, do Casseque e de outras empresas, foram buscar algumas daquelas jovens vindas de Cabo Verde para empregadas domésticas. E nós nascemos nas casas dos patrões. Trabalhar com filhos na casa dos patrões era incompatível com o trabalho de doméstica, então, os patrões arranjaram forma de nos colocar na Casa do Gaiato, enquanto a mãe trabalhava como interna. Graças a Deus, em 1965, os rapazes foram para a Casa do Gaiato e as meninas para o Colégio das Madres. Ainda bem que isso aconteceu, porque, além de uma boa educação e formação, a Casa do Gaiato tornou-nos homens e exemplos para a sociedade. O mesmo aconteceu com as meninas que estiveram no Colégio das Madres. Essa é a razão. E assim nasceu uma grande oportunidade para as nossas vidas.

Tem boas recordações do tempo que andou na Casa do Gaiato? E há muitos colegas que sobressaíram, tal como foi o seu caso?
Eu sinto-me vaidoso e orgulhoso, porque tudo que sou hoje devo à Casa do Gaiato, e de uma forma muito especial, ao padre Manuel, em memória e que Deus o tenha, porque para além de ser um grande pai, foi uma das grandes figuras do país, durante esses 50 a 60 anos que festejámos em Janeiro. Não apenas eu. Mas, toda aquela geração que ele pegou com seis e oito anos, uma fase considerada decisiva na definição do carácter do ser humano, deu-se bem. Ele moldou-nos. Quando ele veio para a Casa do Gaiato, encontrou alguns internos que estavam ligados a vícios e malandragens e que não conseguiu, depois, encaminhar para aquilo que ele queria. Mas, os dele, fez da sua maneira.   Todos que ele criou conseguiu dar uma formação académica e profissional, e depois tornaram-se bons chefes de família, bons profissionais. E, conforme eu lhe disse, orgulhosamente, tudo que sou hoje devo à Casa do Gaiato e ao padre Manuel, a quem agradeço imenso.

O que faz para a continuidade da Casa do Gaiato?
Tenho lutado para a continuidade e ajudar os rapazes que lá estão, para amanhã serem, no mínimo, aquilo que a sociedade exige: bons cidadãos, bons profissionais e bons chefes de família.

Pode mencionar bons cidadãos e chefes de família com quem estudou ou passou na Casa do Gaiato?
Grande parte. Desde António Manuel da Silva, que é um dos directores do Banco Internacional de Crédito (BIC), o jornalista da Rádio Benguela, Paulo Palma, o Raul Roberto Presa, que foi um dos directores fabris da Lupral, Carlos Alexandre e Adão, que foi da indústria, Torres, que foi director financeiro do Porto do Lobito, a par do jornalista Manuel Rabelais, que todos nós conhecemos. Lembro-me, também, de Raul Ferreira David Eduardo, professor de uma Faculdade, formado em ciências químicas e outras. Portanto, somos centenas, para não dizer milhares, da geração do padre Manuel, que criou e que têm estado a dar o seu contributo para a sociedade angolana. 

Como é que foi parar na Associação Provincial de Hotelaria e Turismo de Benguela?
É muito importante explicar, porque eu, realmente, concluí o 5º ano do liceu na Casa do Gaiato, e mais tarde, o 7º depois de me ter casado e a trabalhar. Mas, aprendi a profissão de serralharia, que exerci na Casa do Gaiato.
Em 1975/76 concorri para a Hidroeléctrica do Alto Catumbela, na Barragem do Lomaum, onde pelas minhas faculdades de Matemática fui colocado no sector de cálculos, onde exerci durante 12 anos, a profissão de hidrometrista, calculador de cabedal e outras ligações no ramo técnico, como transformação da facturação de energia de alta tensão para baixa, estatística e outras coisas ligadas à electricidade.

