A ministra das Finanças chefiou uma delegação angolana que participou, desde segunda-feira passada até domingo, em Washington, nas reuniões de Primeira do Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI). Em entrevista à Rádio Nacional e ao Jornal de Angola, Vera Daves de Sousa fez um balanço positivo das reuniões – oitenta, no total –, sendo que, numa delas, desafiou a Cooperação Financeira Internacional (IFC) a ser mais agressiva e ousada na sua actuação no mercado angolano. O vice-presidente da IFC respondeu prontamente ao desafio, dizendo que até está a contar ter um representante somente focado em Angola e não mais a partilhar atenção com outros países vizinhos na condução local do escritório do IFC. Siga a entrevista.
Kaissara é um poço de revelações quase inesgotável, como a seguir verão ao longo desta conversa, em que aponta os caminhos para um futuro mais consequente da modalidade; avalia o presente das políticas adoptadas sobre a massificação e formação. Mostra-se convicto de que o país pode, sim, continuar a ser a maior potência africana do Hóquei em Patins
O antigo jogador do 1º de Maio de Benguela e empresário Jorge Gabriel Gomes Brito dirigiu, até 2023, a Associação Provincial de Hotelaria e Turismo de Benguela. Em declarações ao Jornal de Angola, o ex-dirigente associativo disse que o sector da hotelaria e turismo em Benguela alcançou resultados “muito positivos” nos últimos 30 anos
Nasceu
no Lobito, porém, vive em Benguela. Qual é o historial dessa mudança?
Muito
cedo, isto é, aos oito anos, vim a Benguela, por causa da Escola do Gaiato.
Tenho mais de 69 anos de Benguela. Portanto, sinto-me mais benguelense do que
lobitanga, razão pela qual, às vezes, me identifico e defendo Benguela como
minha terra natal. Essa é a razão. Ainda assim, deixa-me dizer que sou filho de
uma mulher cabo-verdiana que veio a Angola em 1947. Ela integrou o primeiro
contingente para a safra da cana-de-açúcar no Casseque. Todos vivemos cá, e, graças
a Deus, com os filhos, netos e bisnetos criamos as nossas raízes e condições em
Benguela.
Em
que condições foi parar à Casa do Gaiato?
Por
uma razão muito simples. A minha mãe era trabalhadora na açucareira. Com o
andar do tempo, os patrões da Purfina, dos Caminhos-de-Ferro, do Casseque e de
outras empresas, foram buscar algumas daquelas jovens vindas de Cabo Verde para
empregadas domésticas. E nós nascemos nas casas dos patrões. Trabalhar com
filhos na casa dos patrões era incompatível com o trabalho de doméstica, então,
os patrões arranjaram forma de nos colocar na Casa do Gaiato, enquanto a mãe
trabalhava como interna. Graças a Deus, em 1965, os rapazes foram para a Casa
do Gaiato e as meninas para o Colégio das Madres. Ainda bem que isso aconteceu,
porque, além de uma boa educação e formação, a Casa do Gaiato tornou-nos homens
e exemplos para a sociedade. O mesmo aconteceu com as meninas que estiveram no
Colégio das Madres. Essa é a razão. E assim nasceu uma grande oportunidade para
as nossas vidas.
Tem
boas recordações do tempo que andou na Casa do Gaiato? E há muitos colegas que
sobressaíram, tal como foi o seu caso?
Eu
sinto-me vaidoso e orgulhoso, porque tudo que sou hoje devo à Casa do Gaiato, e
de uma forma muito especial, ao padre Manuel, em memória e que Deus o tenha,
porque para além de ser um grande pai, foi uma das grandes figuras do país,
durante esses 50 a 60 anos que festejámos em Janeiro. Não apenas eu. Mas, toda
aquela geração que ele pegou com seis e oito anos, uma fase considerada
decisiva na definição do carácter do ser humano, deu-se bem. Ele moldou-nos.
Quando ele veio para a Casa do Gaiato, encontrou alguns internos que estavam
ligados a vícios e malandragens e que não conseguiu, depois, encaminhar para
aquilo que ele queria. Mas, os dele, fez da sua maneira. Todos que ele criou conseguiu dar uma
formação académica e profissional, e depois tornaram-se bons chefes de família,
bons profissionais. E, conforme eu lhe disse, orgulhosamente, tudo que sou hoje
devo à Casa do Gaiato e ao padre Manuel, a quem agradeço imenso.
