O Festival Internacional de Jazz, agendado para decorrer de 30 deste mês a 1 de Maio, na Baía de Luanda, tem já confirmada a participação de 40 músicos, entre nacionais e estrangeiros, e o regresso da exposição de artes visuais com obras de 23 artistas plásticos, anunciou, sexta-feira, em conferência de imprensa, no Centro de Imprensa da Presidência da República, CIPRA, o porta-voz da Bienal de Luanda, Neto Júnior.
O artista plástico, João Cassanda, com a obra “Mumuíla Feliz”, e o escultor Virgílio Pinheiro, com a escultura “Piéta Angolana”, são os vencedores da 17.ª edição do Grande Prémio ENSA-Arte 2024, tendo arrebatado uma estatueta e um cheque no valor de seis milhões de kwanzas.
Como me deixas assim com o passo pendurado, sem poder terminar esta dança ambulante? Como te lanças no alcance melódico do lundongo e me imobilizas no imaginário áspero do sopro da vida que cai diante dos meus pés?
Fomos sim ingénuos, por perceber tarde que a tua obra transcende uma legião, cuja dimensão sociológica se impõe na esperança do regresso da mãe que foi para a lavra na busca de lonamba, para depois de cozidas, servir de alimento para saciar a fome de todos nós. Os irmãos menores que cuidavas, durante a ausência da mãe, somos também nós, como disse e bem, o embaixador do Reino Mbalundo.
A profundidade da poesia na letra de Justino, sobressai no recado que se junta ao ex-militar que se arrasta no chão e que lamenta a perda das pernas partidas durante a guerra, o que lhe remete à inutilidade humana de um soldado anulado. "Ovolovatekatekavatekelakokwiala, ndilikokakosi, lomueondete vali we”.
A dimensão poética do músico Handanga sente-se no grito da orfandade vivida diante da morte precipitada de Valentim Amões, o seu pai e patrono musical, cuja canção lhe é dedicada de forma efusiva, "Ombuetiyangeyateka, yandiambata u ndisole”…
Justino Handanga é nada mais que a voz sublime do Centro de Angola, o emblema que soube beber da raiz do cancioneiro local e introduzir a dose certa para divulgá-la de forma singular num meio que vincula diferentes gerações, facto que podemos sentir nas mensagens de pesar de gente mais nova. (…)
Entre os cenários da guerra, a beleza das montanhas da sua terra, o amor à vida, a folia, a caça e a agricultura, os conselhos ao Abílio, o enteado ingrato que o desrespeita, são retratos bem introduzidos num folclore característico das suas melodias únicas.
Mesmo sem entender as mensagens de muitas das suas músicas, Justino Handanga conseguiu conquistar um lugar cimeiro no panorama musical de Angola e hoje dançamos Handanga em Cabinda ou no Moxico, no Cunene ou em Malanje, seguindo o passo rítmico de uma batida cuja simbiose irrompe no âmago de qualquer alma viva.
Para a despedida que se impõe, no meio dessa partida, tenho a certeza que serás recebido numa roda nacional, cuja banda será formada pelos eternos Rui e André Mingas, ViñiViñi, Jacinto Tchipa, Teta Lando, Lourdes Van-Dúnem, Nagrelha, Valentim Amões… para tocar e dançar "Paulina espera aí, venho já”.
Luanda 19/03/202
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