 
Quanto tempo durou?
Trabalhei nesta área de 1975 a 1984. Por razões pessoais e porque também jogava muito futebol nos Gaiatos, o 1º de Maio contratou-me. Ao ir para o 1º de Maio, fui obrigado a levar o futebol um pouco mais a sério, já que o campeonato nacional exigia um bocadito mais, diferente dos Gaiatos, que estavam na II Divisão. De seguida, transferiram-me para a África Têxtil, onde fui um dos funcionários seniores no sector financeiro durante cinco anos.

O que aconteceu depois disso?
Aconteceu que, quase em fim de carreira como jogador, já que os Gaiatos estavam a disputar a II Divisão para subir para a I Divisão, depois de estar no 1º de Maio de Benguela, a equipa anterior (Gaiatos) precisava de reforços. Devido à ligação com o clube, e sem querer, o prémio da assinatura foi um escombro que se chamava Escondidinho.


Como era a estrutura?
A estrutura era feita de adobe. Eu nem quis receber. Mas, as pessoas ligadas a mim, como o Frederico e o Luís Coelho, que na altura estavam ligadas a Improtel e ao desporto, obrigaram-me a ficar com o Escondidinho, dizendo "recebe isto e amanhã quem sabe pode vir a ser uma reforma para ti”.Tipo brincadeira e eu recebi. Com a minha veia de comerciante, com os dinheirinhos que ganhava nos desportos e no trabalho, fui fazendo a grande Casa que é hoje. Sem querer fui entrando numa coisa que não era minha vocação e nem estava previsto.

Como aparece na rede hoteleira?
Eu apareço na rede hoteleira de Benguela sem querer. Tal como digo sempre, caí na rede hoteleira como paraquedista, pelas razões que estou a explicar. Fui jogando futebol federado, na altura no 1º de Maio e no ano que volto para a Casa do Gaiato, conseguimos colocar o time na I Divisão, com um golo decisivo contra o Inter da Huíla, no tempo do Mavó, Sarmento, Mangumbala e outro pessoal. Volto e ajudo a colocar o Gaiato na I Divisão, jogo os dois últimos anos da minha vida desportiva e termino como dirigente desportivo no clube, mas, já com o meu restaurante feito, que é o Escondidinho.

 
O que aconteceu de seguida?
Em 1990, todas as unidades hoteleiras do Estado foram redimensionadas, através da Eprotel e da Angotel. Conforme se sabe, a rede hoteleira nasceu assim um bocadinho perturbada e distorcida, porque as unidades foram distribuídas por razões de interesse ou familiares. Muitas unidades foram entregues a pessoas sem formação hoteleira. Foi um bocadinho o meu exemplo. Acabando com a Eprotel e Angotel, as pessoas particulares que ficaram com as unidades tinham necessidade de as abrir, porque o Estado, através da Eprotel e da  Angotel, tinha um certo princípio ou regime da actividade hoteleira.

 
Na altura contou com o apoio da sociedade benguelense?
A sociedade civil benguelense foi-se apercebendo que havia uma unidade em obra e, realmente, estava com uma carinha diferente e bonita. Em 1990 e 1991, a sociedade civil, na altura a Acácias Rubras, através do empresário Adérito Areias, Elsa Goiás e do Jambito e outras empresas, das senhoras Felisbela Mendonça, Suzete e Bebé Matos (esta última em memória), criaram uma unidade de elite para a sociedade civil benguelense. Quase sem querer, abrimos o Escondidinho, que, felizmente, pela veia de hotelaria e de culinária e pelas mãos de fada da mãe e da minha ex-mulher e de outras famílias, abrimos o Escondidinho. Tive, também, a felicidade e a sorte de ter seleccionado os melhores trabalhadores da Eprotel e da Angotel, fruto do redimensionamento dessas unidades.