O
que faz para a continuidade da Casa do
Gaiato?
Tenho
lutado para a continuidade e ajudar os rapazes que lá estão, para amanhã serem,
no mínimo, aquilo que a sociedade exige: bons cidadãos, bons profissionais e
bons chefes de família.
Pode
mencionar bons cidadãos e chefes de família com quem estudou ou passou na Casa
do Gaiato?
Grande
parte. Desde António Manuel da Silva, que é um dos directores do Banco
Internacional de Crédito (BIC), o jornalista da Rádio Benguela, Paulo Palma, o
Raul Roberto Presa, que foi um dos directores fabris da Lupral, Carlos Alexandre
e Adão, que foi da indústria, Torres, que foi director financeiro do Porto do
Lobito, a par do jornalista Manuel Rabelais, que todos nós conhecemos.
Lembro-me, também, de Raul Ferreira David Eduardo, professor de uma Faculdade,
formado em ciências químicas e outras. Portanto, somos centenas, para não dizer
milhares, da geração do padre Manuel, que criou e que têm estado a dar o seu
contributo para a sociedade angolana.
Como
é que foi parar na
Associação Provincial de
Hotelaria e Turismo de
Benguela?
É
muito importante explicar, porque eu, realmente, concluí o 5º ano do liceu na
Casa do Gaiato, e mais tarde, o 7º depois de me ter casado e a trabalhar. Mas,
aprendi a profissão de serralharia, que exerci na Casa do Gaiato.
Em
1975/76 concorri para a Hidroeléctrica do Alto Catumbela, na Barragem do
Lomaum, onde pelas minhas faculdades de Matemática fui colocado no sector de
cálculos, onde exerci durante 12 anos, a profissão de hidrometrista, calculador
de cabedal e outras ligações no ramo técnico, como transformação da facturação
de energia de alta tensão para baixa, estatística e outras coisas ligadas à
electricidade.
Quanto
tempo durou?
Trabalhei
nesta área de 1975 a 1984. Por razões pessoais e porque também jogava muito
futebol nos Gaiatos, o 1º de Maio contratou-me. Ao ir para o 1º de Maio, fui
obrigado a levar o futebol um pouco mais a sério, já que o campeonato nacional
exigia um bocadito mais, diferente dos Gaiatos, que estavam na II Divisão. De
seguida, transferiram-me para a África Têxtil, onde fui um dos funcionários
seniores no sector financeiro durante cinco anos.
O
que aconteceu depois
disso?
Aconteceu
que, quase em fim de carreira como jogador, já que os Gaiatos estavam a
disputar a II Divisão para subir para a I Divisão, depois de estar no 1º de
Maio de Benguela, a equipa anterior (Gaiatos) precisava de reforços. Devido à
ligação com o clube, e sem querer, o prémio da assinatura foi um escombro que
se chamava Escondidinho.
Como
era a estrutura?
A
estrutura era feita de adobe. Eu nem quis receber. Mas, as pessoas ligadas a
mim, como o Frederico e o Luís Coelho, que na altura estavam ligadas a Improtel
e ao desporto, obrigaram-me a ficar com o Escondidinho, dizendo "recebe isto e
amanhã quem sabe pode vir a ser uma reforma para ti”.Tipo brincadeira e eu
recebi. Com a minha veia de comerciante, com os dinheirinhos que ganhava nos
desportos e no trabalho, fui fazendo a grande Casa que é hoje. Sem querer fui
entrando numa coisa que não era minha vocação e nem estava previsto.
Como
aparece na
rede hoteleira?
Eu
apareço na rede hoteleira de Benguela sem querer. Tal como digo sempre, caí na
rede hoteleira como paraquedista, pelas razões que estou a explicar. Fui
jogando futebol federado, na altura no 1º de Maio e no ano que volto para a
Casa do Gaiato, conseguimos colocar o time na I Divisão, com um golo decisivo
contra o Inter da Huíla, no tempo do Mavó, Sarmento, Mangumbala e outro
pessoal. Volto e ajudo a colocar o Gaiato na I Divisão, jogo os dois últimos
anos da minha vida desportiva e termino como dirigente desportivo no clube,
mas, já com o meu restaurante feito, que é o Escondidinho.
O
que aconteceu de seguida?
