A cantora disse que gosta de estar no país e é sempre um prazer cantar para o público angolano que a transmite muita energia positiva durante os espectáculos. Dina Medina referiu que vai apresentar algumas novidades durante o espectáculo com realce para o tema "Maria”. Para Dina Medina, estar no país é uma forma de poder rever amigos e colegas de profissão. "Tenho boas recordações dos angolanos, não apenas pela simplicidade, sobretudo pelos laços culturais que une os dois povos”.

O promotor do evento Hélder Quilala explicou que tudo foi montado na perspectiva da celebração do mês dedicado às mulheres. "Aproveitamos a sua estadia no país para unir o útil ao agradável”, realçou.

A escolha  da cantora, disse deve-se em parte pela popularidade e simpatia, que há muito conquistaram o público angolano. "Ela é dona de uma voz irresistível e uma grande referência da música cabo-verdiana de sempre”, referiu.

De acordo com o realizador do espectáculo, é a primeira vez que realizam uma festa com um artista internacional. Hélder Quilala garantiu que todos os aspectos técnicos, logísticos e de segurança foram acautelados para que tudo corra como o previsto. "A ideia é fazer uma festa em que possamos celebrar a amizade entre os povos irmãos e sobretudo reviver canções que marcaram a década dos anos 90 no país, numa fase em que a música cabo-verdiana foi muito consumida no país”. 

Dina Medina, disse, é daquelas cantoras que se dispensa apresentações, por isso, o interesse em juntar o romantismo de Heavy C, que terá a responsabilidade de animar o espectáculo à moda angolana com os sucessos  "Quando A Mulher Se Cansa”, "Homem Casado”, "Não Se Mete Lá”, "Porquê”, " Não Faz Assim”, "Tarde Demais” e "Minha Mulher”.

O organizador explicou que nas últimas edições da "Festa das Redes Sociais”, tiveram como convidados as duplas Puto Português e Anselmo Ralph, bem como Lil Saint e o Euclides da Lomba.

Cabo-verdiana com vários sucessos

Dina Medina, nasceu na Holanda, em 1975, e começou a cantar com 12 anos participando em vários grupos de Roterdão e arredores. Nesta fase, o cunhado convidou ela e a irmã mais velha para participar da banda profissional de Cabo-Verde Skil Sound na década de 80. Daquele momento em diante junta-se a várias bandas de Cabo-Verde até 1987.

Na década de 90, a cantora decide criar seu próprio grupo, mas nunca deixou de participar em vários projectos musicais e em discos, produções na maior parte de outros grupos cabo-verdianos.  A cantora é conhecida por intervenções no estilo cabo zouk. Dina Medina, durante muito tempo esteve à procura da identidade musical, tendo apostado para um género mais acústico e privilegiou a música tradicional cabo-verdiana. Nos seus trabalhos discográficos "Momamente”, "Paixão” e "Coração” conta com as participações de músicos como Kim Alves, Calu Monteiro, Djony Fonseca e Gil Semedo.

Contributo do músico reconhecido em palco

Em Outubro do ano passado, em alusão aos 25 anos de carreira de Yola Araújo, a cantora rendeu no Cine Atlântico, em Luanda, uma homenagem ao colega Heavy C pelas duas décadas de carreira como compositor, produtor musical e cantor.

Do seu repertório consta uma variedade de ritmos e temas que abordam o amor e o quotidiano, com realce para canções como "Quando A Mulher Se Cansa”, "Homem Casado”, "Não Se Mete Lá”, "Porquê”, " Não Faz Assim”, "Tarde Demais” e "Minha Mulher”.

Heavy C deu os primeiros passos como artista em 1993, em Benguela, onde nasceu a 9 de Fevereiro de 1980. Três anos mais tarde, gravou a sua primeira música com o grupo NSPJ e depois Abstracto, ambas rap. Formou, em 2000, o dueto Only D, com a cantora França, com a qual gravou o disco "Chegamos”, naquele mesmo ano. Com este CD, ganhou os prémios de Voz Revelação e Disco Revelação no Top Rádio Luanda do mesmo ano.