 
Afinal de contas, em que ano abriu o Escondidinho?
Como era bom gestor administrativo, bom líder e gestor de recursos humanos, aliado a eles, com o meu dinamismo, abrimos o Escondidinho no dia 16 de Maio de 1991, que coincide com a data da cidade. Os filhos da cidade, como o Dilsinho, que hoje é proprietário, o Marco Cohen, o meu filho, o Didi Faztudo, a Amélia Catrongo… Os filhos da cidade é que foram os primeiros empregados e servidores de mesa e cozinha.
Isso é para dizer que, como hoteleiro, caí de paraquedas. A sociedade civil quis, os benguelenses ajudaram a criar e aos poucos fui fazendo a casa que se tornou no passado e até no presente muito recente uma das melhores casas de Benguela e que continua a ter a sua linha.  Felizmente, as coisas foram tomando corpo, fui ganhando responsabilidade. Com o feito, tive a necessidade de fazer uma formação.

 
Sempre teve boa ligação com o Governo provincial?
Sempre tive boa ligação com o Governo provincial, e com muita responsabilidade, até porque a nossa casa era de muita confiança. Naquele tempo de guerra era um risco passar por onde não houvesse confiança. Tudo exigia um certo rigor. O próprio Estado e o Ministério ajudaram-me a beneficiar de um estágio numa Escola Superior do Turismo em Portugal, de 1996 a 1998.

 
Frequentou algum curso específico na Escola Superior?
Naquela Escola Superior fiz o estágio prático. Já levava uns anos de serviço, então, passei por vários sectores da Escola Superior. É ali onde aprendi como se faz um orçamento, a organização e outras áreas, razão pela qual hoje tenho muitas ligações com as estruturas estatais e com a sociedade civil. É uma forma de reconhecer, agradecer e, ao mesmo tempo, devolver aquilo que me foi dado.

Em que ano se criou a primeira Associação Provincial de Hotelaria e Turismo?
A primeira Associação de Hotelaria e Turismo em Benguela foi criada por mim, em 1994-1995, porque Luanda tinha criado a Horesil, Grande Empresarial, o Dinho Severino com a AIA… então, os hoteleiros criaram a sua.  Luanda criou a Horesil e Benguela a Associação de Hotelaria e Turismo. É nas condições expressas que surgi na rede hoteleira, ou melhor, é assim que eu apareço na Associação.

 
Acha que tudo correu bem?
Graças a Deus tudo nasceu comigo, e pelas palavras, na altura, do secretário de Estado, porque o ministro era o senhor Victorino Hossi e o secretário de Estado Paulino Baptista, viraram-se para mim e disseram que "mediante o feito, aqui tens uma noiva à boa maneira angolana (…) e podes propor um casamento à boa maneira africana” porque todo o potencial angolano estava presente. Assim nasceu a nossa associação.

 
Tem na memória quantas vezes foi reconduzido à presidência da Associação Provincial de Hotelaria e Turismo de Benguela?
Fui reconduzido quatro ou cinco vezes ao cargo de presidente da Associação. Nunca a meu pedido, sempre foi a classe que quis e, conforme acompanhou, pela forma como tudo decorreu na passagem de pasta, depois dos mais de 40 anos da nossa Independência e 30 da nossa associação, entreguei uma pasta devidamente encaminhada, com tudo quanto pode e se quer para se desenvolver aquilo que sempre quisemos.

 
Há ganhos assinaláveis?
Um dos ganhos é o turismo aberto para o mundo e internamente, uma política de fomento, através do Infotur, agora com o Planature decretado e orientado com o Aviso 10 e política financeira e taxas bonificadas para a classe, com uma plataforma de divulgação e sensibilização à população de como se deve respeitar o turismo, o turista e como se deve proteger a própria natureza sem destruir, dentro daquele espírito que é, sem dúvida, o turismo sustentável.

 
Qual tem sido o papel do Governo Provincial?
Permita-me, também, agora, felicitar o nosso governador provincial de Benguela, Luís Nunes, pela forma como abraçou a nossa intenção. Tem estado a trabalhar com as administrações municipais para defender tudo quanto é o potencial turístico, tudo quanto é infra-estrutura de apoio aos turistas. Conforme se vê, desde a Ponta da Restinga até ao Sul da Baía Farta tudo hoje tem um cuidado diferente que no passado não tinha.