Em
1990, todas as unidades hoteleiras do Estado foram redimensionadas, através da
Eprotel e da Angotel. Conforme se sabe, a rede hoteleira nasceu assim um
bocadinho perturbada e distorcida, porque as unidades foram distribuídas por
razões de interesse ou familiares. Muitas unidades foram entregues a pessoas
sem formação hoteleira. Foi um bocadinho o meu exemplo. Acabando com a Eprotel
e Angotel, as pessoas particulares que ficaram com as unidades tinham
necessidade de as abrir, porque o Estado, através da Eprotel e da Angotel, tinha um certo princípio ou regime
da actividade hoteleira.
Na
altura contou com o apoio da sociedade benguelense?
A
sociedade civil benguelense foi-se apercebendo que havia uma unidade em obra e,
realmente, estava com uma carinha diferente e bonita. Em 1990 e 1991, a
sociedade civil, na altura a Acácias Rubras, através do empresário Adérito
Areias, Elsa Goiás e do Jambito e outras empresas, das senhoras Felisbela
Mendonça, Suzete e Bebé Matos (esta última em memória), criaram uma unidade de
elite para a sociedade civil benguelense. Quase sem querer, abrimos o Escondidinho,
que, felizmente, pela veia de hotelaria e de culinária e pelas mãos de fada da
mãe e da minha ex-mulher e de outras famílias, abrimos o Escondidinho. Tive,
também, a felicidade e a sorte de ter seleccionado os melhores trabalhadores da
Eprotel e da Angotel, fruto do redimensionamento dessas unidades.
Afinal
de contas, em que ano abriu o Escondidinho?
Como
era bom gestor administrativo, bom líder e gestor de recursos humanos, aliado a
eles, com o meu dinamismo, abrimos o Escondidinho no dia 16 de Maio de 1991,
que coincide com a data da cidade. Os filhos da cidade, como o Dilsinho, que
hoje é proprietário, o Marco Cohen, o meu filho, o Didi Faztudo, a Amélia
Catrongo… Os filhos da cidade é que foram os primeiros empregados e servidores
de mesa e cozinha.
Isso
é para dizer que, como hoteleiro, caí de paraquedas. A sociedade civil quis, os
benguelenses ajudaram a criar e aos poucos fui fazendo a casa que se tornou no
passado e até no presente muito recente uma das melhores casas de Benguela e
que continua a ter a sua linha.
Felizmente, as coisas foram tomando corpo, fui ganhando
responsabilidade. Com o feito, tive a necessidade de fazer uma formação.
Sempre
teve boa ligação com o Governo provincial?
Sempre
tive boa ligação com o Governo provincial, e com muita responsabilidade, até
porque a nossa casa era de muita confiança. Naquele tempo de guerra era um
risco passar por onde não houvesse confiança. Tudo exigia um certo rigor. O
próprio Estado e o Ministério ajudaram-me a beneficiar de um estágio numa
Escola Superior do Turismo em Portugal, de 1996 a 1998.
Frequentou
algum curso específico na Escola Superior?
Naquela
Escola Superior fiz o estágio prático. Já levava uns anos de serviço, então,
passei por vários sectores da Escola Superior. É ali onde aprendi como se faz
um orçamento, a organização e outras áreas, razão pela qual hoje tenho muitas
ligações com as estruturas estatais e com a sociedade civil. É uma forma de
reconhecer, agradecer e, ao mesmo tempo, devolver aquilo que me foi dado.
Em que
ano se criou a primeira Associação Provincial de Hotelaria e
Turismo?
A
primeira Associação de Hotelaria e Turismo em Benguela foi criada por mim, em
1994-1995, porque Luanda tinha criado a Horesil, Grande Empresarial, o Dinho
Severino com a AIA… então, os hoteleiros criaram a sua. Luanda criou a Horesil e Benguela a
Associação de Hotelaria e Turismo. É nas condições expressas que surgi na rede
hoteleira, ou melhor, é assim que eu apareço na Associação.
Acha
que tudo correu bem?
Graças
a Deus tudo nasceu comigo, e pelas palavras, na altura, do secretário de
Estado, porque o ministro era o senhor Victorino Hossi e o secretário de Estado
Paulino Baptista, viraram-se para mim e disseram que "mediante o feito, aqui
tens uma noiva à boa maneira angolana (…) e podes propor um casamento à boa
maneira africana” porque todo o potencial angolano estava presente. Assim
nasceu a nossa associação.