 
Sai com o sentimento do dever cumprido?
Foram 30 anos de luta, com o objectivo atingido porque tudo era obstáculo, mas hoje tornou-se fácil. O que também me agrada é o facto de que, entre 80 e 90 por cento da actual Direcção da Associação de Hotelaria e Turismo fazia parte da direcção cessante. O que quer dizer que, no mínimo, trabalhámos e fizemos alguma coisa que significasse e permitisse a confiança ao resto da classe para escolher os mesmos elementos para a continuidade do nosso trabalho.

 
Qual é a hotelaria e turismo que deixa em Benguela? Refiro-me em termos de quartos, número de associados e a qualidade dos serviços que são prestados a nível da província de Benguela?
É pertinente a pergunta porque Benguela tem, hoje, cerca de 30 hotéis. Tem, também, mais de500 unidades similares, entre casas de passagem, hospedarias e pensões.


Em termos de número de associados, estamos bem?
Nós chegámos a ter entre 480 e 500 associados. Mas, em termos de legalização, a rede hoteleira sofreu grande crise financeira e constrangimentos por causa da Covid-19. Muitas coisas ficaram distorcidas, em termos de motivação e de pagamento de quotas, entre outros. De Outubro do ano passado até Janeiro conseguimos trazer mais de 100 associados com quotas pagas, razão pela qual tivemos pouca participação em termos de unidades votantes.

 
O que dizer na vertente de quartos?
Conforme disse, deixo uma Associação com mais de seis mil camas na província, 30 hotéis, cerca de 500 unidades similares, entre hospedarias, guest house, pensões, residenciais, casas de passagem…Mesmo assim, nos grandes momentos isso tudo ainda se torna pouco.

 
Qual é o histórico?
Benguela foi o melhor destino turístico nos anos 1990 até 2010. Em termos de restauração, Benguela foi sempre auto suficiente e é a melhor cozinha do país.

 
Essa realidade continua?
É  bem verdade que nos últimos tempos a nossa província perdeu um pouco, em termos de segurança. O nível e os índices de criminalidade aumentaram, o que prejudicou um pouco, tirou aquela tranquilidade e aquela paz que Benguela, realmente, tinha.  Embora as Terras Altas da Chela, a Huíla, tenham algumas chatices, ultimamente é mais procurada por turistas que Benguela. Tudo, também, devido às desordens dos motoqueiros e o trânsito desordenado.

 
É possível justificar uma das causas?
Por trás do ganha-pão de muitas pessoas honestas está muito bandido, assaltante. Conforme se sabe, nos últimos tempos, a grande chatice para os turistas não é que Benguela deixou de ser ou de ter. É que tudo quanto é bandido nas outras áreas está a vir para aqui. Então tem sido uma chatice, razão pela qual estamos meio divididos no segundo destino turístico com a Huíla, que brevemente a gente vai voltar a chapar. A Huíla vai ficar em terceiro lugar.

Tal como disse e bem, nos grandes momentos a pressão é alta e a capacidade fica aquém do desejado. O que se deve fazer para inverter o quadro?
Está tudo em aberto. Conforme disse e tens acompanhado nas nossas intervenções, o nosso governador também disse que está disposto a ajudar-nos, desde que a gente colabore. Nós estamos dispostos a abraçar, a acompanhar e a colaborar. Grandes unidades que estão fechadas, e novas oportunidades vão abrir.

 
Será que é preciso apetrechamento?
As grandes unidades que precisam de remodelação vão ser melhoradas e apetrechadas. O que quer dizer que com a abertura do Executivo, com a política do fomento do turismo, com os créditos bancários, já que, hoje, os bancos comerciais já não precisam de linhas de crédito para tratarem da hotelaria, qualquer um desde que tenha garantias, segurança para trabalhar e devolver, pode ir ao banco e apetrechar a sua unidade.

 
O que dizer do potencial gigante da Baía Azul?
Se reparar, Baía Azul só tem uma unidade em funcionamento, mas estão lá duas ou três. Está lá um grande monstro parado. Está outro parado desde os anos 90, que é o Complexo Turístico da Baía Azul. Quer dizer que vai se vivendo de coisinhas pequenas porque não havia uma política de apoio. Hoje tem, quer dizer que há garantias para se aumentar o potencial em termos de capacidade de resposta.

 
Quer dizer com isso que deixa a Associação de Hotelaria e Turismo de cabeça erguida?
Sem dúvidas. Eu, de forma muito vaidosa e orgulhosa digo que, ao longo desses anos fomos, realmente, criticados em alguns aspectos e pontos, mas, em contrapartida, também, fomos elogiados, homenageados e premiados.

 
Recebeu muitas distinções?
Fui cinco vezes distinguido entre as cinco figuras da hotelaria do país. Fui homenageado a nível de Turismo e Cultura no tempo da ministra Rosa Cruz e Silva. Fui, ainda, homenageado a nível da hotelaria pela ministra Ângela Bragança. Recentemente, fui distinguido pelo governador provincial do Namibe, Archer Mangueira, pelo trabalho feito por Benguela, para o bem da Região Sul. Portanto, tudo isto, com todas as dificuldades, deixa-me orgulhoso de forma a poder dizer que fiz o que estava ao meu alcance e saio de cabeça levantada, porque recebi uma pasta de turismo onde Angola figurava entre os piores destinos do mundo e, hoje, deixo o país que está entre os 10 destinos mais procurados do mundo. Esta é a minha vaidade.

 
O que dizer do tempo que passou?
Realmente, ao longo dos tempos, os outros ramos foram mais beneficiados. Levamos quase 40 anos à espera de uma oportunidade. Agora, com a abertura do Executivo e com apoio à rede hoteleira, que se criem condições  para  se poder ganhar ou receber um dinheiro fácil e barato, conforme os outros receberam. Falta-nos apenas dinheiro fácil e barato, a taxa de juro tem que ser entre 3 e 7 por cento.


Perfil

Nome
Jorge Gabriel Gomes Brito

Filiação
José Pereira e de Teodora Gomes de Brito

Local de nascimento

Município do Lobito, aos 19 de Dezembro de 1954

Sente-se realizado?

Não me sinto realizado porque gostaria de ver a rede hoteleira com outras aberturas e a família hoteleira mais satisfeita

Tipo de desporto

Joguei futebol

Conquistas

Fui campeão de Angola pelo 1º de Maio, vencedor do Campeonato Nacional da II Divisão e ajudei a colocar os Gaiatos na I Divisão. Vencedor da Taça de Angola e da Supertaça pelo 1º de Maio e joguei futebol de salão. No Futsal e no Andebol jogava na baliza e no futebol 11 era avançado

Número de filhos

21, todos bem reconhecidos e acompanhados

Melhor cidade de Angola

Muito sinceramente, gosto do Lubango, província da Huíla, porque me sinto bem lá. Mesmo quando jogasse bola, os colegas tinham problemas com a altitude, mas eu brilhava nas zonas altas. Huíla e Huambo eram os lugares onde eu mais brilhava. Para passar as férias e gozar o repouso gosto da Huíla, porém, sou fã incondicional de Benguela

 
Como ocupa os tempos livres?

Com os amigos. Gosto de ler, de vez em quando assisto o meu futebol, principalmente quando o Sporting joga

 
Virtude

Humano, de simples contacto e interacção, fruto da formação que recebi na Casa do Gaiato

 
Prato preferido

Gosto do meu mundo. Gosto de comida simples. Não gosto de nada elaborado. Portanto, o meu lombi, peixe estufado, couve refogada. Já fui muito amigo da cachupa. Hoje, pela idade e pela saúde, não tanto assim, mas, sempre que posso comer uma boa cachupa eu gosto. Também gosto de carne de cabrito com mandioca, à boa maneira cabo-verdiana, um prato que a minha mãe fazia muito.

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