Tem
na memória quantas vezes foi reconduzido à presidência da Associação Provincial
de Hotelaria e Turismo de Benguela?
Fui
reconduzido quatro ou cinco vezes ao cargo de presidente da Associação. Nunca a
meu pedido, sempre foi a classe que quis e, conforme acompanhou, pela forma
como tudo decorreu na passagem de pasta, depois dos mais de 40 anos da nossa
Independência e 30 da nossa associação, entreguei uma pasta devidamente
encaminhada, com tudo quanto pode e se quer para se desenvolver aquilo que
sempre quisemos.
Há
ganhos assinaláveis?
Um
dos ganhos é o turismo aberto para o mundo e internamente, uma política de fomento,
através do Infotur, agora com o Planature decretado e orientado com o Aviso 10
e política financeira e taxas bonificadas para a classe, com uma plataforma de
divulgação e sensibilização à população de como se deve respeitar o turismo, o
turista e como se deve proteger a própria natureza sem destruir, dentro daquele
espírito que é, sem dúvida, o turismo sustentável.
Qual
tem sido o papel do Governo Provincial?
Permita-me,
também, agora, felicitar o nosso governador provincial de Benguela, Luís Nunes,
pela forma como abraçou a nossa intenção. Tem estado a trabalhar com as
administrações municipais para defender tudo quanto é o potencial turístico,
tudo quanto é infra-estrutura de apoio aos turistas. Conforme se vê, desde a
Ponta da Restinga até ao Sul da Baía Farta tudo hoje tem um cuidado diferente
que no passado não tinha.
Sai
com o sentimento do dever cumprido?
Foram
30 anos de luta, com o objectivo atingido porque tudo era obstáculo, mas hoje
tornou-se fácil. O que também me agrada é o facto de que, entre 80 e 90 por
cento da actual Direcção da Associação de Hotelaria e Turismo fazia parte da
direcção cessante. O que quer dizer que, no mínimo, trabalhámos e fizemos
alguma coisa que significasse e permitisse a confiança ao resto da classe para
escolher os mesmos elementos para a continuidade do nosso trabalho.
Qual
é a hotelaria e turismo que deixa em Benguela? Refiro-me em termos de quartos,
número de associados e a qualidade dos serviços que são prestados a nível da
província de Benguela?
É
pertinente a pergunta porque Benguela tem, hoje, cerca de 30 hotéis. Tem,
também, mais de500 unidades similares, entre casas de passagem, hospedarias e
pensões.
O
que dizer na vertente de
quartos?
Conforme
disse, deixo uma Associação com mais de seis mil camas na província, 30 hotéis,
cerca de 500 unidades similares, entre hospedarias, guest house, pensões,
residenciais, casas de passagem…Mesmo assim, nos grandes momentos isso tudo
ainda se torna pouco.
Qual
é o histórico?
Benguela
foi o melhor destino turístico nos anos 1990 até 2010. Em termos de
restauração, Benguela foi sempre auto suficiente e é a melhor cozinha do país.
Essa
realidade continua?
É bem verdade que nos últimos tempos a nossa
província perdeu um pouco, em termos de segurança. O nível e os índices de
criminalidade aumentaram, o que prejudicou um pouco, tirou aquela tranquilidade
e aquela paz que Benguela, realmente, tinha.
Embora as Terras Altas da Chela, a Huíla, tenham algumas chatices,
ultimamente é mais procurada por turistas que Benguela. Tudo, também, devido às
desordens dos motoqueiros e o trânsito desordenado.
É
possível justificar uma
das causas?
Por
trás do ganha-pão de muitas pessoas honestas está muito bandido, assaltante.
Conforme se sabe, nos últimos tempos, a grande chatice para os turistas não é
que Benguela deixou de ser ou de ter. É que tudo quanto é bandido nas outras
áreas está a vir para aqui. Então tem sido uma chatice, razão pela qual estamos
meio divididos no segundo destino turístico com a Huíla, que brevemente a gente
vai voltar a chapar. A Huíla vai ficar em terceiro lugar.
Tal
como disse e bem, nos grandes momentos a pressão é alta e a capacidade fica
aquém do desejado. O que se deve fazer para inverter o
quadro?
Está
tudo em aberto. Conforme disse e tens acompanhado nas nossas intervenções, o
nosso governador também disse que está disposto a ajudar-nos, desde que a gente
colabore. Nós estamos dispostos a abraçar, a acompanhar e a colaborar. Grandes
unidades que estão fechadas, e novas oportunidades vão abrir.
Será
que é preciso apetrechamento?
As
grandes unidades que precisam de remodelação vão ser melhoradas e apetrechadas.
O que quer dizer que com a abertura do Executivo, com a política do fomento do
turismo, com os créditos bancários, já que, hoje, os bancos comerciais já não
precisam de linhas de crédito para tratarem da hotelaria, qualquer um desde que
tenha garantias, segurança para trabalhar e devolver, pode ir ao banco e
apetrechar a sua unidade.
O que dizer do potencial gigante da Baía Azul?
Se
reparar, Baía Azul só tem uma unidade em funcionamento, mas estão lá duas ou
três. Está lá um grande monstro parado. Está outro parado desde os anos 90, que
é o Complexo Turístico da Baía Azul. Quer dizer que vai se vivendo de coisinhas
pequenas porque não havia uma política de apoio. Hoje tem, quer dizer que há
garantias para se aumentar o potencial em termos de capacidade de resposta.
Quer
dizer com isso que deixa a Associação de Hotelaria e Turismo de cabeça erguida?
Sem
dúvidas. Eu, de forma muito vaidosa e orgulhosa digo que, ao longo desses anos
fomos, realmente, criticados em alguns aspectos e pontos, mas, em
contrapartida, também, fomos elogiados, homenageados e premiados.
Recebeu
muitas distinções?
Fui
cinco vezes distinguido entre as cinco figuras da hotelaria do país. Fui
homenageado a nível de Turismo e Cultura no tempo da ministra Rosa Cruz e
Silva. Fui, ainda, homenageado a nível da hotelaria pela ministra Ângela
Bragança. Recentemente, fui distinguido pelo governador provincial do Namibe,
Archer Mangueira, pelo trabalho feito por Benguela, para o bem da Região Sul.
Portanto, tudo isto, com todas as dificuldades, deixa-me orgulhoso de forma a
poder dizer que fiz o que estava ao meu alcance e saio de cabeça levantada,
porque recebi uma pasta de turismo onde Angola figurava entre os piores
destinos do mundo e, hoje, deixo o país que está entre os 10 destinos mais
procurados do mundo. Esta é a minha vaidade.
O
que dizer do tempo que
passou?
Realmente,
ao longo dos tempos, os outros ramos foram mais beneficiados. Levamos quase 40
anos à espera de uma oportunidade. Agora, com a abertura do Executivo e com
apoio à rede hoteleira, que se criem condições
para se poder ganhar ou receber
um dinheiro fácil e barato, conforme os outros receberam. Falta-nos apenas
dinheiro fácil e barato, a taxa de juro tem que ser entre 3 e 7 por cento.
Perfil
Nome
Jorge
Gabriel Gomes Brito
Filiação
José
Pereira e de Teodora Gomes de Brito
Local de nascimento
Município do Lobito, aos 19 de Dezembro de 1954
Sente-se realizado?
Não me sinto realizado porque gostaria de ver a rede hoteleira com outras aberturas e a família hoteleira mais satisfeita
Tipo de desporto
Joguei futebol
Conquistas
Fui campeão de Angola pelo 1º de Maio, vencedor do Campeonato Nacional da II Divisão e ajudei a colocar os Gaiatos na I Divisão. Vencedor da Taça de Angola e da Supertaça pelo 1º de Maio e joguei futebol de salão. No Futsal e no Andebol jogava na baliza e no futebol 11 era avançado
Número de filhos
21, todos bem reconhecidos e acompanhados
Melhor cidade de Angola
Muito sinceramente, gosto do Lubango, província da Huíla, porque me sinto bem lá. Mesmo quando jogasse bola, os colegas tinham problemas com a altitude, mas eu brilhava nas zonas altas. Huíla e Huambo eram os lugares onde eu mais brilhava. Para passar as férias e gozar o repouso gosto da Huíla, porém, sou fã incondicional de Benguela
Como
ocupa os tempos livres?
Com os amigos. Gosto de ler, de vez em quando assisto o meu futebol, principalmente quando o Sporting joga
Virtude
Humano, de simples contacto e interacção, fruto da formação que recebi na Casa do Gaiato
Prato
preferido
Gosto do meu mundo. Gosto de comida simples. Não gosto de nada elaborado. Portanto, o meu lombi, peixe estufado, couve refogada. Já fui muito amigo da cachupa. Hoje, pela idade e pela saúde, não tanto assim, mas, sempre que posso comer uma boa cachupa eu gosto. Também gosto de carne de cabrito com mandioca, à boa maneira cabo-verdiana, um prato que a minha mãe fazia muito.
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LoginEm entrevista exclusiva ao Jornal de Angola, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, fez a radiografia do sector, dando ênfase aos avanços registados em 22 anos de paz. Neste período, houve aumento do número de camas hospitalares, de 13 mil para 41.807, e da rede de serviços de saúde, que tem, actualmente, 3.342 unidades sanitárias, das quais, 19 hospitais centrais e 34 de especialidade. Sobre a realização de transplantes de células, tecidos e órgãos humanos, a ministra disse que, com a inauguração de novas infra-estruturas sanitárias e a formação de equipas multidisciplinares, o país está mais próximo de começar a realizar esses procedimentos
Assume-se como uma jornalista comprometida com o rigor que a profissão exige. Hariana Verás, angolana residente nos Estados Unidos da América há mais de 20 anos, afirma, em exclusivo ao Jornal de Angola, que os homens devem apoiar as mulheres e reconhecer que juntos são mais fortes e capazes de construir uma sociedade equitativa e próspera. A jornalista fala da paixão pela profissão e da sua inspiração para promover as boas causas do Estado angolano, em particular, e de África, em geral.
Por ocasião do Dia Nacional da Juventude, que se assinala hoje, o Jornal de Angola entrevistou o presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ), Isaías Kalunga, que aconselha os jovens a apostarem no empreendedorismo, como resposta ao desemprego, que continua a ser uma das maiores preocupações da juventude angolana.
No discurso directo é fácil de ser compreendida. Sem rodeios, chama as coisas pelos nomes e cheia de lições para partilhar com as diferentes áreas e classes profissionais. Filomena Oliveira fala na entrevista que concedeu ao Jornal de Angola em Malanje sobre a Feira Agro-industrial, mas muito mais da necessidade de os organismos compreenderem que só interdependentes se chegará muito mais rápido aos objectivos.
Pelo menos 21 pessoas morreram na sequência de um naufrágio que ocorreu no Rio Lufira, na zona sudeste da República Democrática do Congo (RDC), tendo 11 dos passageiros conseguido salvar-se, noticia hoje a agência espanhola EFE.
O Festival Internacional de Jazz, agendado para decorrer de 30 deste mês a 1 de Maio, na Baía de Luanda, tem já confirmada a participação de 40 músicos, entre nacionais e estrangeiros, e o regresso da exposição de artes visuais com obras de 23 artistas plásticos, anunciou, sexta-feira, em conferência de imprensa, no Centro de Imprensa da Presidência da República, CIPRA, o porta-voz da Bienal de Luanda, Neto Júnior.
A judoca angolana Maria Niangi, da categoria dos -70 kg, consegui o passe de acesso aos Jogos Olímpicos de Verão, Paris'2024, ao conquistar, sexta-feira, a medalha de ouro no Campeonato Africano de Judo que decorre na Argélia.
A representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Angola, Denise António, destacou, sexta-feira, em Luanda, a importância do Governo angolano criar um ambiente propício para a atracção de mais investidores no domínio das energias renováveis.
O artista plástico, João Cassanda, com a obra “Mumuíla Feliz”, e o escultor Virgílio Pinheiro, com a escultura “Piéta Angolana”, são os vencedores da 17.ª edição do Grande Prémio ENSA-Arte 2024, tendo arrebatado uma estatueta e um cheque no valor de seis milhões de kwanzas.
Nascido Francis Nwia-Kofi Ngonloma, no dia 21 de Setembro de 1909 ou 1912, como atestam alguns documentos, o pan-africanista, primeiro Primeiro-Ministro e, igualmente, primeiro Presidente do Ghana, mudou a sua identidade para Nkwame Nkrumah, em 1945, com alguma controvérsia envolvendo o ano de nascimento e o nome adoptado.